“Onde estou?” Minha cabeça doi… acordo molhada de suor em meu quarto, não dormi bem a noite toda e ainda é de madrugada - Estou num sonho sobre aquele dia…
Me levanto e passo água pelo meu corpo para tirar o suor visto um manto tradicional, por ser mais fresco e saio naquela madrugada em busca de ajuda do Druida da montanha, não estava bem. Após uma longa caminhada cambaleando chego até sua cabana e o encontro.
- Olá pequena Igraine. O que houve? Você não parece bem…
Sem conseguir pronunciar uma palavra eu desmaiei por poucos minutos, despertei suando ainda mais, escutei uma reza do druida e apaguei novamente. Então desperto totalmente bem.
- Ur, o que houve comigo?
- Eu quem pergunto pequena Igraine, por onde andou nas últimas vinte e quatro horas?
- Afazeres da matilha, porém todos internos, não sai de casa, ao final do dia houve o banquete em comemoração do meu vigésimo terceiro aniversário.
- E o que havia neste banquete? Algo veio de fora?
- Não, foi apenas comida daqui mesmo, não encomendamos nada de fontes externas, você está me preocupando Ur.
Ele olhava atentamente para mim e respirava fundo, parecia estar para dizer a pior notícia de todos os tempos e, para minha tristeza, era o que eu nunca imaginaria.
- Temos um traidor na matilha pequena Igraine.
- O que?! Como isso poderia acontecer?
- Eu fiz um ritual de purificação em você, misturei ervas aromáticas e fiz uma solução para você beber, você expeliu tudo que comeu e lhe fez mal, mas devo confessar que seu corpo é muito forte, não é todo mundo que conseguiria andar o que andou com isso no corpo, veja.
Ele me apresenta uma bacia com o que eu havia expelido e continuou a falar.
- Aqui tem veneno misturado com prata em capsulas de plástico, ou seja, em sua comida continha essas capsulas inseridas para serem diluídas e abertas em seu corpo, apenas horas depois, quem te envenenou, também deve ter envenenado seus irmãos.
No mesmo instante me ponho de pé com os olhos vermelhos e as garras aparentes, não posso esperar mais nem um segundo, me viro e preparo-me para correr e encontrar o traidor.
- Ur, preciso que venha comigo, por favor, preciso tratar de todos que comeram do banquete! - Pior que foi a alcateia inteira…
Assim que saímos de sua cabana, uma grande explosão em minha casa pode ser vista a distância, depois diversas pequenas explosões em sequências, comecei a correr a toda velocidade e nem me dei conta de que havia deixado Ur para trás.
- “Onde foi que errei?” “Por favor, estejam vivos! Rick, Leo, Pedro, Lêh, Sandro, Mick, Gab, por favor, por favor, por favor.” - Eu não parava de falar seus nomes e quando cheguei lá as chamas estavam tão altas que quase não consegui entrar.
Lágrimas incontroláveis jorram dos meus olhos ao ver corpos em chamas já sem vida, morreram do veneno e não do fogo, mas ainda assim querem acobertar tudo.
- “Não, não, não, não, NÃO! Não pode ser, não comigo… Meus irmãos, minha família, minha matilha…
Farejo algo diferente e observo três lobos com um manto diferente caminhando, são Ômegas na forma de Hispo e não são dos nossos. Com gritos e muita raiva eu não sou capaz de me controlar e os ataco sem perguntar nada. Naquele momento choveu sangue, mais cinco aparecem junto com um vampiro avançando para cima de mim, mas para suas infelicidades estou no meu pior dia. Um a um, faço questão de matá-los olhando no fundo de seus olhos.
- Igraine! Igraine.
Escuto Ur me chamar e saio a seu encontro fora das chamas.
- Por sua expressão, imagino que não encontrou ninguém com vida… Mas por que está toda coberta de sangue?
Entrego o manto a ele dizendo que fui atacada por eles, havia um símbolo com três pirâmides uma dentro da outra, nunca vi nada assim antes.
- Sabe de qual matilha é este brasão? Matei os lobisomens que estavam com ela.
Não tenho ideia, ao menos não é nada da época da origem, é novidade, e deve ser bem recente, Igraine, vou voltar para a montanha, preciso pegar algumas coisas, vamos sair juntos nessa caçada, vi você nascer, vi cada um de seus irmãos mais velhos nascerem, isso é imperdoável, me espere aqui.
Vagarosamente minha visão vai se apagando e as vozes desaparecem… Então escuto som de água, pássaros, sinto paz, lentamente meus olhos se abrem e estou molhada de suor novamente. Me sento e não vejo ninguém, apenas bolhas no meio do lago. Torço o manto que ganhei, está ensopado.
Emergindo daquele lago estava Rischter que já me observava, suas coxas eram bem marcadas de músculos, uma circunferência perfeita de bunda, incrível, mas que corpo é aquele? - Pensei. Acho que deve ser o único mago tão belo assim. Com sua magia, se seca e se veste. Arremesso sua camiseta e após se vestir, ele faz uma fogueira para me secar também.
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Atualizado até capítulo 37
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