Capítulo 10

Victor observava os cadetes treinando no pátio, ele já havia resolvido tudo o que tinha pendente no quartel.

Na plena realidade dos fatos, Victor deveria já está no Grão Ducado, mas um belo par de olhos verdes sondavam seus pensamentos, esquadrilhando cada centímetro quadrado da sua mente.

A única coisa que sabia era que ela já era sua , ela pertencia a ele e logo através do casamento todos saberiam que ela é sua propriedade exclusiva.

- Senhor? - disse Guilbert tentando chamar a atenção de seu senhor, Victor o olhou para seu secretário, vendo que possuía a atenção do seu Senhor continuou - Até quando vamos ficar aqui? Éramos para temos partido no dia seguinte ao do baile e estamos aqui faz uma semana.-

- Não sei, algo me intriga, preciso descobrir o que é.-disse Victor pensativo.

- Não seria uma bela mascarada de olhos verdes? Aliás senhor o a sua noiva desmaiou de febre em seus braços, não deveria ver-la?- disse Guilbert com um tom de sarcasmo.

- Mandei um médico pra ela , presentes e até uma carta é suficiente. - respondeu Victor, sem interesse.

- Suficiente? A garota desmaiou de febre ! Isso significa que não está sendo bem cuidada pela família e ainda vai se casar com o senhor, ela só pode ter atirado pedra na cruz!- disse Guilbert, fazendo gestos de negação com a cabeça incrédulo .

- Mandarei Norman novamente, satisfeito? Espero que não esteja tentando me faz criar sentimentos por aquela criança.- disse Victor, olhando para os cadetes atentamente.

- Criança? Senhor, a garota tem um belo corpo e aparência de mulher, naquele baile vários homens a comiam pelos olhos, William foi o único com coragem para tocar-la , que Deus o tenha agora - Guilbert disse um tom divertido, seu senhor já estava mexido com a garota, se ele se apaixonasse Guilbert tinha a esperança de não voltar a lutar tão cedo.

- Deus? Aquele miserável deve está queimando no inferno por tocar no que é meu!- respondeu Victor, só de imaginar a garota sendo maltratada , Victor ficou furioso.

- Ela é sua agora? Não era uma criança?- respondeu Guilbert dando gargalhadas, Victor estava pensativo, sua mente estava prenchida pela expressão de Ária,mesmo com o rosto coberto com uma máscara.

- Cale-se! Chame Norman aqui.- disse Victor autoritário, Guilbert assentiu e foi rapidamente buscar .

Logo Guilbert voltou com Norman, que tinha uma expressão preocupada.

- O que houve? Sente-se mal senhor?- perguntou Norman preocupado, Norman não era só médico,mas também um bom soldado e fiel a Victor.

- Não , apenas me relate a situação da minha noiva quando foi examinar-la. - ordenou Victor, sem olhar-los , Norman e Guilbert sorriram satisfeitos.

- Bom , a senhorita estava com febre alta, ela reclamou de dores no corpo e na cabeça, Ah, também havia um hematoma no seu braço como se alguém tivesse batido e....

- Hematoma?- interrompeu Victor.

- Sim, a senhorita relatou ter tido um baile agitado e que a pessoa já havia aprendido a lição, ela bateu no infeliz, ela tinha um pequeno corte na testa por causa da queda. - disse Norman, analisando todos os fatos de quando foi ver Ária, menos de seu interesse na serva que abriu a porta do quarto da garota.

- Para Tudo! Foi a senhorita que deixou o William naquele estado?- perguntou Guilbert incrédulo, Norman assentiu - Estou passado! - disse Guilbert em negação.

- Isso é interessante, Guilbert investigue essa garota, Norman, vamos visitar minha "amada" noiva.- disse Victor, se dirigindo a saída.

- finalmente!- disse Guilbert, indo investigar Ária .

No caminho até seus aposentos, Victor lembrou que ao visitar uma dama devesse levar alguma coisa, ele não sabia do que Ária gostaria, mandou um criado lhe compra um presente para sua noiva.

