Capítulo 15

Dante volta para a cozinha, procura pela pomada, assim que encontra volta para a sala se sentando próximo a Gioh.

— Deixa eu passar isso. — Ele fala pegando a mão vermelha da ruiva colocando sobre sua perna.

— Você... — a mulher sente seu rosto começar a queimar — Velhote eu posso fazer isso sozinha, sobe e colocar sua roupa.

Giovanna fala tentando pegar a pomada das mãos de Dante, que levanta seu braço e sente o corpo dela tocar ao seu.

— Lindinha, você está incomodada com o quê? Me lembro de você ter invadido meu quarto e me visto pelado.

— Não me recordo disso, velhote. — Gioh fala em um tom de brincadeira.

Dante sorri relembrando de algumas noites há atrás.

— Você não vai esquecer dessa noite? — Perguntou a jovem.

— Não! — disparou Dante. — Ou melhor, só irei me esquecer quando realmente nós tivermos uma noite juntos.

Ele deslizava o creme na mão da mulher que sente seu corpo reagir com um simples toque dele, Gioh abre e fecha sua boca tentando formar alguma palavra, mas tudo parecia ser muito difícil quando se está ao lado dele.

Romeu se aproxima engatinhando até a ruiva estende uma mão e o ajuda a se levantar.

— Vamos Meuzinho!

Giovanna fala pegando ele em seu colo assim que Dante havia finalizado.

— Onde você vai com meu filho?

— Vamos andar por aí enquanto você prepara algo para nós comermos. — A ruiva fala e sorri.

Dante umedece seus lábios e fecha seus olhos por um segundo e ao abrir ele sorri para ela.

— Você deveria sorrir mais vezes.

Dante de levanta e vai para seu quarto colocar uma roupa, ele para em frente ao espelho e sorri para si.

— O que você está fazendo? — Dante pergunta em voz alta para seu reflexo no espelho.

Quando ele desce já não vê a ruiva e seu filho na sala, ele vai até a porta da frente e consegue ver a mulher segurando seu filho pelos braços e ajudando ele a dar alguns passos.

Dante se aproxima lentamente observando os dois e os gritos de felicidade que seu filho soltava.

— Não acha que ainda é cedo para forçar ele a andar? — A voz de Dante era de preocupação com seu filho.

Giovanna olha para ele e pega Romeu em seu colo e vai em direção a Dante que vinha a seu encontro.

— Já fez nosso jantar velhote? — Giovanna pergunta assim que se aproxima dele.

— Você está muito engraçada hoje.

Ela sorri para ele e beija o bochecha do menino que tentava ir para o chão.

— Meuzinho cadê o rabugento do seu pai? — Gioh fala e olha para o menino que tenta ir para o chão — Agora é sério. Eu pesquisei e com sete meses já pode começar a incentivar o bebê a andar, ele já está firme mesmo não tendo a coordenação, porém é só um incentivo.

Giovanna fala fazendo Dante se surpreende com a garota que há alguns dias havia tentado fugir de sua casa.

— Pesquisou? Estamos tendo uma evolução aqui? — Dante fala sorrindo — Vou entrar e preparar o nosso jantar se você quiser me ajudar?

Giovanna nega com a cabeça por várias vezes.

— Acho que minha mão ainda não está boa para isso.

— Vem você só fica olhando o chefe cozinhar.

Giovanna revira seus olhos para Dante que sorri descontraído. Eles vão para o interior da casa, Gioh coloca Romeu em seu carrinho e se senta em uma banqueta que ficava de frente para a ilha que estava o fogão.

Gioh se remexe na banqueta tentando de alguma forma criar coragem para perguntar algo a ele.

Dante picava o tomate para fazer molho enquanto o macarrão estava na água, ele divide sua atenção com o jantar e com Giovanna que parecia inquieta.

— O que está acontecendo aí lindinha?

— Se eu sou tão parecida assim com sua esposa, significa que nós poderíamos ser irmãs?

Dante para por um momento e encara os olhos cheios de confusão que Giovanna demostrava.

— Eu...

— Dante, eu sei que deve ser difícil falar dela, mas eu preciso saber um pouco sobre mim ou minha família. Quem eu sou ou por que fui deixada naquele lugar.

— Lindinha, não sei como te ajudar. Pois — Dante se cala por um momento. — Meu casamento foi arranjado, então eu não sabia muito sobre ela e seus pais.

Dante consegui ver lágrimas formarem nos olhos da garota que tenta disfarçar. Ele abaixa o fogo e dá a volta na ilha e se aproxima dela tocando em seu rosto que estava vermelha devido à vontade de chorar.

— Lindinha, não precisa chorar. — Dante fala deslizando seu polegar sentindo a maciez da pela da mulher parando próximo aos lábios dela.

— Eu preciso saber o motivo por terem me deixado lá.

A voz de Giovanna sai cortada devido a sua falha tentativa de não chorar.

Dante sente uma emoção diferente, ele queria cuidar e proteger a garota, ele leva a mão que estava secando a lágrimas até a nuca segurando os fios ruivos e o puxa fazendo Giovanna deixar seus lábios entre abertos.

Lentamente ele se aproxima ainda com seus olhos aberto, Dante toca seu nariz ao de Gioh que se mantém paralisada.

— Eu vou te ajudar. — Sussurrou sentindo o hálito quente dela se misturar com o seu.

Dante se aproxima ainda mais sentindo sua respiração ficar pesada, ele passa a ponta de sua língua nos lábios dela que busca pelos seus lábios quente ambos desejava esse momento.

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