O ônibus parou num terminal que dava acesso ao metrô no Centro da Capital.
Comprei um jornal numa banca, procurando uma casa para alugar que fosse barata, eu vi um anúncio.
CASA NA ZONA LESTE
"2 Cômodos, quarto, cozinha e banheiro, quintal independente com tanque próprio. Aluguel 480,00 reais. Depósito de 3 meses. Falar direto com o proprietário. Tel. 37xxxxxx1"
Me interessei e pedi para a senhora da banca para fazer uma ligação do seu celular Dei 10 reais para ela, liguei e marquei as seis horas da noite, ainda eram quatro horas dava tempo.
Quando cheguei ao local, um homem com 1,90m de altura , que parecia ter no máximo 30 anos, um rosto lindo tipo aqueles modelos europeus mas com um ar de mafioso estava ali parado como um Deus grego que caiu na Terra.
Boa tarde! O senhor saberia me informar se conhece algum Flávio que está alugando essa casa? Parei na frente desse homem grandão e perguntei apontando para a casa atrás.
O homem me olhou de cima a baixo.
Eu sou Flávio, você é a Luna? A pessoa que me ligou hoje? Ele perguntou
Sim eu sou! respondi
Menina eu não alugo casas para crianças, por favor volte para os seus pais! Não me faça perder tempo sou muito ocupado. Flávio com impaciência falou e começou a sair.
Não, não senhor, por favor, eu sou sozinha, não tenho família, preciso de um lugar para morar, eu pago, eu pago, olha. Falei com pressa e tirei o dinheiro para dar a ele com medo dele ir embora e não alugar a casa.
Olhando para aquele rosto que era muito jovem, mas cheio de pânico, parecia que a menina estava com muito medo de ser abandonada e de ficar ao relento, ela não parecia uma fugitiva, Flávio pensou
Luna no seu desespero se ajoelhou.
Senhor eu realmente não tenho ninguém, não vou...
Não consegui continuar
Pare de falar aqui e levante, entre comigo e converse direito. Flávio interrompeu Luna e abriu o portão, ele estava um pouco sem paciência já e entrou na casa
Agora fale devagar! Explique porque devo alugar minha casa para você? Não tem nem dezoito anos ainda. Flávio perguntou, enquanto davau a Luna um copo com água.
Contei a ele sobre ser expulsa de casa e de ser enganada e traída por Daniel e Karen. Mas não tive a coragem de falar sobre noite de pesadelo, eu tinha muita veegonha, culpa e não queria ser julgada de novo por ninguém.
Flávio a ouviu com atenção, claro sabia que tinha mais nessa história que ela conto, sentiu que a garota medo dele, mas não entendia o porquê.
Quando entregou o copo com água para ela, no momento que deu um passo na sua duração Luna recuou.
Flávio viu tudo isso.
Bom! Três meses de aluguel adiantados, quando deseja mudar? perguntou Flávio
Agora mesmo! Luna abriu a sua bolsa, tirou uma máquina de costura e um tablet e colocou no chão, e retirou o dinheiro restante que já havia espalhado no portão.
Ok! Flávio deu-lhe as chaves, pegou o dinheiro e explicou as regras, depois falou sobre o comércio e sobre o bairro antes de sair.
Flávio não perguntou dos móveis, como ia se alimentar, nada disso era da conta dele. Já fez um grande favor de alugar a casa para ela apesar da sua pouca idade. Não queria problemas e não seria idiota novamente de ajudar alguém, ainda mais uma mulher.
Com as chaves nas mãos, fechei a porta e olhei para a minha casa.
A cozinha tinha uma pia e um copo em cima dela e era bem pequena, o quarto era maior, com o banheiro. O local estava sujo, parecia que ninguém mora aqui há muito tempo.
Sai da casa e segui o caminho que Flávio explicou.
Encontrei uma loja de 1 real ainda aberta, entrei e comprei um caneco, duas panelas e uma frigideira, também dois copos, dois pratos, uns potes para guardar mantimento, uma bacia, escorredor para louça, duas almofadas, um travesseiro, saco de lixo, dois cestos, dois jogos de lençóis, pano de chão, flanela, três passadeiras, alguns produtos de limpeza, vassoura e rodo. Gastei cerca de 140 reais.
Depois com as sacolas pesadas nas mãos, passei numa oja de móveis usados, onde comprei uma cama de solteiro com colchão, uma mesa com dois banquinhos e um fogão de quatro bocas, gastando quase 500 reais.
Na padaria comprei pães de frios e um refrigerante para jantar.
Voltei feliz para casa.
Comecei uma faxina, arrumei as coisas, juntei duas passadeiras com o travesseiro e almofadas para dormir.
No dia seguinte esperei a entrega dos móveis, combinamos as nove da manhã.
Contei dinheiro restante, tinha pouco mais de mil e quinhentos reais. Pegando o que estava trocado.
Guardei mil reais para emergências, antes de arrumar um emprego.
Depois comprei um botijão de gás e mangueira, roupas e mantimentos.
Na volta ainda tinha dinheiro no bolso.
O gás foi instalado lavei as roupas e os lençóis.
Estava nos fundos quando alguém chamou no portão.
Luna! Flávio chamou novamente
Oi! Eu disse e corri para abrir o portão.
Vim trazer o recibo para você. Flávio disse, mas não entrou.
Senhor, tem alguém aqui que saiba instalar um chuveiro. Não consegui com o banquinho, não alcanço. Luna falou cheia de vergonha.
Flávio riu da menina tímida a sua frente.
Você quer agora? Se for agora não posso pois tenho compromisso, posso vir lá pelas oito da noite ou amanhã de manhã. Flávio falou e explicou.
Amanhã de manhã é melhor. Eu respondi rapido, com medo, eu não queria ficar sozinha com um homem.
Tudo bem, passo aqui as sete. Disse Flávio enquanto saia.
Luna assentiu.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Nilda Santos
acho que esse dois ainda vai ser um casal
2024-09-19
3
Solange Maria Martins
pelo ódio e adontada
2024-08-15
4
Liana Macedo Costa Macedo Costa
Me explica uma coisa: ela é filha legítima ou adotada? É estranho como ela foi criada.
2024-08-12
4