Traição

    Não acredito que eu estou com vergonha de andar de mãos dadas com este homem. E nem acredito que estou fazendo isso, todos me observam de cima a baixo, A sede da guilda é grande, parece ter três andares além do térreo. Após passarmos por uma grande porta e andar um pouco, ficamos de frente com o mestre da guilda de magos Ignis.

- Estou de volta pai e tenho domínio dos quatro elementos!

- Parabéns\, e quem é esta que anda contigo?

- Eu a salvei de ataques de lobisomens\, creio que o destino nos uniu por isso a trouxe\, seu nome é Igraine Licaon Silva.

    Ninguém parece se interessar muito por mim, o pai de Rischter não se parece nada com ele, careca, olhos negros, pele branca e gordo.

- Também fomos atacados por um grupo desconhecido de lobos aliados a magos e o pior de tudo\, Sírius está junto.

    Começo e sentir meus olhos pesados, acho que finalmente o cansaço me pegou, tenho que manter a compostura!

- Essa é uma acusação grave filho… Mas recebemos relatos de que nossa paz milenar estava abalada por conta de um grupo intitulado “Trismegisto”\, venham\, cheguem mais perto.

    Meu corpo começa a queimar por dentro conforme ando para frente até que não aguento mais e caio de joelhos.

- Ahh!!!

- Igrai…! O (…) houve?

- Obrigado filho por (…) trazê-la e (...) por fazer seu papel direitinho.

    Abro os olhos e não reconheço onde estou, não sei nem quanto tempo já se passou. Cheiro de mofo, me sinto fraca ainda, mas que lugar escuro, o chão está gelado e húmido, estou numa cela aparentemente, e ainda feita de prata. Minha cabeça doí, lembro-me de Casper dizer “Obrigado filho por trazê-la e por fazer seu papel direitinho.” Isso não pode estar certo não consigo acreditar nisso, será que ele mentiu nos sentimentos também? Humano imprestável, vale menos que a água da salsicha!

    Meu peito doí, é como uma pontada, penso no incêndio, nos momentos com Rischter, no toque de seus lábios e nas palavras de seu pai, eu vou sair daqui. Lágrimas escorrem pelo meu rosto novamente e me preparo, ponho minhas garras e ataco a parede, mas só consigo arranhar um pouco e quebrar algumas unhas, sangue escorre pelas mãos, mas que droga, essa parede é feita com prata também? Só pode ser magia!

Vamos ver do que essas celas são capazes de aguentar…

Antes que eu pudesse continuar um mago de baixa estatura aparece me importunando.

- Olá prisioneira\, parece que sua sorte acabou.

- E o que pensam que irão fazer comigo?

- Vamos matá-la\, e Rischter está se preparando neste momento para fazer isso.

    Rapidamente atravesso meu braço de lobisomem pela grade e agarro seu pescoço, minha mão queima com a grade, mas posso aguentar.

- Você vai aprender que não se mexe com uma Alfa Genuína nunca!.

    Olhar de terror, tremores pelo corpo todo, essa era a reação daquele mago minúsculo ao me ver se tornar um grande Crinos a ponto de atingir o teto daquela cela com a cabeça. Vou usar todo poder que eu puder.

- Auu!!!

    Meu uivo é tão alto que os ouvidos do mago começam a sangrar, após soltá-lo começo a atacar aquelas paredes e grades tão rapidamente que mal consigo controlar a precisão dos movimentos, sou capaz de destruir aquelas grades e sair da cela, no mesmo momento mais magos começam a descer em fila pelo estreito corredor, mas antes de conjurar qualquer coisa já estou perto o suficiente para atacá-los. “Tarde demais para vocês” - dizia meu olhar.

    Um a um foi sendo morto por minhas garras, transformando aquele corredor num cenário de filme de terror. Subi dois andares e cheguei no salão principal onde havia desmaiado, onde fui enfeitiçada na verdade.

    Do lado de fora está Torres e dois magos que arremessam grandes rochas em mim e tentam meu dominar com círculos de fogo ao meu redor. Corro através das chamas e derrubo um mago, porém antes de acertar o mestre da guilda, ele mexe a mão e uma ventania tão forte me atinge que sou arremessada em uma casa de madeira da qual é destruída.

    Farejo mais magos chegando, melhor fugir, da forma de Crinos salto como um Hispo e corro na direção da mata, como sairei desta terra? Pego um mago franzino pelos dentes e o carrego.

    Após alguns minutos correndo o largo no chão, me transformando em Glabro.

- Abra o portal para a Terra agora!

- Como quiser…

- Após cruzar o portal\, assumo a forma de Lúpus\, um lobo comum aos olhos de todos\, bom não tão comum\, por estar no Brasil.

    Farei meu caminho para Caeté e encontrarei minhas respostas, depois de lá, vou atrás de Rischter a fim de esclarecer as coisas com ele, isso não vai ficar barato, mas não mesmo!

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