Conhecendo o morro.

Chegamos em casa e a Marisol resolve que vamos comer hambúrguer, disse que não queria comida, fazemos o pedido enquanto não chega resolvemos tomar um banho, escolho una camisola bem fresquinha ainda não me acostumei aqui.

Após o banho sento no sofá coloco um filme não demora a campainha toca pego a bolsa e abro a porta o entregador fica de boca aberta até que percebo que só estou de camisola.

-Finge que não viu nada. Falo para ele se sobe o olhar e parece que se encaontou pelos meus olhos verdes eles têm esse poder de fascinar as pessoas.

-Me desculpe senhorita pelo meu comportamento, preciso dizer que é muito bonita o valor dos dois combos deu 50,00 reais.

-Não tem problemas foi eu que atendi a porta sem está vestida adequadamente. Dou o dinheiro para ele o mesmo vai embora apressado, quando fecho a porta a Marisol estatala de tanto rir.

- Você quase infarta o coitado do entregador com esse pedaço de pano.

- Preciso te desapontar, o que mais ficou encantado foi com os meus olhos.

- Você que pensa Bella. Fala Sol pegando as embalagens e indo para a cozinha eu a acompanho balançando a cabeça essa já gosta de rir do mal feito.

Comemos o nosso lanche, jogo as embalagens fora escovo os dentes e assistimos, depois que o filme acabou fomos dormir.

Acordo bem disposta e vejo o que vou levar para o morro e o que vou deixar aqui.

A sol entra com duas canecas de café na mão.

-Imagine que você estaria aqui arrumando a bolsa que irá levar.

- Estou pensando em ficar levando e trazendo as roupas.

- Que nada Bella isso vai ser cansativo para você leva uma boa quantidade para não ter que ficar levando bolsa para cima e para baixo.

-Você tem razão vou levar o suficiente para depois não faltar nada e qualquer coisa compro em alguma lojinha lá.

-Sempre me dê notícias tá bom e se acontecer alguma coisa é só ligar que irei correndo até você é nos vemos no final de semana.

Balanço a minha cabeça, arrumo o restante das coisas com a Sol, coloco maquiagem, produtos de higiene pessoal tênis e roupas brancas para que eu possa ir trabalhar, não quero ir com roupas impróprias.

Coloco tudo no carro dou um abraço na minha amiga só a verei no sábado.

Ligo o carro e vou em direção ao morro, coloco um sertanejo para tocar para enfrentar o trânsito que hoje está horrível.

após levar mais tempo do que o esperado chego até a contenção dos traficantes na entrada no morro e o gladiador, tô nem aí se ele tem outro vulgo kkkk ainda vou convencer todos de chamarem ele assim.

-Venha gatinha vou te levar até a sua casa.

- Obrigada gladiador.

Ele foi na frente com a moto e eu atrás com o carro, será que tem garagem na casa? Tomara que tenha não posso deixar ele na rua.

Depois de alguns minutos chegamos em frente a uma casa amarela muito linda de garagem e portões brancos, amei logo de cara, o gladiador entra logo abre a garagem para mim, coloco o carro para dentro É aproveito que ele está aqui é faço ele levar as minhas malas para dentro o mesmo faz isso sem questionar.

— Você sabe que o meu Vulgo é gigante né linda?

- Eu sei é que gladiador combina mais com você.

— Kkkkk você não vai parar né?

- Não eu não vou.

— Você é uma boa pessoa Isabella, não deixa as pessoas mal intencionadas que tem aqui te corromper.

-Sabe gladiador, nós só somos influenciados se deixarmos isso acontecer.

- Você vai ver que nem sempre isso funciona por aqui então cuidado com as suas amizades por aqui, tem muitas amigas que são uns amores na sua frente por trás são sem escrúpulos, mais acredito que você vai conseguir distinguir.

- Obrigada pelo aviso, mais porque me deu esse aletra?

- Você não foi a primeira a me chamar de gladiador, a minha irmã também me chamava assim, ela foi assassinada no ano passado aqui nesse morro e eu não pude fazer nada para impedir e a amiga dela que armou tudo, pedir a minha menina para a maldade que existe dentro de uma pessoa.

-Poxa! gigante eu não sabia da história por trás disso vou parar de te chamar assim.

— Por favor não pare, é como se a minha irmã ainda estivesse viva você me chamando dessa forma.

— Então vou continuar te chamando assim é pode me considerar a sua irmã e quando vê que não estou com uma boa companhia pode me avisar, cuide de mim enquanto eu estiver aqui por favor.

