Meu Namorado Lobisomem

Meu Namorado Lobisomem

Prólogo

Toda cidade tem uma garota órfã bonita e inteligente que voa abaixo do radar para não chamar a atenção, um cara esquisito cheio de manias que todos acham que é um fracasso e um monstro.

Essa história é sobre essas três coisas, tipo uma tríplice aleatória ou sei lá.

Vai ser muito fácil perceber quem exerce cada papel, afinal, eu não escondo de ninguém que sou o palhaço da turma, gosto de me divertir e fazer os outros se divertirem, mas estou bem longe de ser popular. Estou mais para uma piada, uma piada muito boa.

Diferente daquela garota linda e recatada que me deu a chance de ser seu namorado. Não combinávamos, sei disso. Acho que ela também sabia, mas estava tão desesperada para ser parte do grupo que mergulhou de cabeça em mim. Sorte minha.

Não era nisso que eu pensava quando desci do carro á uma da manhã de um sábado em frente a uma floresta estranha por causa de um balho estranho.

A trilha tinha uma abertura maior de dia, mas com as sombras da noite parecia muito estreita.

- Espero que eu não suje a camisa\, só tenho essa limpa pra trabalhar amanhã – pensei por um segundo e levantei o braço dando uma pequena\, mas necessária fungada – relativamente limpa.

O farol da van só iluminava até ali, parei ainda no limite do asfalto e da terra, tirei meu baseado do bolso e acendi com o isqueiro, um belo isqueiro.

O coloquei contra a luz e virei de cabeça para baixo, o biquini da loira peituda foi sumindo a deixando peladinha.

A buzina me assustou e dei um pulo, quase derrubando a preciosidade. Enfiei no bolso e dei uma boa tragada e um passo curto para dentro da trilha.

- Tem alguém ai? – olhei em volta lentamente – espero que ninguém responda – dei mais uma tragada que acabou subindo errado\, uma pequena crise de tosse depois\, voltei a caminhar.

A floresta estrava estranhamente iluminada por uma lua cheia brilhante, andei um pouco pela trilha e chamei de novo.

- Alguém aí? Se não tem ninguém\, então vou indo\, hein.

Ri fraco e balancei a cabeça, me virei, decidido a ficar mais uns dois minutos, dei mais uma tragada. Assim, poderia aproveitar meu baseado e ainda fingir que era super corajoso.

Um farfalhar em um arbusto próximo chamou minha atenção e fez meus pelos se arrepiarem.

- Oi?

Tinha alguma coisa ali, me aproximei com cuidado, era uma floresta, claro que teriam bichos.

- Aqui coelhinho\, coelhinho - mantive a voz baixa e muito mais fina que a normal.

Cheguei a poucos centímetros do arbusto, quando notei que era um arbusto muito, muito grande mesmo, dois grandes olhos amarelos apareceram em meio as folhas, uma sombra passou pelo meu rosto e virei meu rosto para cima, bem a tempo de ver uma grande pata escura descendo.

Não fui rápido o suficiente. Ele me acertou, uma patada com tanta força que abriu minha pele, suas garras pareciam veneno escorrendo para minha corrente sanguinea.

Sangue, sangue, sangue.

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Atualizado até capítulo 75

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