Capítulo 01: 21 anos depois...

...Vinte e Um anos depois......

No pequeno e tranquilo município de Cerro Corá, no interior do Rio Grande do Norte, onde o vento soprava suavemente entre as árvores e as ruas de paralelepípedos contavam histórias antigas, uma manhã de sábado trazia consigo a agitação típica do fim de semana. Na rua principal, conhecida como Rua das Flores, o movimento era discreto, mas a energia no ar indicava que algo diferente estava para acontecer. Na acolhedora cozinha da casa de Joana, os primeiros raios de sol espreitavam pelas janelas, anunciando o início de um dia especial. Sua filha Marina entrou na cozinha com um sorriso radiante, envolvendo sua mãe em um caloroso abraço. 

— Bom dia, mãe! Hoje é um grande dia para nós — saudou Marina, seu entusiasmo transbordando. 

Joana, ocupada coando café, sorriu para a filha e colocou a garrafa sobre a mesa antes de voltar o olhar para ela. 

— Eu sei que hoje é um dia de festa, mas ainda temos muitas coisas para fazer, e seu irmão ainda está dormindo — respondeu Joana, com um sorriso afetuoso. 

Sem hesitação, Marina se prontificou a chamar o irmão, mas, antes que pudesse sair da cozinha, Joana segurou seu braço suavemente. 

— Minha filha, já que hoje é o casamento do seu irmão, tire um tempo para conhecer alguns rapazes. Quero ver você feliz — sugeriu Joana, com uma expressão séria. 

— Eu já sou feliz... — disse Marina, sorrindo discretamente e desviando o olhar. 

— Ah, não precisa disfarçar, querida. Você nunca namorou? Nunca se interessou por ninguém? Nunca beijou? — questionou Joana, com um tom maternal. 

Marina, então, começou a aplaudir, seu sorriso amplo preenchendo a cozinha. 

— Mãe, no dia em que eu me apaixonar e eventualmente casar, esse dia chegará. Mas, até lá, não preciso de ninguém — declarou com convicção antes de beijar o rosto da mãe e sair da cozinha, deixando Joana reflexiva sobre as palavras da filha. 

O sol começava a esgueirar-se pelas cortinas do quarto de Miguel naquela tranquila manhã. Marina, sua irmã, irrompeu no quarto com uma mistura de energia e entusiasmo, puxando o lençol da cama com vigor. 

— Está na hora de acordar! Você está super atrasado! — gritou ela, interrompendo o sono de Miguel. 

Ainda sonolento, Miguel saltou da cama em um frenesi repentino, seus olhos varrendo o quarto em pânico. 

— Meu Deus do céu, perdi o meu casamento! E agora?! — exclamou, a voz carregada de desespero. 

Um riso caloroso escapou dos lábios de Marina enquanto ela se postava diante dele. 

— Calma, meu irmão — disse ela, sorrindo. — Ainda é muito cedo, há tempo de sobra. Eu só disse isso para você se levantar rápido. 

Agora mais desperto, Miguel não conseguiu conter um sorriso diante da brincadeira da irmã. 

— Hahaha, nossa, como você é engraçada — debochou, fingindo indignação. — Estou morrendo de rir... 

Marina retribuiu o sorriso, os olhos brilhando de alegria. 

— Bem, eu faço o que posso — disse ela. — Agora estou indo para a casa da minha futura cunhada. Vou ajudá-la a se arrumar. 

O sorriso de Miguel se alargou enquanto ele olhava para o teto, tomado por uma profunda gratidão. 

— Hoje é o meu dia — murmurou, um brilho de emoção nos olhos. — Vou me casar com a mulher que amo. 

Em um gesto de afeto, Marina e Miguel se abraçaram calorosamente. 

— De verdade, desejo tudo de bom e do melhor para sua nova vida! — disse Marina, os olhos refletindo sua sincera felicidade pelo irmão. 

— Muito obrigado, minha irmã — respondeu Miguel, o coração transbordando de gratidão. 

