Prológo

O casarão ficava afastado da aldeia, rodeado por uma grande floresta, só se ouvia o sussurro das árvores ali.

A entrada não era permitida , não ser de funcionários ou a carruagem da família.

Muitos ser perguntavam quem morava ali .

Karen olhava para a paisagem pela janela de seu quarto, admirado o verde da floresta, o céu estava estrelado parecia dançar numa sintonia única.

Karen estava casada há dois anos, nesses dois anos seu marido,Richard, uma Duque importante no Reino de Avalon, não permitia que saísse , ela nunca questionou o porque, nunca sentiu a curiosidade de saber o porquê.

Karen se apaixonou por Richard enquanto estudava num internato, seus pais a mandaram para estudar no Reino de Calàcia para a preparar para ser uma ótima esposa.

Um dia numa excursão para um parque, ela se encontrou com Richard pela primeira vez, foi amor a primeira vista.

Eles eram como imãs, um atraia o outro, Karen trocava cartas de amor com Richard, as vezes fugia para encontrá-lo, Karen, porém era Cristã protestante, seus pais a ensinaram a fé do cristianismo antes de morrerem num grave acidente, Karen era asiática, mas precisamente da china, seu nome oriental era Chun Ling.

Karen ☝️

Richard insistia para que ela se entregasse a ele, Karen porém se manteve firme que só se entregaria depois do casamento.

Karen não sabia que Richard era casado, ele para sair seu desejo de forjou um casamento falso .

Karen fugiu do internato para se casar com ele.

Richard sempre estava viajando no começo era viagens curtas,mas logo o tempo de suas viagens aumentou, o que eram dias viraram meses.

Daquela vez ela não sentia tão sozinha com a ausência do marido, ela tinha alguém pra cuidar, Karen colocou as mãos no ventre sentindo os chutes de seu bebê, Karen estava feliz tinha uma mini ser humano se formando dentro de si.

- Meu pequeno broto, cresça saudável, forte como um filhote de leão, delicado como uma melodia, tu és essencial para mim, veio para me trazer felicidades.- disse Karen acariciando a barriga de 8 meses de gestação, a primavera estava começando, seu pequeno broto nasceria durante o auge da primavera, na dança das estrelas.

Karen se perguntava como seu pequeno bebê iria ser parecer, se seria como ela ou como seu marido, se teria olhos azuis como os de Richard, castanhos como os delas ou uma mistura dos dois.

Era o auge da primavera, o céu estava estrelado brilhando, as estrelas dançando como numa apresentação de balé, tudo bem orquestrado.

Naquela noite,Karen entrou em trabalho de parto, a dor era agonizante, parecia que seu útero iria rasgar, a dor era constante, a parteira estava tentando passar força para Karen, Karen só pensava no rosto do pequeno bebê e pedia forças a Deus.

Um choro fino e angelical ecoou pelo quarto, as criadas sorriram emocionadas, elas estavam em êxtase com a chegada do bebê.

É a menina mas linda que já vi, senhora. - disse a parteira, cortando o cordão umbilical da menina, logo limpou a garota e a cobriu com um manto.

É perfeita como uma Ária. - disse Karen sorrindo, Karen sentiu seu coração se encher de amor.

O que é uma Ária? - perguntou uma criada que chorava emocionada.

Série de notas que constituem um canto,Peça de música para uma só voz, Ária, no sentido estrito, é qualquer composição musical escrita para um cantor solista, tendo quase o mesmo significado de canção. Geralmente usa-se o termo "ária" quando está contida dentro de uma obra maior, como uma ópera, cantata ou oratório e "canção" quando é uma peça avulsa. - respondeu Karen admirando sua filha com amor.

Como vai chamar-la, senhora?- perguntou outra criada que já estava preparando o banho para a pequena criança.

Vamos chamar-la de Ária que significa “ela é essencial”, “melodiosa”, “leoa de Deus”, “nobre " e ela também se chamará Beatrice que significa " a que traz felicidade" - disse Karen emocionada com a pequena Ária.

Richard só retornou quando Ária tinha seus 2 anos e meio de idade era verão , Karen estava no jardim com a pequena Ária.

Aria 2 anos de vida

-Soldados somos de Jesus

E campeões do bem, da luz;

Nos exércitos de Deus,

Batalhamos pelos céus,

Cantando, vamos combater.

O vil pecado e seu poder;

A batalha ganha está;

A vitória Deus nos dá.

Breve vamos terminar a batalha aqui,

E para sempre descansar com Jesus ali;

Todos os que são fiéis ao bom Capitão,

Hão de receber lauréis como galardão.

- cantava Karen para a Ária que prestava atenção na mão e tentava cantar junto, Richard olhou para criança com olhos sombrios.

- De quem é essa Criança?- perguntou Richard friamente, assustando as duas que não o tinham visto.

- é nossa filha, Richard - respondeu Karen, olhando pra menina que se escondia atrás dela.

- Não Karen, ela não Poderia ter nascido!- disse Richard transtornado, como se Ária fosse seu pior pesadelo.

- Por que? - respondeu Karen assustada e confusa.

- Sou casado, Karen , nosso casamento foi falso, tenho dois filhos e minha esposa está grávida de novo, uma gravidez de risco, vim apenas para terminar tudo - disse Richard sem demonstrar emoção, como Karen permaneceu calada continuou - vou mandar uma pensão para educação da menina e continuarei a manter a casa como sempre - Karen continuou paralisada, ele apenas virou as costas e saiu dali.

Karen desabou no chão aos prantos, perguntando a Deus o que fez de errado.

Karen buscou forças e decidiu não depender de Richard, ela começou a vender bordados que fazia e outras coisas, mais alguém sempre atrapalhava impedindo as pessoas de negociarem com ela.

Depois de dois anos, decidiu se mudar, o que Richard não sabia era que Karen tinha um baú enorme cheio de jóias que trouxe consigo quando fugiu.

Karen comprou uma fazenda e investiu na educação de Ária, desde de bem cedo.

Mas nem tudo é flores anos depois ela pegou uma doença grave .

- Mamãe não me deixe!- gritou Ária em desespero a mãe, era a única família que ela tinha, sabia da existência do pai, mas não se lembrava dele.

- Ária minha pequena melodia, eu entrei em contato com seu pai , ele cuidará de você, nunca perca sua fé, seja corajosa e gentil, nunca perca sua essência, meu brotinho, quero ouvir você cantar- disse Karen num fio de voz.

- Quero me lembrar de você como alguém que sempre ousou sonhar e acreditar nos planos de Deus... Quero me lembrar dos verões... Quero me lembrar das canções e das lições que nem ensinou... Se eu podesse eu voltaria atrás e te beijaria muito mais, mãe ouviria mais teus conselhos , sinto tanta falta do teu cheiro, acariciar os teus cabelos, minha esperança é que na eternidade vou te ver - cantou Ária aos prantos, vendo sua mãe fechar os olhos pouco a pouco.

- Nós veremos na eternidade meu anjo- foi a última coisa que Karen disse pra Ária antes de partir.

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