18

Lavinea se trocou tirou o uniforme, e foi até sua moto colocou seu capacete e saiu...

Kaleb não tinha reunião nenhuma, apenas notou a preocupação dela com ele, e sabia da paixão do amigo por ela. Apesar de realmente estar preocupado com o amigo, sabia que fez a melhor escolha.

Pegou suas coisas e foi pra casa, tomou um banho, não iria sair. Queria beber sozinho, queria poder chorar de tristeza em um lugar seguro onde ninguém perguntaria seus motivos... Tomou banho vestiu um short, ligou o som, e sentou no seu mini bar.

Lavinea por sua vez, chegou ao endereço, um bairro de padrão social bem alto, mais porque será que ele fingia ser um cara sem tantas posses...

Encontrou o porteiro, disse a história, mostrou o distintivo, e o porteiro autorizou a sua entrada... kaleb nunca era anunciado, ele e Henrique são muito amigos, então ele só chega e sobe.

Lavinea parou na porta, e não conseguiu bater logo de início, estava nervosa as mãos suando...

Mais resolveu manter o profissionalismo.

Bateu e manteve a postura. Henrique estava com uma calça moleton preta, e uma blusa de frio de manga cumprida.

Pensou ser Kaleb e abriu, quase caiu pra trás.

—Lavinea, o que você está fazendo aqui?

—O delegado me pediu pra checar se estava tudo bem!

—Eu estou... Ele ia terminar a frase mais teve que sair pro banheiro, seu estômago estava revirado...

—Lavinea entrou e se surpreendeu com a beleza do lugar, era tudo de ótimo gosto, a decoração era linda e sofisticada... Então ficou esperando ele voltar.

Henrique escovou os dentes e jogou água no rosto. Estava péssimo.

Voltou pra sala e se jogou no sofá.

—Você precisa ir ao hospital. Lavinea disse olhando pra ele.

—Odeio hospital, não vou, obrigado.

—Prefere morrer? Ela disse, ou tem medo de agulha.

—Eu vi minha mãe morrendo por dias a fio, e eu ia todos os dias, aquele cheiro, aqueles sons, colocou o braço sobre os olhos... Então não obrigada.

—Me desculpe, eu não sabia...

—Câncer de mama... Ela lutou por 3 anos, e o último mês, foi o mais terrível, eu tinha doze anos...

Vi meu pai entrar em depressão, e nunca mais sair dela, isso acabou com ele.

—Tudo bem, onde tem remédio aqui?

Henrique olhou pra ela deu risada.... Não tenho remédios . Só vou a farmacia comprar prestobarbas, desodorante...

—E preservativos claro, era ironizou...

—Pelo menos não tenho nenhum filho jogado, e nenhuma doença... Sou limpinho, disse piscando pra ela.

—Você é um babaca mesmo, ela disse sorrindo..

—Sexo sem camisinha, só por amor, só com a mulher que eu amo, disse olhando pra ela fixamente que ficou vermelha. E se levantou, e pegou a bolsa.

—Obrigado pela visita. Ele disse se levantando e tentando manter a pose.

Ela sorriu e saiu.

Foi em casa, tomou banho, se vestiu, passou no mercado e voltou pra casa dele.

Ligou pro médico da família Lago, seu pai não era de arriscar muito em hospitais, Juiz não é um cargo que bandidos amam.

O doutor Marcos Dourado disse que chegaria em 30 minutos, passaria na saída do trabalho, ela avisou o porteiro, do médico e que Henrique estava doente.

Subiu novamente.

Bateu na porta e Henrique atendeu, pensado ser Kaleb dessa vez...

Estava sem camisa, tinha tomado um banho pra tirar o cheiro de vômito.

Concentra Lavinea... Ela pensou...

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