Capítulo 6

A mulher estava deitada em sua cama rodando de um lado para o outro, não conseguindo dormir devido ao choro forte de Romeu.

Ela se levanta e sai indo em direção ao quarto vizinho, vestida apenas de uma camisola preta que destacava as curvas de seu corpo, os fios ruivos dos seus cabelos forma um coque bagunçado.

Gioh abre a porta e entra com tudo se aproximando do berço do menino.

— O que está acontecendo com você, rapaz? — Falou pegando ele em seus braços. — Estou nessa casa há algumas horas, e você só chora.

Romeu continua chorando, agora o choro era mais forte de dor, Giovanna encosta a cabeça do menino em sua bochecha e nota que a temperatura de seu corpo estava alta, ela se assusta e chama por Dante que estava sentado na poltrona.

— Acorda. — ela fala e bate no peito do homem que ao sentir o terceiro tapa segura firme a mão dela.

— O que está fazendo aqui? — perguntou sonolento.

— Onde tem remédio? O menino está queimando de febre.

Ela termina de falar e vai em direção ao banheiro do quarto e coloca a banheira do menino para encher e volta para retirar a sua roupa.

— O que você pensa que vai fazer? — Dante olhava ela se mover com o menino em seu colo.

— Vou dar banho para abaixar a febre, e você vai ficar aí parado? Eu preciso do remédio, e faça uma mamadeira.

— Quem você pensa que é para falar assim comigo?

A mulher que estava tirando as roupas de Romeu olha para ele por cima de seu ombro e levanta sua sobrancelha e sorri.

— Ele não está bem. Sério, que vai ficar aí parado discutindo comigo?

— Espero que saiba o que vai fazer.

Giovanna olha para ele saindo do quarto e volta sua atenção para o pequeno Romeu a sua frente.

— Tem certeza que você é filho dele? Não! Não pode ser, impossível.

Ela fala e o pega no colo que faz xixi em sua roupa deixando partes dela transparente, Gioh apenas respira fundo e vai para o banheiro.

Giovanna coloca o bebê na banheira e com cuidado joga água nele e o deixa ali tentando abaixar a temperatura de seu pequeno corpo.

Dante volta com as coisas que a mulher havia pedido em sua mão e a olha de baixo para cima, notando o corpo pequeno da mulher perto de seu 1,90.

— Pode pegar a toalha? — Ela perguntou enquanto notava os olhos de Dante a observando. — Vamos velhote vai ficar aí me olhando ou vai fazer o que te pedi?

— Não havia reparado o quando você é...

Giovanna pega a toalha bruscamente das mãos de Dante que a encara.

— Não seja esses velhos nojentos que não podem ver uma barra de saia que já tem que levar para a cama.

Dante solta uma risada irônica para a garota que passa por ele esbarrando em seu braço.

— Com você seria apenas uma noite. — Dante disse assim que ela passou por ele.

— Vai sonhando velhote! Vai sonhando!

Giovanna fala enquanto tenta achar as roupas de Romeu, ela se vira ainda segurando o menino em seu colo e grita por Dante.

— VELHOTE! Onde tem roupa para essa criança?

Dante vai até o closet do menino e paga um pijama limpo e volta jogando junto com a fralda sobre a cama.

— Aquilo — Dante fala apontando seu dedo para uma cômoda branca próximo à porta com um trocador em cima — serve para colocar ele e trocar.

Giovanna levanta seu olhar em direção ao homem que estava ao seu lado na cama.

— Ora, ora, parece que temos um "Sherlock holmes" aqui!

Gioh fala com um tom de voz que poderia ser confundido entre ironia e brincadeira.

— Sabe "lindinha" vai brincando com a minha paciência que uma hora me canso e te levo para aquele homem a qual te salvei de ser feita de "pütinhä".

Dante fala e respira fundo e enruga seu nariz e se vira saindo do quarto.

— Sabe pequeno, o que seu pai tem de bonito tem de

chato. — Ela fala pegando ele em seu colo e sai voltando para seu quarto.

Ela se senta em sua cama e dá o remédio para o Romeu e em seguida a mamadeira que em alguns minutos já estava vazia e o bebê com seus olhinhos semi fechados.

— Eu não entendo nada disso, mas acho que você precisa arrotar. — Gioh sussurra próximo ao ouvido do menino.

Ela dá leves batidas nas costas de Romeu que depois de algum tempo já estava entregue ao seu sono profundo mesmo sem ter arrotado.

Giovanna deita ele no meio da sua cama e do outro lado ela coloca vários travesseiros impedindo que Romeu possa rolar e cair. Ela se deita e fica admirando aquele pequeno ser ali em sua cama, mesmo com o menino dormindo, Gioh começa a cantarolar uma música a qual sempre ouvia nas noites que ficou no orfanato.

— Brilha, brilha, estrelinha, lá no céu pequenininha, solitária se conduz, pelo céu com tua luz. — em um tom baixo ela volta repetir a cantiga algumas vezes.

Os olhos da ruiva a cada segundo que passava ficava mais pesado até se perder em um sono profundo.

Dante ao sair do quarto vai até o escritório ignorando o horário. O homem é um ótimo hacker, não seria difícil conseguir a ficha de Gioh e Lazzaro.

O dia estava amanhecendo quando Dante conseguiu suas informações.

— Interessante!

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