Capítulo 8

Eliza Fitzy narrando:

Era sábado de manhã, eu estava sentada no sofá comendo leite com cereal em uma grande tigela.

Hoje eu iria trabalhar só a noite, meu turno começava às nove horas, na verdade, hoje não era para mim ir trabalhar, porém, uma colega me pediu para ficar no turno dela e a mesma retribuía ficando em um dos meus turnos.

Eu aceitei, mas ainda não falei um dia específico para ela ficar no meu lugar, irei deixa para algum dia em que eu realmente precise.

Ouço a campainha e deixo a tigela sobre a mesa de centro, ando até a porta e abro a mesma.

Vejo Malu vestida em um lindo pijama cor de rosa, a mesma estava com seus lindos cabelos trançados e um sorriso ainda mais lindo no rosto.

— Bom dia, tia Eliza. — diz ela.

— Bom dia, pequena. — falo fazendo ela sorrir mais ainda.

— Mamãe estava arrumando meus cabelos para a gente ir passear. — diz ela.

— Sua mãe é ótima no que faz, seu cabelo está lindo. — falo.

— Você quer vir com a gente tia Eliza. — diz ela, vejo quando Madison abre a porta e suspira aliviada ao ver a filha ali no corredor.

— Malu, eu já te falei para não ficar saindo do apartamento. — diz ela se abaixando na frente da criança. — mamãe ficou preocupada te procurando.

— Eu vim chamar a tia Eliza para passear com a gente. — diz ela inocentemente. — eu gostei muito dela mamãe.

Madison me olha e nossos olhos se encontram, meu coração imediatamente acelera, ainda bem que ela não pode ver e nem ouvir.

— A Eliza é uma mulher ocupada. — diz ela se levantando e ficando de frente para mim.

Engulo em seco quando vejo que ela continua de pijama, um pijama bem pequeno. Suas curvas bem marcadas, suas pernas grossas e sua bunda bem empinada.

Arregalo meus olhos quando olho para seus seios e vejo piercing marcando no seu pijama.

Ela tem piercing nos seios... aí meu Deus.

— Eu... aceito. — falo gaguejando tirando meu olhar de seus seios e olhando nos seus olhos.

— Que bom. — grita Malu animada. — vai ser divertido.

— A gente sai em trinta minutos. — diz Madison. — vamos apenas trocar de roupa.

Assinto engolindo em seco quando ela vira de costas entrando no seu apartamento e meu olhar desce para sua bunda.

Aí minha pressão.

[...]

Saiu arrumada do meu apartamento e vejo Madison e Malu me esperando, as duas estavam simplesmente maravilhosas.

— Vamos? — falo e a Madison assentiu.

Malu corre na frente enquanto eu ando lado a lado com Madison, a mesma a todo momento tem seu olhar atento sobre sua filha.

— Malu, não corre. — diz ela para sua filha que rapidamente para de correr e começa a caminhar.

Assim seguimos em direção ao parque, fomos a pé por que era bem perto.

Chegando lá a Malu foi brincar no parquinho com outras crianças, segui Madison que se sentou em um banco embaixo de uma árvore.

O clima estava agradável, não estava sol, estava nublado e um vento gelado batia no meu rosto deixando minhas bochechas vermelhas, assim como as de Madison que já estavam bem vermelhinhas.

Me sento ao lado dela e suspiro olhando Malu de longe.

— Sua filha é muito bonita e educada. — falo.

— Obrigada, eu faço tudo o que for possível para o bem—estar dela, Malu é a coisa mais preciosa da minha vida. — diz ela.

— Mads... — começo a falar, mas sou interrompida por ela.

— Eliza, por favor, não fala nada. — diz ela. — você só está aqui porque a Malu te chamou e eu não queria dizer não para minha filha.

— Você está muito magoada comigo, eu sei que errei com você e te fiz sofrer. — falo olhando nos olhos dela.

— Ainda bem que você sabe. — diz ela desviando o olhar.

— Eu sei, por isso te peço perdão por tudo que fiz. — falo. — quero me redimir com você e começar do zero.

— Tudo bem, e como faremos isso? — pergunta virando de frente para mim.

— Sendo amigas. — falo e ela sorri desviando o olhar e virando novamente de frente, agora sua atenção estava novamente em Malu.

— No final a gente sempre só foi isso mesmo. — diz ela. — então não estamos começando do zero.

— Madison... podemos voltar a ser amigas? — pergunto.

— Da minha parte nunca deixamos de ser, você que se afastou de mim. — diz ela. — começou a agir estranho e do nada você só tinha tempo para a faculdade, às vezes saia com as outras, mas quando eu estava presente, você sempre tinha algo para fazer e nunca podia sair.

— Desculpa, eu tive motivos. — falo. — mas por favor, não me pede para falar sobre eles.

— Nunca vou te forçar a fazer ou falar algo que você não queira. — diz ela. — se você não quer falar, então não fala.

— Obrigada. — falo. — então agora somos amigas?

— Como eu disse antes, nunca deixamos de ser. — diz ela baixinho. — amiga.

— Que ótimo. — paro de falar quando a Malu acena para a gente, sorrimos e acenamos de volta. — qual é a história da Malu?

Ela para de sorri e fica pensativa.

— Conheci a Malu em uma viagem que fiz a África. — diz. — foi amor a primeira vista, no momento em que vi ela, sabia que ela seria minha filha.

Agora ela sorria lindamente olhando para sua filha.

— Malu tinha perdido os pais, não tinha parentes, a mesma morava com outras crianças. — diz. — então eu entrei na justiça para adotá-la, foi bem complicado, mas no final deu tudo certo e agora a Malu é minha filha legalmente.

— Nossa, que história linda. — falo. — e você atualmente está trabalhando em quê?

— Sou fotógrafa. — diz. — trabalho atualmente em uma empresa de fotografia.

— E você está gostando? — pergunto.

— Sim, estou bem feliz com o rumo que a minha vida está tomando. — diz. — estou feliz.

— Que bom que está feliz. — falo. — também estou feliz.

— Que bom. — diz ela olhando para seus pés enquanto balança os mesmo calmamente.

— Mads... — sou interrompida por que a Malu chega correndo e pula no colo da sua mãe.

— Mamãe estou com sede. — diz ela.

— Vamos comprar água e vamos comprar também algo para você comer. — diz Madison. — vamos Eliza?

— Oh, vamos. — me levanto e sigo elas.

Malu acaba ficando no nosso meio segurando a mão da sua mãe e a minha, a mesma balançava nossos braços para lá e para cá, a pequena menininha estava animada.

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