Timm - Eu sei que é tarde.
Isla - Não, tudo bem. Tô acordada.
Timm - É sobre o símbolo. Eu me lembro de onde conhecemos o símbolo.
Isla - De onde..?
Yafim está sentado no balcão do bar que costuma ir e Isla chega agitada querendo falar com Yafim.
Isla - Preciso de informações.
Yafim - Que tipo de informações?
Isla - Eu sei que você sabe tudo que acontece por aqui e por perto.
Yafim - Porque você acha que eu sei tudo acontece aqui?
Isla - Porque você não sai daqui e também..
Yafim - E você vive no cemitério! Seus amigos de lá te contam tudo também? Yafim rebate deixando Isla sem palavras e um pouco confusa. Porque ele sabe que ela vai ao cemitério?
Isla - Na verdade, eles me contam muitas coisas sim, ela diz irônico e um pouco nervosa.
Yafim - O que quer saber?
Isla - Sobre um incêndio em um galpão. Yafim congela ali como se tudo parasse e ele encara Isla fixamente sem dizer uma palavra.
Isla se aproxima de Yafim colocando os braços em cima do balcão impedindo ele de se levantar e o encara profundamente. - Eu sei que não foi na cidade mas, agora eu sei de onde eu conheço o símbolo..
Yafim retira a mão de Isla devagar e se levanta, ele acena a cabeça e faz gestos dizendo, eu não quero falar sobre isso. - Como assim? Yafim..
Naquela noite do incêndio, Isla e Max não eram os únicos no galpão. Tinha outros colegas deles e outros quatro caras que Isla não conhecia mas, Max conhecia. Isla se lembra vagamente que foi ali que ela viu o símbolo, eles usavam aquela jaqueta. Anteriormente ao incêndio, Isla também já tinha visto a mesma jaqueta bem guardada no armário do amigo, Max, mas, ele não costumava usar aquela jaqueta específica, mas, agora ela se lembra que ele a tinha guardada.
Mais tarde da noite, Isla dirige até um bar que ela costumava ir, ficava em outra cidade, na cidade em que tudo aconteceu, um bar onde seus amigos costumavam ir naquela época. Ela dirige umas duas horas para chegar lá. Mas, parece importante para ela estar ali aquela noite.
Isla chega ao bar e vai até o balcão onde é reconhecida e cumprimentada pelo dono e por alguns barman. Isla se senta um tempinho no balcão e bebe conversando com eles, pois já faz um tempo. Depois ela pede mais alguma coisa para beber e comer e vai para uma mesa. Uma mesa ao canto que ela já era acostumada a usar sempre que ia lá. Especialmente, quando ia sozinha.
Isla está a um tempo sentada ali, nem vê o tempo passar, está um pouco distraída quando ouve uma voz muito familiar.
Yafim - Se você quer morrer na esquina por intoxicação. Eu recomendo esse lugar.
- Filho da mãe, grita o dono do bar brincando com Yafim.
Isla da um pequeno sorriso disfarçado e tenta ignorar a presença de Yafim. Ela continua sentada bebendo, olhando para outro lugar, prestando atenção em outras coisas, Yafim se aproxima da mesa e para em frente dela.
Yafim - O lugar tá ocupado?
Isla - Tá sim.
Yafim - Não tem ninguém aqui. E mesmo se tivesse não me superaria, ele diz com um sorriso irônico.
Isla - Sua cara de pau? Não, com certeza não!
Yafim - Ou seria o meu sorriso que você adora, ele diz sarcástico e meio malicioso.
Isla - Eu nunca disse isso.
Yafim - Disse sim.
Isla - Não desse jeito!
Yafim - Praticamente! Yafim sorri e diz cinicamente e malicioso enquanto senta na mesa em frente a Isla.
Isla - teve amigos imaginários?
Yafim - Não, ele acena e faz gestos.
Isla - Bom, você ofendeu os meus! Eles são bem chatinhos, ela cochicha para ele.
Yafim - São seus né? Ele diz irônico e mexendo com ela. Ela volta a se encostar na cadeira e vira a cara.
Yafim se levanta e vai até a mesa de sinuca que fica um pouco atrás da mesa, Isla fica olhando para Yafim observando ele. Ele pega um taco de sinuca da parede e olha para ela, então, você joga..
Depois de um tempo descontraindo ali, Yafim percebe que Isla está começando a agir diferente, ela não parecia bem. Naquele meio tempo, Isla tinha tomado seu calmante, que causa efeito contrário se você não tomar e deitar, se movimentando após se agitando ali e agora ela está meio grogue.
Yafim - Acho que tá na hora de ir para casa.
Isla - Eu tô legal, você pode ir se quiser. Depois eu vou.
Yafim - Vamos, eu vou levar você para casa.
Isla - Meu carro tá aqui.
Yafim - Eu pego seu carro depois, vem, vamos embora, ele diz segurando ela e e guiando para ir embora.
Isla - Chato!
Yafim coloca Isla no carro e leva ela embora.
Isla - Eu tive um amigo, Isla diz despercebida. Yafim olha para Isla esperando ela dizer alguma coisa sobre. - Um irmão. Minha alma gêmea.. Ela diz meio distante e Yafim fica meio cabisbaixo.
Ela levanta a cabeça, olha para estrada despercebida e meio grogue, dizendo e fazendo gestos. - ele saiu pra trazer o lanche.. e nunca trouxe o lanche. Yafim olha para ela com uma expressão de questionamento? Ele fica confuso encarando ela, "Como é?" Depois Yafim para por um segundo e da um pequeno sorri, ele entende que ela estava se lembrando dele e talvez aquela foi a forma dela de comentar sobre ele sem realmente falar sobre aquela noite, de uma forma mais descontraída, mas, olhando em seus olhos, a dor, o vazio e a aflição em seus olhos não se escondem por muito tempo. Quantos sentimentos confusos.
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Atualizado até capítulo 25
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