Enquanto Marina saía do quarto, Miguel pegou seu smoking com um sorriso radiante. Diante do espelho, contemplou sua imagem com uma sensação de expectativa e promessa. 

Rio de Janeiro: Imagine uma cidade vibrante onde montanhas verdejantes encontram praias de areia dourada. O sol brilha intensamente no céu azul, refletindo nas águas cristalinas do oceano. A cidade está sempre agitada com atividades, com carros passando pelas ruas movimentadas e pessoas passeando pelos calçadões. Montanhas famosas como o Pão de Açúcar e o Corcovado, com sua estátua do Cristo Redentor, dominam a paisagem, oferecendo vistas de tirar o fôlego. Escondida na parte sul do Rio de Janeiro entre as árvores altas de um bairro de luxo, fica a majestosa Mansão Linhares. 

A propriedade é cercada por altos portões de ferro forjado cobertos de hera que se abrem para uma calçada de pedra branca ladeada por jardins meticulosamente cuidados. Construída em estilo colonial, a mansão tem uma fachada imponente com colunas brancas e uma escadaria de mármore que leva à entrada principal. O interior é igualmente impressionante, com tetos altos adornados com lustres de cristal, móveis antigos de madeira escura e tapeçarias luxuosas. Vitória Linhares, inquieta, percorria a sala com o celular grudado ao ouvido. 

— Por que ele não atende esse celular?! — murmurava nervosamente. 

Nesse instante, Tomás desceu as escadas, o semblante sério denunciando sua preocupação. 

— Mais uma vez você está tentando ligar para o seu amado filho, e ele não atende... — disse ele, observando Vitória. 

— Só quero desejar feliz aniversário para ele, só isso — respondeu Vitória, nervosa. 

— Vitória, não precisa ficar assim. Você sabe muito bem que, todo ano, João Victor comemora o aniversário nos Estados Unidos — disse Tomás, tentando acalmá-la. 

— Eu não estou nervosa, estou no controle! Só quero ligar para ele e desejar feliz aniversário, como faço todos os anos — defendeu-se Vitória, determinada. 

— Pois, se ele atender, diga a Victor que crie juízo na cabeça. Ele já vai fazer 30 anos e ainda vive como se fosse um adolescente — comentou Tomás, em tom preocupado. 

— Victor pode ter a idade que for, mas continua sendo meu filhinho de sempre — disse Vitória. Em um acesso de raiva, apontou o dedo para o rosto de Tomás. 

— Só lembrando que Victor também é meu filho — rebateu Tomás, mantendo a seriedade. 

Vitória então se aproximou do marido, tentando amenizar a tensão entre eles. 

— Ai, amor, desculpa... Eu não queria falar desse jeito. Ele é o nosso único filho. 

— Sim! Mas João Victor não é mais criança nem adolescente... Agora ele é um homem — disse Tomás, finalmente cedendo a um sorriso. 

A lembrança do aniversário distante do filho ainda pairava sobre eles. Tomás se despediu, pronto para enfrentar o dia de trabalho na fábrica, e abraçou Vitória, deixando um beijo em seu rosto. Sozinha na sala, Vitória se deixou cair no sofá, o olhar perdido no porta-retrato de João Victor. Ali, encontrava conforto e lembranças de um tempo mais simples, quando o aniversário do filho era comemorado em família, sem distâncias nem obrigações da vida adulta. 

Horas depois... Vitória, uma mulher de beleza marcante, observava-se no espelho de seu luxuoso quarto na mansão da família, enquanto penteava seus longos cabelos. O silêncio foi quebrado pela entrada repentina de sua irmã, Stella. 

— Eu liguei para você e você não atendeu, então vim até aqui — anunciou Stella, encontrando o olhar de Vitória no espelho. 

Sem perder tempo, Vitória se sentou na cama, encarando Stella com uma mistura de desconfiança e impaciência. 

— Isso é só mais uma desculpa para você aparecer na minha mansão? Fala logo, o que você quer? 

— Nossa... só porque você tem mais dinheiro do que eu, precisa me tratar assim? Afinal, sou sua irmã e mereço respeito. 

