Olhei o quarto vi que o interfone do estava no chão, estiquei o braço e o peguei.
Oi! por favor chame a polícia. Eu disse quando ouvi alguém atender, a minha garganta estava muito seca e na minha boca, um gosto estranho misturado com sangue.
Puxei o lençol para cobrir o meu corpo quando ouvi barulho vindo da porta, bateram por um tempo, até que alguém abriu.
O gerente do hotel e alguns policiais entraram ao mesmo tempo.
O que aconteceu aqui? Um policial perguntou enquanto se aproximava de mim.
O policial que entrou viu uma garota com o rosto deformado devido ao espancamento, mal estava coberta por um lençol manchado com sangue na sua extensão.
Luna não conseguia falar, as lágrimas desceram sem sentir, e por ver que estava segura desmaiou.
Quando acordou estava deitada na maca num quarto de hospital.
Uma enfermeira que estava aplicando medicamento no seu rosto percebeu que estava acordada e me deu um pouco de água antes de sair para chamar o médico.
A minha família chegou.
Quando vi minha mãe entrar chorei, chorei muito, mas...
Tapa, tapa, tapa, vários tapas seguidos caíram no meu rosto e corpo, a enfermeira em pânico chamou a segurança.
Como criamos uma vadia como você, criatura vil e cruel. A sua irmã e o Daniel já contaram o que você fez. Pensando ainda em se fazer de vítima, escute aqui mocinha, assim que sair do hospital vá buscar as suas coisas e saia da minha casa. Minha mãe gritou como uma louca, Karen estava atrás em lágrimas, O restante tinha ódio e vergonha de mim estampado nos seus rostos.
Mãe! Chamei enquanto escapar dos golpes.
Não me chame de mãe, não tenho uma filha como você. Laura falou e saiu com os outros.
Fiquei ali, na cama do hospital, meu rosto já estava machucado e foi ferido novamente, sangue escorria do meu nariz e canto da boca até um dos pontos lá embaixo rompeu começando a sangrar novamente.
O médico entrou com pressa e fez os procedimentos necessários.
Voltei para casa depois de uma semana no hospital público, ainda tinha pontos que podiam ser retirados num posto de saúde já que estava com uma guia médica em mãos.
Durante esse período ,não recebi nenhuma visita.
Entrei na casa e fui para o quarto, no momento só havia os empregados.
No meu quarto tranquei a porta, me lavei e deitei na cama, não dormia direito há dias, estava exausta.
Mesmo assim, levantei e fui contar as minhas economias, tinha 3,700 reais ali no meu cofre.
Coloquei dentro de um saquinho e guardei nos fundos da minha mochila.
Eu voltarei para a escola no dia seguinte não importa O QUE eu tinha que seguir em frente, pensei comigo mesma tentando ser forte.
Mas a realidade foi diferente do que esperei.
Alguém de casa notificou a minha família do meu retorno.
No meio da tarde todos chegaram, até Daniel estava presente.
Batidas fortes na porta do meu quarto.
Abra a porta agora, Luna abra a porta! Meu pai gritou enquanto esmurrava a porta com força.
Estava assustada, mas corri e abri.
Tapa
Foi o que recebi dele quando a porta foi aberta.
Meu pai puxando o meu cabelo me jogou no chão.
Arrume as suas coisas e saia da minha casa imediatamente, não volte nunca mais. Meu pai gritou comigo e me chutou.
Você teve a coragem de ir a delegacia e dizer mentiras sobre a sua irmã e o Daniel. Por um acaso você quer destruir a minha família. De jeito nenhum. FORAAAA! meu pai esbravejou.
Luna não é justo me enganar todo esse tempo fingindo ser pura ao meu lado não me deixando nem ti abraçar e depois sair para uma orgia com vários homens e me fazendo de CORNO! Daniel falou o seu rosto cheio de angústia e tristeza.
Pai deixe Luna arrumar suas coisas, a gente tem que se preocupar em tirar o vídeo da internet o mais rápido possível. Disse Karen para o pai puxando o para fora.
Do início ao fim eu não disse uma palavra, não consegui reagir a chuva de acusações.
Dor!
Uma dor que não vinha do corpo mas da alma, foi o que senti.
As pancadas que levei hoje foram fortes, mas o desprezo dirigido a mim por aqueles que mais amo e confio doeu mais
Vou sair para nunca mais voltar. Pensou Luna.
Não quis nada deles. de valor só tenho uma máquina de costura de segunda mão, que comprei ano passado e um tablet que também comprei com o meu dinheiro. Coloquei na minha mochla que era grande, tirei todos os livros e cadernos e os deixei na mesa.
Não peguei nada da casa que não foi pago com o meu dinheiro.
Vestindo uma calça jeans, uma camiseta e uma sandália que eram as minhas únicas roupas, coloquei a mochila nas costas e sai pela porta da frente com a cabeça erguida sem olhar para ninguém.
Passei pelos portões e fui na direção do ponto de ônibus, e sem olhar dei sinal, com destino desconhecido entrei e sentei em um banco nos fundos. E olhando pela janela deixei as lágrimas desceram livremente.
A imagem dos meus familiares estavam passando como um filme pela minha cabeça, memorizei cada palavra dita, cada expressão dos seus rostos.
Eu voltaria um dia para me vingar de um por um.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 56
Comments
Ana Parodi
no mínimo e foi adotada
2025-02-26
0
Lia Moura
assim espero que vingue como deve ser vingança é um prato que se come frio tem mais sabor
2025-02-10
2
Nilda Santos
cara de pau esse Daniel
2024-09-19
0