Vestiu-se de forma elegante, sua roupa era na cor preta com detalhes em dourado, que eram semelhantes a cor dos seus olhos, passou um pente em seus cabelos que chegavam na altura dos ombros, ele ouviu baterem na porta .

- Entre- disse colocando o pente na bancada.

- Aqui senhor, o presente que pediu, uma caixa de música.- disse o criado, que logo se retirou da sua presença.

Victor olhou para a caixa satisfeito, ele imaginou Ária segurando a caixa e o olhar dela de felicidade, Victor balançou a cabeça expulsando tais pensamentos.

Logo junto de Norman se dirigiu a cavalo a fazenda dos Helmont, ao chegar na entrada da casa Victor ouviu uma gritaria.

- Está louca ? Miranda acaso estava tentando matar-la? Nem os cavalos são chicoteados, por Deus! - disse Vivan, em desespero, Miranda se recusava a soltar Ária, Vivian e Miranda vinham brigando por causa disso, até que se passou três dias que Ária estava trancada e Gustav, sentiu pena de sua irmã e fez sua mãe soltar Ária.

- Ela não é sua filha morta Vivian, você nunca irá substituir a mãe dela! Para de agir como se ela fosse!- Disse Miranda irritada, um som de um tapa foi ouvido, um grito de surpresa também, Victor estava intrigado.

- Eu cuidarei dela enquanto eu viver,não vou deixar você fazer o que quiser com essa menina, só porque seu marido te traiu com a mãe dela, você não ver Ária não tem culpa se o Richard, te enganou, ela perdeu a mãe em poucos meses e vocês a tratam como um objeto!- rebateu Vivian, alterada.

- Vou te matar! Você e a bastarda! - Disse Miranda, toda a mansão ouviu os gritos das duas , Ária mesmo fraca e debilitada, saiu da cama mesmo com os protestos de Mika e Lizzie, que a ajudaram.

- SE ATREVA ! VAMOS MIRANDA! - Gritou Ária das escadas, ela vestia um vestido chamativo, ousado para provocar Miranda e Lúcia, Ária mesmo debilitada estava arrumada e em seus lábios tinham o tom de vermelho sangue.

Victor estava ouvindo tudo com um olhar divertido, abrindo a porta chamando a atenção pra si .

Ária olhou para ele, ela ficou sem ar diante da presença dele, a beleza selvagem e brusca causavam sensações na menina.

Ária tremeu ao perceber que ele a olhava seus olhos de fera brilhavam enquanto ele a analisava de cima a baixo .

Os olhos de Victor pararam no busto do vestido de Ária que dava um prévia visão dos seios da garota, naquele momento a ideia de compará-la a uma criança, era absurdo.

- Espero não está atrapalhando, vim visitar minha noiva. - disse Victor olhando pra Ária, tendo uma visão completa do rosto de Ária.

- Me acompanhe, vossa alteza - respondeu Ária sorrindo falsamente, sem disfarçar que foi o pior momento para visitar-la .

Victor se aproximou de Ária rapidinho, logo estava ao lado da garota, Vivian e Miranda se mantinham mudas, Miranda tinha medo de Victor ter ouvido a discussão .

Victor entrelaçou seu braço com o de Ária a acompanhando para uma sala de visitas no segundo andar.

Ária sussurrou para Lizzie para preparar um chá, enquanto Victor olhava tudo ao redor.

Victor planejava o que iria fazer com aquela família depois de se casar com Ária.

- O que deseja, Vossa alteza?- perguntou Ária sentando-se num sofá, Ária estava visivelmente encomodada.

- Vim saber se gostou de meus presentes?- perguntou ele sarcasticamente, esperando uma resposta mecânica.

- Do vestido e dos enfeites sim, adorei, mas a sua prepotência e arrogância na carta me deu vontade de matar-lo. - disse Ária sinceramente, Victor arregalou os olhos surpreso.

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