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Ao se aproximar do lago, o coração de Karoll começou a bater mais rápido, as suas mãos ficaram úmidas com a emoção que a inundava.
A figura imponente de um homem à beira do rio capturou a sua atenção, e ela sentiu uma mistura de esperança percorrendo a sua mente enquanto se aproximava, ansiosa para decifrar quem poderia ser aquele desconhecido.
Quando os cascos do cavalo de Karoll ecoaram pelo ar, o homem virou-se rapidamente, empunhando a sua espada com uma agilidade impressionante. Mas o medo que Karoll sentia desapareceu instantaneamente quando reconheceu o rosto familiar de Gustav, inundando-a com uma alegria indescritível.
Ela saltou ágil do cavalo e correu na direção dele, os olhos brilhando com a emoção.
— Gustav! — exclamou Karoll, os seus lábios curvando-se num sorriso radiante. — Você não faz ideia do quanto fiquei preocupada, pensando em você!
Antes que Gustav pudesse responder, Karoll o envolveu em um abraço caloroso, seus sentimentos transbordando em uma demonstração de afeto sincero que pegou Gustav de surpresa.
— Também senti sua falta, Karoll… — murmurou Gustav, deixando escapar um sorriso terno enquanto retribuía o abraço.
Karoll suspirou profundamente, sentindo o peso das responsabilidades que pesavam sobre os seus ombros.
As palavras de Gustav a acalmaram, mas também abriram um mar de preocupações que ela havia mantido escondidas por tanto tempo.
— Eu senti tanto a sua falta, Gustav… — confessou Karoll, olhando-o nos olhos com sinceridade. — Fiquei uma eternidade esperando por uma carta sua, um sinal de você. Cheguei até a temer pelo pior, imaginando que você poderia ter sido levado pela morte!
O sorriso caloroso de Gustav dissipou toda a tensão que havia se acumulado entre eles, trazendo uma sensação de alívio e conforto para Karoll.
— Estou feliz por nos vermos novamente, após tanto tempo. — disse ele, sua voz carregada de gratidão. — Estive lutando no campo de batalha, protegendo o príncipe. Foi uma luta constante, e mal tive tempo para enviar-lhe cartas. O meu pai também descobriu sobre os nossos encontros e, para evitar escândalos, ele me fez uma condição: aproximar-me de você e do príncipe durante a guerra, ganhar a confiança de vocês e, assim, beneficiar a nossa família no futuro…
Karoll ouviu atentamente, compreendendo o dilema de Gustav. Ela colocou uma mão reconfortante em seu ombro, sentindo uma mistura de compaixão e admiração por ele.
Gustav hesitou antes de continuar as suas palavras revelando um conflito interno que atingiu o coração de Karoll.
— Mas, Karoll, eu... Eu não sou apenas um oportunista — confessou ele, sua voz carregada de emoção. — Gosto de estar com você, de falar com você. Você é especial para mim, de uma maneira que vai além das convenções sociais!
As palavras de Gustav fizeram o coração de Karoll dar um salto de alegria, uma onda de calor inundando a sua alma enquanto ela olhava para ele com admiração.
Karoll mal conseguia pensar em outra coisa além da frase "você é especial para mim", que ecoava em sua mente como um mantra de felicidade e gratidão.
— Você também é muito especial para mim Gustav. Você sempre me entendeu, sempre estava lá comigo quando precisei, mais tudo mudou quando essa merda de guerra começou... — ela desabafa
— Fico muito feliz em ouvir isso de você…— o jovem acaricia suavemente a bochecha da lady.
Com o toque gentil de Gustav, Karoll sentiu o seu interior se aquecer completamente. Questionou-se como aquele único gesto teve um grande impacto sobre ela.
— … Então tirando a sua relação comigo, você e o príncipe aproximaram, eu pude ver, não gostava muito dele quando era menor. Vivia dizendo que era um garotinho mimado idiota…
— Está certa, nunca gostei muito dele — concordou Gustav, sua voz carregada de arrependimento. — Só me aproximei dele para que o meu pai ficasse satisfeito e não estragasse a sua reputação. Eu sou um péssimo cavalheiro, em vez de ser leal, estou sendo um aproveitador.
As palavras de Gustav atingiram o coração de Karoll, enchendo-a de compaixão por ele. Ela colocou uma mão reconfortante em seu rosto, olhando-o nos olhos com ternura.
— Não, Gustav, você não é um péssimo cavalheiro — afirmou ela, sua voz suave e reconfortante. — Você está protegendo a futura imperatriz de rumores que podem acabar virando o Império de cabeça para baixo. O meu casamento com o príncipe herdeiro é a segunda coisa mais importante para esse Império, então pense que está fazendo algo bom.
