Naquela sexta a noite, Isla decide fazer algo diferente. Ela sai de casa e passa a noite em uma boate. Isla dança e anima no meio da festa, mas, para quem conhece, sabe que ela não está só curtindo uma festa. Isla olha em volta com a visão já meio embaçada, ela fecha os olhos vendo fleches de luz, imagens desconhecidas, mas, conhecidas, eles estiveram ali e parecia que Isla estava ali refazendo passos.
Yafim - Pensei que festas não fossem sua preferência, Yafim diz chegando perto de Isla no meio da festa.
Isla - Não, geralmente não, mas, de vez em quando.. A vida é um equilíbrio, kol, a vida é um equilíbrio! Ela fala com ele enquanto dança e bebe alguma coisa. Mas, e você, o que faz aqui. Você tá me seguindo?
Yafim - Parece que eu tô né, ele diz confuso com si mesmo. Isla puxa Yafim para mais perto dela e sorri para ele maliciosa, ela se aproxima beijando o pescoço dele e ele fecha os olhos por um tempo, mas, Yafim não se rende ali, ele sabe que ela não tá legal e quer tirar ela dali, ele precisa tirar ele de lá aquela noite.
Isla se afasta de Yafim e da festa e vai até o banheiro e feminino. No banheiro Isla chora e passa mal, ela passa um tempo lá dentro tentando recuperar.. tentando recuperar alguma coisa, mas, não recupera nem sua imagem no espelho. Quando Isla sai pelo corredor está desastrada e se assusta dando de cara com Yafim que está esperando por ela.
Isla - Ah cara! Não chega de fininho!
Yafim - Tá devendo alguma coisa.
Isla - Fantasmas chegam de fininho. Eu particularmente, honestamente, preferia que fosse um!
Yafim - Isso tudo tem a ver com você e aquele galpão?
Isla - Eu vou responder a pergunta devolvendo ela. E o que tinha lá pra você? Porque é tão importante pra você o que aconteceu naquele lugar? Você nem nos conhece.
Yafim - Eu nunca disse que o galpão era importante para mim.
Isla - Você guardou uma placa, ela diz meio nervoso, a bendita placa da cidade. Eu vi no seu apartamento! Yafim está sem paciência, ele coloca Isla nas costas e a tira de lá.
Yafim dirige sem tirar o olho de Isla.
Yafim - Você está fora de controle!
Isla - Meu bem, você consegue entender que não pode cobrar o que não tem? É um clássico da hipocrisia humana, não é mesmo!
Depois de um tempo calados dentro do carro, com Yafim dirigindo e Isla encostada no banco do passageiro olhando a estrada.
Yafim - Quando eu cheguei lá, já tava pegando fogo.. Eu não me lembro de muita coisa.
Isla - O que você tava fazendo lá?
Yafim - Fui só perturbar. Dia errado, hora errada.
Isla - A cada mentira que você me conta eu te contei três. Yafim encara Isla e a desconfiança dela, ela o encara de volta muito nervosa e sentida.
Yafim - Eu não tenho as informações que você quer.
Isla - Você nem sabe o que é!
Yafim - Eu sei sim! Você quer saber o que aconteceu lá! E porque isso aconteceu? Bom, novidade para você, Isla, você não é a única! Ele diz muito nervoso! Também não é a única que perdeu alguém naquela noite. Isla abaixa a guarda.
Isla - Você.. Eu sinto muito. Ele acena balançando a cabeça e fazendo gestos. Isla - Quantas pessoas morreram naquela noite? Yafim - Não foram muitas mas, o suficiente, não é mesmo? Isla fecha os olhos e uma lágrima cai.
Isla e Yafim chegam no apartamento dela, ela chega tirando os sapatos e vai direto para o quarto, Yafim vai atrás dela e fica observando o que ela tá fazendo. Ela pega um frasco de remédio, na verdade, mais de um frasco, ele percebe que ela toma mais de um tipo de remédio.
Isla anda pelo quarto falando sem parar e rindo, ela parece meio atordoado e perturbada, ela procura alguma coisa dizendo, está faltando um. Yafim cruza os braços curioso e nervoso com o que ela tá fazendo ainda observando até onde ela vai. Em um momento ela se joga no chão do quarto e começa a chorar, Yafim se abaixa e olha para ela sem saber o que dizer, ela olha para o lado e se inclina, pegando algo debaixo da cama, outro frasco, achei! Ela sorri e diz com o terceiro remédio na mão.
Yafim - É para você misturar todos esses remédios?
Isla - E o que você tem com isso? Cada um com a sua rotina de meditação.
Yafim - Você disse que não faria isso, diz Yafim pegando os frascos de Isla.
Isla - Também me lembro de dizer.. diz Isla se inclinando se aproximando de Yafim, ela continua.. que as vezes não dá pra confiar em si mesma.
Isla - Não precisa se preocupar comigo, não que você se preocupe nem nada..
Yafim - Não que eu me preocupe? Ele diz nervoso! Eu fui até aquele bar, tive que voltar pra pegar seu carro só pra te trazer para casa comigo, eu fui aquela festa hoje, eu tô aqui agora vendo a Isla que ele conheceu morrer.. Isla encara Yafim confusa e desconfiada, o que isso significa, ele quem?
Yafim da uma pausa, respira fundo, olha para ela e diz, ele não ia querer que você fizesse isso, ele esperava um futuro grandioso pra você, ele te admirava, te chamava de luz na escuridão. Você precisa acender a luz, Isla, pela lembrança dele, você precisa acender a porra da luz! Yafim diz nervoso e com lágrimas nos olhos.
Isla fica parada encarando Yafim ainda mais confusa e as lágrimas não param de descer, quem é você?!
Yafim - Momentos não morrem, eles vivem além de nós. Marcam nossa passagem juntos e são imortais. E enquanto os momentos existirem e a marca de quem eles foram e o que deixaram em nossas vidas estiverem aqui, eles sempre estarão também..
Isla - Você gravou?
Yafim - E acredite eu nem tentei.
Isla - Ele era meu melhor amigo.
Yafim - Ele era meu irmão.
Yafim se aproxima mais de Isla, ele pega na corrente que ela usa e tira sua corrente de dentro da camisa, é a mesma corrente.
Isla - Isla da um pequeno riso. É claro que não era coincidência, Kol Yafim e Max Yafim..
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Atualizado até capítulo 25
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