Capítulo 4, Uma companhia agradável...

AUTORA...

O jovem Lorenzo se sentou a frente da bela moça que dormiu sonhando o momento em que estaria próxima a ele, conversando, ou até mesmo realizando o seu grande sonho.

ANGEL: Parla italiano? **{Fala italiano?}**

LORENZO: No, only english, spanish, and a little bit of portuguese and french **{Não, só inglês, espanhol e um pouco de português e francês}**

Eles começam conversar em inglês, já que era um dos idiomas que tinham em comum.

ANGEL: Deveria ter incluído o italiano nos seus idiomas. Nunca se sabe quando vai conhecer uma italiana, não é?

LORENZO: Estou bastante arrependido de não ter feito aulas dessa língua.

A jovem corou diante de tais palavras, o rapaz, por outro lado, estava ficando cada vez mais encantado com a beleza da pequena mulher a sua frente.

LORENZO: Já fez o seu pedido?

ANGEL: Não, estava apenas admirando o mar. Não pude aproveitar o suficiente mais cedo, ainda estava cansada da viagem.

LORENZO: Imagino, o fuso horário sempre embaralha bastante os nossos ânimos. Mas devo dizer que você estava e ainda está muito linda quando te vi na praia, e nesse momento.

Mais uma vez a moça italiana de pele branca, sente o seu rosto esquentar, era uma novidade sem tamanho trocar tantas palavras com um homem sem que os seus irmãos estivessem ao seu lado para implicar e impedir. Já o rapaz americano, em seu mundo, estava encantado em como uma mulher que acabara de conhecer pode ser tão mais interessante que a noiva que lhe arranjaram, esse pensamento o fez ficar um pouco chateado com os pais, mas escondendo a sua insatisfação e incômodo, chamou um garçom.

LORENZO: Pode nos trazer o menu, por favor?

GARÇOM: Só um instante.

ANGEL: De qual cidade você veio?

LORENZO: Leesville, no Texas. Não é uma cidade muito interessante, mas até que gosto. E, você, de que cidade italiana saiu?

ANGEL: Florência. Como o próprio nome já diz, a cidade das flores. Precisa conhecer um dia.

LORENZO: Se eu puder desfrutar da sua presença outra vez, então volto no mesmo voo que você.

Agora ambos estão sorrindo, era nítido o sentimento que brilhava no olhar de ambos, a menina mulher que nunca amou, e o jovem rapaz que é noivo, mas não ama a prometida.

LORENZO: Já veio ao Brasil outras vezes?

ANGEL: Sim, a minha vó morou aqui por muitos anos, então pelo menos uma vez a cada ano, toda a família vem para um passeio.

LORENZO: Então você veio num passeio em família?

ANGEL: Quase isso. Vim com os meus dois irmãos... A viagem foi um presente de aniversário da parte dos meus pais.

O rapaz a essa altura estava olhando profundamente para a moça a sua frente, vendo que tinham mais em comum do que imaginavam.

LORENZO: Olha que coincidência, também vim para desfrutar um presente de aniversário, completei 22 dois na semana passada, e você, quando foi?

ANGEL: Na mesma semana... Só que 21. Sou do dia 18 e você?

O jovem solta o talher no prato surpreso com tamanha coincidência, eles agora estavam olhando um no olho do outro de uma forma diferente, como se pudessem enxergar a alma do acompanhante.

LORENZO: Pelo visto essa viagem vai ser mais divertida do que pensei.

ANGEL: Espera só até os meus irmãos descobrir sobre você, ela vai se tornar aterrorizante e você vai desejar nunca ter me conhecido.

LORENZO: Por que? Eles são assas.sinos?

A moça olha para o rapaz como se ele tivesse acabado de descobrir um segredo sórdido, mas tentando disfarçar, abre um sorriso e nega, dizendo em seguida:

ANGEL: Não, só são muito protetores comigo. Você deve ter percebido a forma que eles ficaram lá na praia.

LORENZO: A princípio achei que um deles era seu marido. Mas depois que vi serem dois, percebi que eram algum familiar.

ANGEL: Somos trigêmeos, eu sou a mais velha, mas eles me tratam como a caçula.

LORENZO: Temos mais uma coisa em comum. Também sou o mais velho de gêmeos.

Ambos estavam ainda mais sorridentes, o almoço se tornou leve, uma companhia e conversa agradável sempre traz um clima tranquilo para qualquer ambiente, e naquele momento os dois jovens que ali se encontravam por um acaso do destino, tinha tudo isso em comum.

LORENZO: Durante a noite acontece show ao vivo de artistas locais, faz planos de ir?

ANGEL: Depende, terei a sua companhia outra vez?

LORENZO: Só saberá se estiver na praia depois das 20.

ANGEL: É um convite?

LORENZO: Te acompanho até o seu andar, não quero arrumar confusão com os seus irmãos.

ANGEL: Obrigada.

LORENZO: Garçom, a conta pode mandar para a recepção, quarto 1801-A.

ANGEL: Eu fiquei com o B.

Os dois jovens se dirigem ao elevador e seguem para o andar em que ambos estão hospedados, já dentro da caixa metálica, as mãos da jovem Angel estava suada e fria, o nervoso por estar num lugar fechado com um homem que nem sequer sabe o nome estava confundindo os pensamentos da jovem mulher.

Lorenzo por sua vez estava somando todos os pontos e lendo até mesmo as entrelinhas do destino, tentando entender quais as probabilidades de ter encontrado nessa mulher pequena e linda, a mulher para a sua vida.

Diminuindo o espaço entre os dois, e chegando ao fim o tempo para o elevador abrir, Lorenzo, já começando a se cansar de esperar por sentir os lábios da italiana atraente ao seu lado, toma uma atitude súbita e encerra toda a distância existente entre os dois corpos, tomando com delicadeza os lábios doces e macios daquela a sua frente.

Era nítido a falta de experiência de Angel, mas isso não foi um problema para Lorenzo, que com carinho, paciência e muita calma, cobriu os grossos e macios lábios da mulher, a instruindo de como agir, lentamente a pequena e delicada Angel retribuiu o beijo, que sem dúvidas ficará marcado para sempre na sua memória. Com um selinho casto, respeitoso e delicado, o rapaz encerrou o beijo.

LORENZO: Você é linda, parece até mesmo um anjo.

ANGEL: Esse é o meu nome afinal.

Aos risos tímidos os dois jovens se afastaram, a tempo do elevador se abrir e os dois rapazes gêmeos saírem porta afora do quarto em que estavam hospedados.

ANTHONY: Onde você estava?

ARTHUR: Por que saiu sem o celular, Anjinho?

Dando um pequeno olhar de "até a noite" para o homem com quem passou várias horas conversando no restaurante do hotel, Angel saiu do elevador e abraçando os dois irmãos, disse feliz da vida.

ANGEL: Eu só fui almoçar e acabei me distraindo com um livro que tinha na área de lazer do hotel. Tinha esquecido o celular no quarto.

A essa hora o jovem Lorenzo não estava mais na presença deles, já tinha entrado para o próprio quarto.

ANTHONY: Tem certeza que não estava com aquele urubu da praia? É muita coincidência ele subir no elevador ao mesmo tempo que você.

ANGEL: Claro que não. Ouvi umas pessoas falar que tem música ao vivo durante a noite, quero ir.

ARTHUR: Vai vestir uma roupa de verdade?

ANGEL: Claro.

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