Capítulo 10

Arminda

Não foi tão difícil convencer o médico de me ajudar a forjar minha morte, contei tudo que estava passando nas mãos dele.

Como o médico já era meu amigo ele me ajudou em tudo, difícil foi elaborar um plano.

Mas deu certo, agora estava livre!

Mau podia acreditar que depois de tanto sofrimento, lágrimas, estava livre.

Mas ainda estava presa aquele homem de alguma forma que me fez vir ao meu próprio enterro.

Talvez seja minha raiva pela humilhação que passei nas mãos dele como uma bonequinha para satisfazer seu prazer.

Aperto minhas mãos em punhos perfurando a carne das mãos com ódio que corria em minhas veias ao ver aquele homem chorar sobre um caixão vazio, aquela cena me dava náuseas.

Saí do cemitério sob chuva que lavava minha alma que estava destruída.

Nunca achei que ele fosse um bom autor, esse desgraçado me machucou e ainda teve coragem de chorar em meu enterro era para esta fazendo festa, mesmo que eu não esteja morta, ele não poderia pelo menos ficar calado.

Ele ainda vai me pagar por tudo que é mais sagrado, e agora que carrego um ser em meu ventre irei fazer de tudo para vencer na vida ou não me chamo Arminda Valverde.

_ quebra do tempo _

Está tudo pronto para minha partida, irei começar uma nova vida em outro lugar, irei conquistar o lugar que ele tanto almeja, a cadeira do capô supremo, juro que quando eu conseguir ele vai se arrepender de tudo que me fez passar.

Irei fazer ele pagar com sangue todas as minhas lágrimas.

Ele não sabe o monstro que ele criou, quando eu voltar terei mais poder que ele, serei mais do que um dia foi .

Vou mostrar meu pior lado agora que tenho por que lutar.

Passo minhas mãos de forma protetora na minha barriga, olhando meu reflexo no espelho.

- Era verdade uma Arminda ingênua morreu naquele acidente e uma outra mulher nasceu- falei para mim mesma sentindo o peso das minhas palavras que agora guiará meu destino.

Saio para o aeroporto, quando estou perto do embarque esbarro em alguém! Olho para ver quem e quando me deparo com meu velho amigo Marcos.

- Arminda - falo com um tom de surpresa na voz.

- Marcos, quanto tempo o'que faz aqui?

- Sim, há muito tempo, estou indo para Itália e você?

- Também estou indo para lá, quero começar uma nova vida.

- Estou indo para ver quem irá ficar na cadeira do antigo capo de lá.

Meu coração quase sai pela boca.

- c... capo?

- sim, sabe oque e?

- sim, fui esposa de um, eu posso ocupar este lugar - falo com firmeza na voz.

- mais e muito pesado!

- Eu consigo me dar essa oportunidade, não vai se arrepender.

Ele me olha por alguns instantes então diz o'que eu tanto almejo ouvir.

- Está bem, mas antes de colocá-la como chefe, irei ver se você está apta para tal responsabilidade se passar você será a nova dona da máfia na Itália!

Meu primeiro sorriso genuíno em meu rosto com aquelas palavras.

Era tudo o que precisava para começar minha vingança.

- Você não irá se arrepender Marcos.

- Assim espero Arminda

- não precisa esperar, você verá com seus próprios olhos.

Ele me olha e dá um sorriso de lado, isso me dá calafrios mas não posso voltar atrás vou em frente.

Não agora, já era tarde demais para desistir, vou até final com tudo aquilo.

Eu preciso dessa vingança para seguir em frente.

Precisava terminar de vez por todas essa parte da minha vida.

Se era preciso de sangue que seja de meu odiado esposo.

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