— Tá bom! —, Vitória suspirou, tentando controlar a irritação. — Minha querida irmã. A que devo a honra da sua visita? 

A tensão no quarto aumentou quando Stella se aproximou e sentou-se na cama ao lado de Vitória. 

— Hoje falei com meu filho, Eloy... e ele me disse que o Victor vai comemorar o aniversário em uma boate. 

— Sempre a mesma coisa. Todo ano, Victor faz aniversário bem longe de mim. 

— Isso pode mudar... é só você contar a verdade para o João Victor. 

Vitória ficou em silêncio por um instante. De repente, levantou-se da cama, apontando o dedo para o rosto de Stella, sentindo a raiva crescer dentro dela. 

— Escuta aqui! Não se intrometa na minha vida. Da minha família cuido eu. 

— Sim, mas eu acho... — tentou dizer Stella, sem recuar. 

— Você não acha nada! — interrompeu Vitória, sua voz agora um grito de desafio. — Você tem o seu filho, e eu tenho o meu. 

O confronto entre as duas irmãs atingiu seu ápice quando Stella também se levantou da cama, enfrentando Vitória com firmeza. 

— Vitória, eu sou sua irmã e quero o seu bem... e o bem da sua família. Mas João Victor precisa saber a verdade. 

Em um raro momento de vulnerabilidade, Vitória se calou. Seu rosto expressava medo e confusão. Lentamente, ela se aproximou de Stella e a abraçou, reconhecendo a gravidade das palavras da irmã — e os segredos que ameaçavam separá-las. 

O sol do Rio de Janeiro pintava o flat de um casal: Pedro e Isaacs com tons dourados, enquanto Pedro se refugiava nas páginas de um livro, mergulhado em pensamentos. O silêncio era quebrado apenas pelo suave virar das páginas, até que Isaacs entrou na sala com um sorriso radiante, iluminando ainda mais o ambiente. 

— Pedro — começou Isaacs, sua voz transbordando alegria —, hoje à noite é o nosso aniversário de casamento. 

— É claro que sei — respondeu Pedro que ergueu os olhos do livro, seu rosto se suavizando em um sorriso sincero, com um tom brincalhão. — Já faz quatro anos que eu aturo você... 

— Então... — Isaacs riu e continuou animado. — Fiz uma reserva no melhor restaurante do Rio para nós dois jantarmos esta noite. 

Pedro levantou-se do sofá e envolveu Isaacs em um abraço caloroso, seus olhos brilhando com gratidão. 

— Você é incrível. O melhor companheiro do mundo. Te amo. 

— Eu também te amo — respondeu Isaacs, sua voz carregada de ternura. — Então se prepare, porque hoje à noite teremos um momento especial, só para nós dois. 

Ainda abraçados, Pedro e Isaacs compartilharam um instante de cumplicidade, deixando que a expectativa de uma noite inesquecível aquecesse seus corações. 

Enquanto isso, no tranquilo entardecer da Califórnia, nos chalés à beira-mar, Eloy, primo de João Victor, mergulhava no brilho azulado de seu notebook quando João Victor adentrou o quarto, irradiando um sorriso contagiante. 

— Você já pode me declarar o cara! — exclamou Victor, transbordando alegria. 

— Por que eu deveria fazer isso? — perguntou Eloy, confuso. 

— Simples, primo — respondeu Victor, radiante. — Consegui alugar uma das melhores boates dos EUA, só para nós dois e um mar de garotas! Sensacional! 

Eloy, impressionado, ergueu-se da cama para encarar Victor. 

— Uau... Você se superou desta vez. 

Mas, antes que pudessem continuar a conversa, Eloy pegou o celular de Victor e o entregou a ele, com uma expressão séria. 

— Sua mãe ligou várias vezes. Seria melhor você retornar as chamadas. 

— Hoje não. — Victor, indiferente, atirou o celular ao chão. — Não quero falar com ninguém. Hoje é meu aniversário, e eu só quero aproveitar ao máximo. Vamos nos preparar para a noite! 