— Cuidarei sim, desde a primeira vez que me chamou de gladiador despertou em mim o sentimento de proteger-te, não serei eu que te levarei até o GG é outro chamado calango.

— Serio kkkkk calango? gente tem uns vulgos muito engraçados.

- Mais que tem muito a ver com as pessoas, ele tem esse nome pois consegue se infiltrar bem em qualquer lugar e ser praticamente invisível.

— Tipo fica da mesma cor que o ambiente? calango verde kkkkk aí gente eu sinto que vou da muita risadas com os apelidos de vocês Kkķkkk

— Sabe aquele cara que tem uma tatuagem no pescoço que bateu o raidinho para o GG?

- Sim sei, o que tem ele?

— Ele é o calango, mais fica esperta com ele, gosta de pegar geral e tem falatório por aí que ele agride as mulheres que fica.

— Se ele tentar alguma gracinha dou uns golpes de capoeira nele e deixo o mesmo todo amaciado.

- Você luta?

- Mais é claro meu pai Vicenzo disse que eu não poderia ser uma mulher que não sabia me defender, ele disse que se eu não soubesse me defender outros poderia me intimidar então desde pequena ele me ensina.

- Agora fiquei curioso ele te disse como derrubar um sujeito grande igual a mim.

— Falo uma bela pancada no meio das bolas e uma pancada na cabeça logo em seguida, ou usar o peso de vocês contra vocês mesmo em uma luta, mais se ela for injusta é só apelar para os golpes sujos.

— Vejo que não é tão indefesa assim, Isabella.

— Por favor só Bella.

— Bella você é a minha irmã a partir de hoje, se alguém mecher com você é só me falar.

Ele me mostra toda a casa que amo muito fico com o quatro maior que tem uma banheira no banheiro arrumo as minhas roupas no armário, coloco os produtos de higiene no banheiro e deixo tudo do meu jeitinho.

Depois desço as escadas e vou para a cozinha a geladeira está cheia a dispensa também coloco um café para fazer pois a minha barriga está roncando de fome logo batem a minha porta.

— Boa tarde! Isabella, eu sou o calango.

Bom assim que ele diz isso eu olho para ele, tem olhos verdes pele branquinha a tatuagem de estrela se destaca na pele clara um sorriso cafajeste, mais eu fico o imaginando mudando de cor mordo a minha bochecha pelo lado de dentro para evitar sorrir.

— Boa tarde! calango entre aí. resolvi colocar na minha sala algumas fotos minhas lutando com o meu pai.

— Você luta?

- Muito, sou faixa preta meu pai disse que preciso bater em alguns para não apanhar e eu bato, bato muito. Dou um sorriso pois o sorriso safado que ele estava dando enquanto me olhava desapareceu imediatamente do seu rosto.

— Cafezinho fresco posso tomar junto com você? Aí depois vou te levar para andar pelo morro e te mostrar tudo, onde fica mercado loja, açougue, sorveteria, te mostrar para quando precisar de alguma coisa saber se mover por aqui, porém mesmo sabendo se defender quero que fiquei longe das bocas de fumo, pois as pessoas que anda por lá são traficantes e usuários de drogas, quero-te da, alguns alertas sobre os perigos que tem aqui e como evitar.

Eu queria dizer nao que filha do se convidando para o café mais como ele disse que ia mostrar as coisas para mim, fiquei quieta, ele tem um olhar misterioso como se escondesse algo, mais se o GG mandou ele até aqui deve ser de confiança, aí lembrei do que o gladiador falou.

— Me diz calango, você seria um perigo que preciso evitar também?

— Pode confiar em mim pô.

Estreito os meus olhos mais não falo nada o levo para a cozinha e faço sanduíches para nós dois, ele come tudo com gosto.

— Hummm que delícia você tem as mãos de fada para a cozinha.

- o meu pai sempre me diz a mesma coisa, agir a vamos quero conhecer tudo.

Então começamos a rodar o morro a pé mesmo, ele disse se fosse de moto eu não iria memorizar e de carro pior ainda, então teria que ser no chinelo mesmo.

Ando para meus pés pedirem socorro mais agora sei onde fica as lojas farmácia, mercado, as coisas que preciso para sobreviver.

- Tem muito mais nega, bares, pracinha, a praça que jogamos bola, onde rola o pagode os balies funk, mais esses lugares o GG me proibiu de levar você para conhecer.

— Calango, porque ele me impediria de ir nesses lugares?

— Ai não é comigo não Isabella.

Balanço a cabeça irritada, quer dizer que não posso tomar uma gelada para matar o calor?

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