Capítulo 9

Ária estava no cubículo escuro e sujo, a garota estava suja de sangue, seu próprio sangue, Miranda não teve a menor piedade da menina.

Os braços de Ária estavam marcados pelo o chicote, as pernas estavam ardendo, estava dores dores musculares terríveis.

Para piorar Ária estava ficando quente novamente, a poeira estava a deixando com falta de ar, a garota se arrastou até a cama que havia ali, com muito esforço Ária, conseguiu subir na cama, a cabeça de Ária pesava, sua respiração estava falha, Ária tossia por causa da umidade do cubículo, ela nem havia tomado o remédio prescrito pelo médico do Grão Duque.

Ária fechou os olhos lentamente, sentindo suas pálpebras pesarem, seu corpo dormente, a sensação de ser sugada pela escuridão.

Ária parecia está caindo de um abismo, parecia que o chão na chegava, a queda nunca chegava ao fim, só havia ali escuridão.

Ária estava em desespero , tentava gritar mas a voz faltava, tocou na gargalhada mas não conseguia se mover, era como se algo a impedisse de se mover.

No meio da escuridão Ária viu um par de olhos vermelhos sombrios, Ária sentia seu corpo tremer só de ver aqueles olhos, Ária sentia uma presença estranha completamente maligna, era como se todo o mal estivesse junto a sua frente.

Ária tentou se mexer novamente o desespero angustiante tomava conta, Ária tentava fala pedi ajuda. Então Ária fechou os olhos e pediu socorro a Deus em pensamento.

- Porque não desiste ? Deixe a escuridão tomar conta. - Se pronunciou uma voz grave e sinistra que causava arrepios na menina, Ária continuou pedindo socorro a Deus.

- Ária ele não vai te ouvi, onde ele estava quando você foi espancada? Quando sua mãe morreu? Acha que se casar vai resolver tudo? Não seja idiota, o seu noivo assassinou alguém diante de seus olhos e te ameaçou, acha que ele não vai ter matar? Vamos é só deixar sua raiva , seu ódio e toda mágoa te consumir, o que te prende Ária?- continuou a voz a persuadindo, a tentando, a voz a queria influênciar.

Ária abriu os olhos encarando aqueles olhos vermelhos que emanavam maldade.

- Desisti? Me render?- perguntou Ária confusa por conseguir falar.

- Sim querida você só precisa se rende a escuridão....- respondeu a voz, tentando induzir-la a fazer o que ele queria .

- Assim como Daniel não se rendeu, eu não vo me render, a escuridão não tem nada para me oferecer, sinto muito mas aprendi que sou luz do mundo e as trevas não apagam a luz, o brilho que há em mim!- disse Ária convicta, olhando para aqueles olhos com firmeza, ouviu gargalhadas.

- Luz do mundo? A luz do mundo morreu junto com ele Ária, eu tenho o controle - Disse a voz com zombaria, Ária estava calma, como se aquele desespero nunca a tivesse atingido.

- Eu tenho a mesma convicções de jó que eu sei que o meu Redentor vive e que no fim se levantará sobre a terra. E, depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração! - Disse Ária firme, não sabia onde tinha tirado do força para falar aquilo, ouviu a gargalhada mas alta.

- Garota tola, ele não virá , sua alma será minha.- continuou a voz, Ária se encolheu por conta do medo que sentiu.

-Em pedaços minh'alma estava

Mas por Sua graça refeito sou

Sem nada em troca fui resgatado

Me libertou, me libertou

Sublime graça, doce o som que salva o pecador

Fui cego e agora posso ver

Perdido e me encontrou

Agora eu posso ver

Eu posso ver Seus olhos de amor

Pra que eu possa viver

Sua vida Ele entregou

Mesmo com falhas e com fraquezas

O Teu tesouro em mim está

Minha vida entrego, serei Teu vaso

Pra o mundo ver o Teu poder- Ária começou a cantar enquanto sentia sendo rodeada por uma presença hostil que lhe embrulhava o estômago.

- Deus vem me socorrer estender tua mão!- disse Ária cause num grito mudo , no mesmo momento uma explosão de luz invadiu o abismo, a luz era tão forte que Ária não podia enxergar nada.

- Cale-se e aparta-se dela! - disse uma voz como de um trovão, porém calma como as ondas no mar numa calmaria.

- Não tenha medo Ária, Eu sempre te amei e andar sozinha nunca te deixei nos meus braços eu te carreguei.

Por isso, filha minha não pare agora, ele precisa de você, as portas vão se abrir para você essa tempestade vai passar, tenha paciência , ele será seu protetor e você a cura dele, você vai ver a vitória surgir, a tua benção vai chegar,fui eu que te escolhi ,e

nunca vou te abandonar e

nas minhas mãos você vai descansar.- Disse a voz como de trovão, que agora está calma como uma brisa suave, Ária se sentiu acolhida num abraço caloroso, Ária se desmanchou em lágrimas.

Ária acordou aliviada , sentia seu interior aquecido como se uma chama estivesse acesa no seu coração, ainda estava no cubículo , mas aquilo não importava para ela , no momento Ária queria aproveitar o silêncio.

Ária se sentia em paz de espírito, pronta para enfrentar quem viesse, a garota olhava através de uma pequena janela a paisagem linda e refrescante, a brisa que ecoava nas árvores pareciam uma bela canção, Ária poderia ver os lírios que eram balançados pelo vento, que pareciam dançar numa sintonia única.

O fino lençol da cama estava sujo de sangue e empoderado, os braços de Ária agora tinham marcas roxas, seu rosto estava dolorido talvez pelos tapas que levou, em seu corpo era visível as marcas da surra que havia levado.

Ária sorriu lembrando da voz branda que ouviu em seus sonhos, Ária iria agir como sua mãe a havia ensinado, Miranda teria o que merece se fosse esperta, não iria ficar muito tempo.

- Cada lágrima que derramei não será desperdiçada, Miranda... Miranda você vai ter que me aturar, querida madrasta, vou fazer questão que se lembre de mim por muito tempo - disse Ária sorrindo não docemente, mas como uma garota sapeca.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!