Assim que Victor saiu, deixando Eloy sozinho no quarto, uma mistura de sentimentos o invadiu. Sentado na cama, cerrando os punhos, ele murmurou para si mesmo: 

— Sempre esbanjando dinheiro à toa, enquanto eu permaneço na sombra dele... 

Com um impulso de raiva contida, Eloy agarrou um travesseiro e desferiu golpes violentos nele, repetindo as palavras "Vivendo na sombra" incessantemente, enquanto a noite na Califórnia preparava o cenário para uma celebração repleta de desafios e descobertas. 

Logo após, Eloy estava lá, contemplando a paisagem pela janela da sala de estar do chalé. O clima ameno contrastava com a tensão que pairava no ar. Victor se aproximou silenciosamente por trás dele. 

— Está escurecendo rápido, cara. Você não vai se arrumar? — disse Victor, impaciente. 

Em seguida, Eloy virou-se lentamente, seu rosto carregando uma expressão séria. 

— Você tem visita... é a sua ex. 

Victor franziu a testa, perplexo. 

— Do que você está falando? 

Antes que Eloy pudesse responder, a atmosfera do chalé mudou abruptamente. A porta se abriu, e Analú irrompeu no ambiente. Seu sorriso era tão deslumbrante quanto o sol que se punha lá fora. 

— E aí, rapazes? Acabei de chegar — anunciou, com uma aura de confiança. 

Os olhares trocados entre Victor e Eloy capturavam a tensão no ar. Victor fixou os olhos em Analú, visivelmente surpreso. 

— O que você está fazendo aqui? — perguntou, sua voz carregando uma mistura de confusão e irritação. 

— Ué! —, Analú apenas riu levemente, sem se abalar. — Eu vim pessoalmente entregar seu presente de aniversário. 

— Então entregue e vá embora. — Victor disse, mantendo a expressão fechada. 

— Calma, querido... só você pode ver e abrir esse presente. — Analú aproximou-se e pegou suavemente a mão dele. — Quero que venha comigo agora mesmo. 

— Espere um minuto. — Eloy, desconfiado, interveio. — Você não pode se atrasar para o clube. 

— Tudo bem. — Victor hesitou por um instante, mas logo assentiu. — Vá na frente, eu te alcanço depois. 

Eloy permaneceu imóvel, observando pela janela enquanto Analú e Victor saíam de mãos dadas, desaparecendo no carro rumo a um destino incerto. 

O sol escaldante de Natal brilhava através das cortinas do quarto de Miguel, enquanto ele se arrumava para o grande dia. Diante do espelho, seu reflexo revelava uma mistura de emoções, e seu rosto tenso denunciava a ansiedade que sentia. De repente, a porta se abriu suavemente, e a figura reconfortante de Joana, sua mãe, entrou no quarto. Seus olhos brilharam ao ver o filho trajando um smoking impecável. 

— Você está radiante, meu querido. Está pronto para o seu grande dia? — disse ela, com um sorriso amoroso. 

Miguel retribuiu o sorriso, mas um lampejo de nervosismo cruzou seu olhar enquanto levava a mão ao estômago. 

— Obrigado, mãe. Mas confesso que estou um pouco nervoso. É normal sentir esse frio na barriga antes do casamento? 

— Claro que sim, querido. — Joana riu suavemente e pousou a mão no ombro do filho, num gesto de conforto. — Todo mundo fica nervoso no dia do casamento. Mas não se preocupe, você está pronto para esse momento. 

Mãe e filho se abraçaram, e, de repente, uma rajada de vento sacudiu as cortinas, trazendo consigo uma nuvem de areia. Joana olhou para a janela, surpresa, enquanto a areia invadia o quarto. 

— Meu Deus, que ventania é essa?! 

Miguel correu até a janela e a fechou com firmeza, tentando bloquear a entrada do vendaval. 

— É só uma tempestade de areia passageira, mãe. Não se preocupe, logo vai passar. 