— É verdade... apesar de tudo, ainda está noiva… — Gustav hesita em perguntar — Você… quer mesmo se casar com aquele principezinho só para governar esse grande Império?
— Querer eu nunca quis... — começou ela, a sua voz soando firme e determinada. — Mas esse sempre foi meu propósito desde que nasci. Já tentei muitas vezes fugir desse destino, mas nunca me deixam ir embora. A única coisa que me resta é a decisão de fazer desse Império ainda maior e mais poderoso, mesmo que seja me casando com o príncipezinho.
— Mas se ele encontrar outra mulher? Se apaixonar por ela? Querer a fazer imperatriz ou ter filhos com ela? Vai querer ter uma vida assim? Karol, ele não é como pensa, a verdade é que ele mudou muito, não é mais aquele chorão que conhecia. Ele tornou-se... pior do que você pensa. Se ele conhecesse uma mulher e se apaixonasse por ela, ele iria fazê-la imperatriz e depois te jogar fora como lixo. Também existe a questão de você se apaixonar por outra pessoa…
— Se ele encontrar outra mulher... farei o que puder para me livrar dela — declarou ela, sua voz firme e decidida. — E se eu me apaixonar por outra pessoa... eu vou querer que ela seja feliz, mesmo que isso signifique abrir mão da minha própria felicidade.
Destas palavras Barão Gustav sentiu como uma indireta, porém entendeu que aquela Karoll que conheceu em sua estreia na sociedade não estava mais ali. Quem estava diante de seus olhos agora era Karoll, a futura imperatriz.
— Você mudou bastante Karoll, desistindo da sua felicidade por poder.
— Quem lhe disse que a minha felicidade não é o Império? Eu quero dar um futuro melhor para as pessoas, mesmo que isso dependa de deixar de lado a minha felicidade. Talvez eu até possa encontrar felicidade durante os meus dias imperiais!
— Estou apenas preocupado com o seu futuro, só isso. Eu quero que a minha amiga seja feliz com a pessoa que lhe faz feliz, apenas isso…
— Eu também quero que seja feliz, mas não quero que fique preocupado comigo, isso só atrapalha você.
— Por que... por que você não entende... — Ele franze a testa esgotado da paciência em expressar os seus verdadeiros sentimentos.
— O que eu não entendo?
— Apenas saiba que estarei sempre com você nos seus momentos difíceis. — Dados aquelas palavras Gustav se aproxima e dá um beijo na testa de Karoll a confortando a num abraço em seguida.
— Eu tenho que voltar, Gilda não conseguirá mentir para os guardas por muito tempo.
— Desculpe-me, tomei muito do seu tempo.
— Não precisa se preocupar, foi um tempo que valeu a pena. — Sorri carinhosamente para Gustav. — Espero ver-te à noite no banquete.
— Não queria ir, mas já que estarás me esperando aparecerei por lá.
Gustav a pegou pela cintura e a colocou no cavalo que Karoll havia roubado.
— Vá em segurança — disse Gustav, seu olhar cheio de preocupação. — E lembre-se de que estarei sempre aqui, caso precise de mim.
Karoll assentiu com um sorriso reconfortante, sentindo-se grata por ter alguém como Gustav ao seu lado. Ela se virou para ir embora, mas não pôde deixar de olhar para trás uma última vez, enviando uma prece silenciosa para que ele estivesse sempre lá quando precisasse dele.
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No interior de seu quarto, Karoll se depara com a figura assustadora de Gilda, cujo olhar parecia capaz de matá-la ali mesmo.
— Eu sei, desculpe-me ter ficado tanto tempo fora é que aconteceu tanta coisa que perdi a noção do tempo — diz Karoll fechando a porta devagar com a cabeça baixa.
— Eu não quero saber o que aconteceu a minha lady, mais o baile começa em três horas até você tomar banho, hidratar o rosto e o corpo, arrumar o cabelo, passar maquiag- A bronca de Gilda é interrompida.
— Pelo céus Gilda! Eu entendi, demorei muito, mas agora não quero levar uma bronca sua, já que estamos atrasadas é melhor começar arrumar-me agora.
Gilda pondera por um momento porque sua lady está tão irritada, mas decide perguntar mais tarde.
— Agora enquanto tiro a minha roupa chama as outras servas para preparar o banho, é melhor andarmos rápidas.
— ...Tudo bem minha senhora, mais acho melhor contar-me tudo o que houve depois do banquete.
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Atualizado até capítulo 70
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