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Kaleb resolveu seguir o conselho do amigo, tomou banho fez s barba, vestiu uma roupa e foi pra academia depois de meses sem ir, precisava gastar um pouco do seu ódio.

Não falou nem respondeu ninguém, não queria assunto.

Apesar do tempo sem treino, ele estava em forma.

Fez exercícios até seu corpo ir a exaustão.

Pegou suas coisas e saiu.

Ligou pro Henrique e mandou agendar a avaliação psicológica.

Chegou em casa e tomou banho, se vestiu, colocou seu terno e estava novamente no papel do delegado... Mais ele ainda precisa passar na avaliação da psicóloga.

—Como você se sente em relação a perda da sua noiva?

—Eu sou delegado, mais antes eu sou homem, não estou feliz, mais não vai afetar meu trabalho, sei das minhas responsabilidades.

—E o incidente da favela? os Mortos...

—Bandidos, todos eles, eu entrei numa incursão atrás de bandidos assassinos, todos atiraram primeiro.

Eu fui treinado pra responder com fogo contra fogo, e não levar tiros e morrer sem pelo menos levar uns desgraçados com a gente.

—Eu não sei se devo liberar você Kaleb...

—Sei que você quer ouvir que eu vou parar... Mais eu não vou, eu vou buscar justiça por ela, e por todas as outras, e se a senhora não me deixar voltar a trabalhar, amanhã pode ser a senhora, ou uma parente sua...

Eu vou fazer meu serviço com excelência, como sempre fiz, mais vou buscar aqueles que fizeram isso com a Aila, porque ela merece justiça, ela e todas as outras mulheres que sofrem agressão.

—Kaleb é o seguinte, você vai voltar pro serviço, e uma vez no mês vai voltar pra ser avaliado novamente.

—Não preciso disso! Kaleb se irritou

—Ou é assim, ou não temos um acordo.

—se não tem jeito... então tudo bem.

Kaleb seguiu em direção a delegacia, todos o olhavam com olhar de solidariedade e ele estava odiando isso.

—Escutem aqui, parem de me olhar como se eu fosse um pobrezinho. Eu perdi a mulher que mais amei na vida, da pior forma possível, mais eu não quero a pena de ninguém. Entendido?

—Sim senhor, responderam..

Henrique entrou com ele na sala e deu um abraço de bem vindo.

—Fico feliz de ter de volta...

—Não teria sido possível sem você meu amigo, obrigada por não desistir de mim.

—Não se deixa um irmão pra traz. Eles se abraçam novamente e Henrique sai pra trabalhar nos casos pendentes.

Kaleb senta e tenta focar nos compromissos, mais ainda não estava confortável, no decorrer do dia foi apresentado aos substitutos dos policiais que morreram no confronto do morro, Lucas e Amanda.

Amanda era uma morena linda, corpo perfeito, cabelos curtos.

Lucas era alto, porte Atlético, deu a mão pra ele, se apresentou e não fez questão de conversar, voltou aos trabalhos.

Amanda tentou puxar conversa...

—Seremos companheiros de ação... Você vai me ensinar atirar, vi que está escalado pros treinamentos....

—Eu? Acho que esta enganada...

—Não! Está no mural, se não acredita vai ver, nos vemos amanhã cedo no stand de tiros.

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