Joana assentiu, ainda um pouco relutante, e os dois saíram do quarto rumo ao grande evento. No entanto, mal haviam cruzado a porta quando, num estrondo, a janela se abriu novamente, permitindo que o vento carregado de areia tomasse o quarto mais uma vez. Lá fora, a tempestade rugia, como se o destino tivesse outros planos para Miguel naquele dia especial. 

Enquanto, o sol brilhava sobre a pequena cidade de Cerro Corá, enquanto os sinos da igreja ecoavam pelo ar tranquilo. Júlia, radiante em seu vestido de noiva, desceu do carro em frente à antiga igreja, ansiosa para começar sua nova vida ao lado de seu amado. No entanto, uma cena desoladora a aguardava. 

— Mas o que está acontecendo? Por que ninguém está dentro da igreja? — exclamou Júlia, perplexa ao perceber a ausência dos convidados. 

— Depois que te ajudei a se arrumar, fui até a igreja e me disseram que está desmoronando... — revelou Marina, seu tom carregado de preocupação. 

— Não, isso não pode estar acontecendo! A igreja não pode cair no dia do meu casamento! — ela protestou, seu coração disparado. Uma mistura de surpresa e desespero tomou conta dela. Recusando-se a acreditar na terrível notícia. 

— Eu sinto muito, Júlia, mas é perigoso. Disseram que a estrutura está comprometida. Ninguém pode entrar — lamentou Marina, compartilhando a triste realidade. 

Mas Júlia se recusava a aceitar. Determinada a seguir com seus planos, ela balançou a cabeça, tentando afastar o medo. 

— Essa igreja está de pé há mais de 50 anos, e vai continuar firme! 

Antes que Marina pudesse impedi-la, Júlia correu em direção à entrada. Assim que passou pela porta, um estrondo ensurdecedor tomou conta do local. O edifício antigo desabou em questão de segundos. Gritos de horror ecoaram quando os destroços tomaram o lugar do que antes era um santuário de fé. Marina, imóvel por um instante, teve o coração tomado pelo pavor. 

— Meu Deus, cadê a Júlia?! A igreja desabou! — gritou ela, correndo em direção aos escombros. 

O que deveria ser um dia de celebração transformou-se em tragédia. Entre a poeira e o concreto retorcido, Marina observava o que restava da igreja. Com as mãos na cabeça, ela clamava por ajuda, seu desespero ressoando pelas ruas vazias de Cerro Corá. 

— Socorro! Alguém ajuda! Júlia está lá dentro! 

De repente, Miguel e Joana surgiram, alarmados pelos gritos. Miguel olhou ao redor, atordoado, enquanto sua mãe permanecia em silêncio, o rosto tomado pela angústia. 

— O que está acontecendo?! Cadê a Júlia? — perguntou Miguel, a voz trêmula. 

— Meu irmão... — Marina virou-se para ele, os olhos inundados de lágrimas. — Eu sinto muito, mas a igreja desabou com a Júlia dentro. 

O choque se abateu sobre Miguel como uma lâmina cortante. Ele cambaleou para trás, balançando a cabeça em negação. 

— Não... não... isso não pode ser verdade! Minha Júlia não pode ter morrido! — gritou ele, o desespero tomando conta dele. 

Sem pensar, Miguel correu para os escombros, cavando freneticamente com as próprias mãos enquanto gritava o nome da noiva. 

— Meu filho... sinto muito. — Joana, com um nó na garganta, aproximou-se e segurou o braço do filho. — Eu sei que é difícil, mas assim você não vai encontrá-la... 

Miguel desabou em lágrimas, segurando a mãe com força. 

— Eu amo tanto a Júlia... Ela não merecia morrer assim... 

— Eu sei... Mas há coisas no destino que não podemos mudar — sussurrou Joana, acariciando os cabelos do filho, enquanto lutava para conter suas próprias lágrimas. 

Marina aproximou-se e, sem dizer uma palavra, envolveu os dois em um abraço apertado. O lamento da tragédia pairava sobre eles como uma sombra implacável.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!