Capítulo 9, Uma mãe confidente...

LORENZO...

Estou surpreso com o meu autocontrole... Mas tenho que ser centrado e controlado, não posso expor o meu lado pervertido para a Angel... Ela é delicada demais para ser corrompida por um pu.to como eu.

Por.ra... Eu estou me apaixonando por ela... Tudo seria tão mais fácil se eu pudesse escolher com quem me casar... Já que é pra casar, então que fosse com alguém da minha escolha... Ouço o meu celular tocar em algum lugar, procuro e encontro jogado na mesinha, tinha esquecido que eu estava falando com a Helena.

LORENZO: Mer.da, se for aquela piranha como a Angel disse, eu juro que mando acabarem com ela (atendo sem nem olhar quem é) Eu já não falei para parar de me incomodar? Será que você não entendeu que eu não quero nada com você?

MÃE: É mesmo, Lorenzo, bom saber.

LORENZO: Mãe?

MÃE: Não, uma das pu.tas que você come.

LORENZO: Ei, não é assim também não, eu nem dou meu número a elas. Achei que fosse a Helena, de alguma forma ela conseguiu o meu número e não para de me perturbar desde que viajei.

MÃE: Você não gosta mesmo dela, não é?

LORENZO: Não, mãe, não suporto ela.

MÃE: Também não, nem sei o porquê que o seu pai resolveu fazer esse acordo idiota, ele só assumiu o lugar do seu avô quando nos casamos... Aí quer que você assuma bem antes dele.

LORENZO: Eu assumiria tranquilo, mãe, mas o problema é a Helena... Ela me sufoca...

MÃE: Vamos parar de falar daquela água de salsicha. Me conta, como está a viagem? Está aproveitando?

Abro um sorriso bobo ao me lembrar do quanto estou aproveitando a viagem com a Angel, quero contar a minha mãe, ela sempre foi a minha melhor amiga, mais que o meu pai, por incrível que pareça.

LORENZO: Está muito boa, mãe (acabo abrindo um sorriso no rosto, minha mãe que me conhece como a palma da própria mão, já deu logo uma risadinha)

MÃE: Qual o nome dela?

LORENZO: Está tão óbvio assim?

MÃE: Filho... Eu te conheço, lembra quem descobriu quando você começou entrar na puberdade?

LORENZO: A fase mais vergonhosa da minha vida...

MÃE: Realmente, mas sabe o que foi mais vergonhoso ainda? (respondo "hm" mesmo já sabendo o que ela vai falar) Você chegar em casa depois de perder virgin.dade com a garota mais popular da escola.

LORENZO: Eu já entendi, dona Monique... A senhora me conhece...

MÃE: E então? Vai me dizer ou não?

LORENZO: Ela é diferente, mãe.

MÃE: Diferente como meu filho? Ela não tem um braço, é isso? (dou uma gargalhada)

LORENZO: Não, mãe, ela... Ela é especial, só isso.

MÃE: Ai, meu filho, você se apaixonou por ela... (minha mãe fala com a voz pesarosa) Ela não te corresponde?

LORENZO: Sim, mãe, ela me corresponde, esse é o problema... Ela é da Itália... E não conhece nada da parte "boa" da vida, ela é completamente pura... Eu quem a beijei pela primeira vez. Quase não me controlei na noite passada e cometi uma loucura.

MÃE: De que loucura você está falando Lorenzo? Não me diga que você chegou a pensar em tirar a pureza dela a força, por que se for isso, eu juro que e...

LORENZO: Mãe! Não... Ela veio até o meu quarto... Dormimos juntos, só dormimos mesmo, porque eu sabia que se realizasse os desejos dela naquele momento..., talvez ela me odiasse pelo resto da vida. Então apenas dormimos como um casal apaixonado.

MÃE: Você é igualzinho ao seu pai, em literalmente tudo, até no tamanho do...

LORENZO: Credo mãe! Me poupe desses detalhes por favor (ela gargalha do outro lado da linha) Vou descer para a praia, quem sabe eu não encontro a minha anjinho lá...

MÃE: Vá lá meu filho. Vou tentar tirar a ideia absurda que o seu pai colocou na cabeça de lhe casar com aquela água de salsicha, oh garota que me tira do sério.

LORENZO: Não foi o que pareceu na noite que me perguntou o que eu estava fazendo da vida que tinha deixado a minha noiva plantada na sala de casa.

MÃE: Eu estava chateada com você, mocinho. Agora vá lá vê se encontra a sua amada, quero uma foto dela.

LORENZO: Vou ver se consigo tirar. Beijos, mãe.

MÃE: Beijos, meu filho.

Desligo a ligação e resolvo ir tomar um banho, descer para a praia e quem sabe não encontre o meu anjo por lá, coloco uma sunga diferente hoje, penso em mandar mensagem para a Angel, mas desisto e tento a sorte. Desço e, quando chego no hall o irmão dela, Arthur, vem entrando, ao me ver fecha cara, acena com a cabeça na direção da área de lazer e eu o acompanho.

ARTHUR: Antes de mais nada, saiba que eu não te considero nem um amiguinho, só estou tendo esse papo com você porque a minha irmã quase me bateu quando eu disse umas coisas...

LORENZO: Onde você quer chegar, Arthur? Já entendi que você não vai com a minha cara.

ARTHUR: Eu nunca precisei falar com um homem que a minha irmã gostasse, tá legal, então vê se pega leve... Eu te chamei aqui porque quero que saiba que a minha irmã, a Angel, ela não é como as outras garotas que existem por aí. Ela é delicada como uma flor, mas também é letal como o veneno de uma cobra. Então cuida bem dela, não quero ver ela machucada por sua culpa.

LORENZO: Sabe Arthur, a sua irmã é mesmo especial, e eu sei disso, por isso até agora só tenho feito o que sei que é certo com uma mulher como ela.

ARTHUR: Bom, vou nessa, ela está na praia, aproveita que o Tony foi dar uma volta na cidade e vai lá dar um oi a ela.

LORENZO: Valeu.

Nos cumprimentamos com um aperto de mão, ele sobe e eu vou para a praia. Um dos guarda-costas já foi, falta só  o irritadinho, chego na areia e a Angel está deitada tomando sol, olho ao redor e tem vários caras secando ela, agora entendo o porque que os irmãos dela sentem tanto ciúme.

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