Capítulo 2

Naquela noite, Daimon decidiu ir ao bar mais caro, claro que ele podia se dar ao luxo. Para que voltar para uma casa onde seria humilhado por seus pais e irmão? Então ele tomou o caminho da embriaguez. Enquanto isso, o casal em questão continuava a celebrar o grande acontecimento, tudo era felicidade até que a chegada de uma pessoa voltou a ofuscar o momento feliz.

- Não acreditei que vocês teriam que cair tão baixo só por uma mulher!

- Vovô Roger!

Era o avô de Felipe e Daimon, este tinha preferência pelo segundo, por isso estava totalmente enojado com o casamento, pelo qual não foi convidado para o grande evento.

- Então você sabe que somos família? Por que não recebi seu convite?

Felipe não sabia o que dizer, apesar de ser seu neto tinha um medo e respeito imenso pelo ancião.

- Pai, não nos entenda mal, o senhor vive em seu ducado e é longe daqui, então, considerando sua saúde, decidimos que era perigoso o senhor vir.

- Você é um filho muito considerado, quem dera você pudesse ser um pai tão considerado com o caçula dos seus filhos!

Ao ver que ele estava ali só para defender a honra de Daimon, Felipe e sua mãe tremeram de raiva.

- Sogro, Daimon está feliz que seu irmão se case com Salma, não fizemos nada fora do lugar, se eles se amam, por que devemos proibir esse amor?

Para o ancião, a resposta da mulher pareceu absurda, mas ele não se deu ao trabalho de responder, por isso decidiu ignorá-la. Aos poucos, os convidados foram se retirando do local, sem dúvida amanhã se falaria dos conflitos que há entre a família Stallon.

- Se não fosse porque Felipe é o futuro herdeiro do ducado, eu não teria te deixado criar eles.

- Pai, talvez devêssemos ter esperado por Daimon, talvez ele tenha alcançado seus objetivos.

- Você continua sonhando com ele? Você sabe que ele não é favorecido pelos pais, por alguma razão não o apoiaram em seus negócios.

- Desculpe, pai, farei o que o senhor achar melhor para mim.

Salma sentia um grande carinho por Felipe, este lhe dava segurança, enquanto Daimon só lhe plantava sonhos e ilusões que ela não sabia se ele poderia cumprir. Era claro quem ganhou na batalha em seu coração, ela, assim como seus pais, pensava em seu bem-estar primeiro, não suportaria um mundo cheio de carências.

Na manhã seguinte, os jornais estavam cheios de notícias quentes, como "O segundo filho voltou do exterior e tentou roubar a noiva do primogênito dos Stallon", "Desavergonhado, assim foi considerado depois de um ano desaparecido e retorna para causar problemas".

Esses eram alguns dos títulos que encabeçavam os jornais, em outra seção do jornal falava-se do jovem que havia feito milhões em negócios que todo mundo julgava impossíveis, não dizia o nome, pois era a seção de economia, por segurança da pessoa evitavam expor seu nome, essa era a parte do jornal que interessava a Daimon, o resto eram coisas que não poderiam afetá-lo, ou era o que ele acreditava. Sua grande dor de cabeça dizia que ele tinha exagerado na bebida.

- Tudo culpa desses desavergonhados.

Pouco depois, caminhou até o chuveiro e, ao sair, ouviu baterem na porta de seu quarto. É importante ressaltar que ele tinha ido a uma hospedaria.

- Daimon, abra a porta, você tem a cara de pau de continuar gastando o dinheiro da família!

Era a voz estridente de sua mãe, como não o encontrou ao chegar em sua mansão, enviou seus guardas para procurar o paradeiro de seu filho. Só de manhã foi avisada de que ele gastou muito dinheiro em bebida e hospedagem.

- Abra, seu sem-vergonha!

Gritava a mulher sem pudor. Daimon achou graça. Ele não era seu filho? Por que o tratava assim? Fazia um ano que eles não se viam e a única coisa que fizeram foi humilhá-lo de diferentes maneiras. Ao abrir a porta, ele a olhou com certo sarcasmo.

- Mãe, não é adequado que uma mulher da sua classe se comporte dessa maneira.

Ele nem a mandou entrar, mesmo assim a mulher entrou sem permissão. Vendo o quão luxuoso era o quarto, a mulher explodiu em fúria.

- Você está desperdiçando o dinheiro da família, que vergonha você não tem! Você sabe que há todo tipo de rumores sobre você na cidade?

- Se não me falha a memória, todo o dinheiro que levei há um ano foi fruto do meu árduo trabalho.

- Você...

A mulher estava cheia de raiva, este filho havia desenvolvido uma língua tão afiada no último ano.

- Você faz parte da família Stallon, tudo o que você produzir será para a família.

Esse comentário deixou Daimon sem palavras, a mulher realmente sonhava alto. Felizmente, ele havia feito os negócios em nome de outra pessoa, ou todo o seu patrimônio que lhe custou tanto trabalho para conseguir seria dado a Felipe.

- Ha! De mim você não verá um único ducato (É assim que se chama a moeda, vi em um mangá e gostei do nome). Eu sei que você vai dar tudo para o seu filho favorito.

- Claro, ele está prestes a se casar, precisa de mais patrimônio para sua futura família.

A mulher não escondeu seus planos nem suas intenções.

- Se é tudo o que você veio dizer, já pode ir embora, não tenho um único ducato para você.

A mulher quis lhe dar um tapa, mas ele se esquivou, não deixaria que o batessem novamente, não depois de tudo o que já lhe fizeram. A mulher foi embora cheia de fúria, na entrada falou com o dono dizendo que seu filho não tinha um centavo consigo, que não esperasse receber o pagamento dos Stallon. Ao saber disso, o dono furioso mandou expulsar Daimon de seu quarto, não ouviu as explicações do jovem. Jogado com sua pouca bagagem na rua, ele se levantou e sacudiu a roupa.

- Vocês ainda vão saber de mim.

Disse com os dentes cerrados, para depois ir embora.

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