Capítulo 8

Na manhã seguinte Ária acordou com vozes pela casa, ainda estava dolorido, mas a dor de cabeça havia passado, levantou-se indo para o banheiro lentamente.

Ária pensava em estratégias de guerra, iria precisar para lidar com Victor, Ária se sentia completamente frustrada, era como se estivesse sendo lançada para morte, como se alguém a empurrasse de um abismo.

Ária queria uma forma de escapar de tudo aquilo, sempre que fechava os olhos, via com nitidez aqueles olhos sombrios e aterrorizantes, era a encarnação do próprio mal.

Ária nunca sentiu tão indefesa assim, só queria sua mãe de volta, era completamente frustante.

Ária tomou banho com calma, as vezes se sentia sufocada com Lizzie e Mika que sempre a tratavam como uma boneca, Ária foi criada com liberdade e independência, era difícil ter que suprimi seu temperamento constantemente para agradar-las, depois do banho se vestiu com um vestido leve bege , calçando apenas uma sapatilha, escovou os cabelos ajeitando a franja e prendendo os fios num rabo de cavalo.

Só então Ária notou a janela aberta, era uma coisa bastante estranha, a janela foi fechada a noite e ninguém além de Lizzie e Mika tem permissão para entra no quarto, elas também não iriam abrir a janela sabendo que Ária estava doente.

Ária ia saindo pela porta, quando viu duas caixas de veludo vermelho em sua cama, se perguntou quem havia deixado a caixa ali.

Lentamente se aproximou, vendo um envelope azul, deduzindo ser uma carta do remetente, a abriu a lendo.

" Minha Querida Noiva.

Espero que não tenha se assustado com o pequeno incoveniente de ontem, nem preciso falar o que pode acontecer se sai falando o que não deve, Creio que seja uma menina bem instruída, já que será minha esposa deverá ser acostumar com essas coisas.

Na caixa estão algumas cortesias para a senhorita.

Grão Duque Victor Lauren Cratos."

Ária sentiu as pernas fracas ao ler a carta, ele estava a testando, percebeu Ária só não sabia o porquê, abriu uma das caixas encontrando cinco acessórios de cabelo com pedrarias encravadas, abriu a segunda caixa encontrando um belo vestido âmbar, ele tinha uma cor parecida com os olhos amarelados de fera que viu na noite anterior .

Ária desceu para o café irritada, ele a ameaçou, ele ousou ameaçar-la, Ária foi bem treinada em artes marciais, sabia usar um arco perfeitamente e uma adaga.

Ária se irritou por ter ficado com Raiva.

Antes de chegar a sala de jantar, Aria é puxada bruscamente por Miranda que estava irritada.

- Que bela procrastinadora , sai com seus amantes e forja uma vinda do grão Duque?- Disse Miranda irritada, com os olhos em fúria, Ária estava calma, suspirou fundo.

- Não sai com amante algum senhora.- disse Ária tranquila como se Miranda nem estivesse ali, Miranda arrastou Ária até um cubículo sujo, onde só havia uma cama velha.

- Escute piranha, você só serve para substituir Lúcia nesse casamento! Se não fosse isso eu já a teria jogado aos cães!- Miranda, Disse jogando Ária ali dentro, Ária manteve seus olhos verdes amêndoas encarando Miranda, a mulher pegou um chicote de trás de suas costas.

- O que irá fazer? - perguntou Ária com medo , não possuía forças para se defender ainda estava bastante debilitada.

- Te bater até você aprender a respeitar a mim! - disse Miranda como uma lunática, Miranda lançou a primeira chicotada em Ária ferindo-lhe o braço.

- Quando a tratei com desrespeito?- perguntou Ária chorando pela dor, Miranda Chicoteou Ária mas algumas vezes.

- Só você existir é um desrespeito para mim!- gritou Miranda chicoteando Ária, até se cansar - Você ficará trancada até minha ordem! - disse Miranda, trancando a porta do cubículo.

Ária estava encolhida no chão, em posição fetal, suja de sangue e poeira.

- Por que? Porque meu Deus tenho que sofre tanto assim?- disse Ária chorando em desespero,angustiada , no seu coração algo se quebrou a agonia foi tanta tamanho que Ária desejou a própria morte .

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Enquanto isso, alguns quilômetros dali ficava uma base do Exército, Victor havia vindo para supervisionar o quartel, foi um favor que seu "amado primo" lhe pediu esse favor a base da chantagem emocional.

Victor sempre preferiu o quartel a ter que resolver as burocracia do palácio, Victor sendo o filho primogênito do Rei e por consequência Príncipe Herdeiro, ele passou seu posto de Principe Herdeiro para seu segundo irmão e ocupou o posto do seu avô materno.

Victor cresceu em meio aquela burocracia toda, onde ninguém é seu amigo, onde você não deve confiar em ninguém, Victor sofreu várias tentativas de assassinato, desde do ventre sua vida foi constantemente ameaçada, sua mãe temendo que ele fosse morto o mandou para o oriente lá aprendeu vários tipos de Artes márcias.  Kung Fu, Karatê, Judô, Aikido, Krav Magá, Jiu-Jitsu, Muay Thai e Taekwondo.

Sempre se concentrando em ser o melhor para não deixar alguém importante para ele morrer de novo.

Ao chegar no quartel, descobriu que teria um baile de máscaras, decidiu participar para fazer reconhecimento do local e por tudo em ordem.

Só não esperava, que iria ter que intervir numa tentativa de assassinato, depois de matar o culpado, percebeu um par de olhos verdes o encarrando, os olhos lhe lembravam a mas vasta floresta, os olhos estavam assustados, temerosos, ela pôs as mãos na boca, se impedindo de gritar.

Se fosse qualquer outra dama teria gritado pedindo socorro, mas ela manteve seu queixo erguido o tempo todo, aquilo o intrigou, quando se aproximou mais ela desabou no chão desmaiada.

- Senhor, a garota estava com uma pequena virose e o motivo do desmaio foi pela febre alta - disse Guilbert seu braço direito, lhe tirando dos seus pensamentos.

- Sim, enviou o que mandei?- perguntou Victor sem tirar os olhos dos papéis.

- Já foi enviado, senhor tem certeza que é prudente? Aliás o Duque pode está coagindo a filha - disse Guilbert receoso, aliás Ária é filha do homem que matou o general que treinou Victor.

- Veremos o que fazer com ela- dependendo de como Ária iria reagir, Victor decidiria se ela morreria junto com o pai ou não.

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