Capítulo 11

Precisamente às sete da noite, Arimbi finalmente pediu a Bara que a levasse para casa.

Sentindo-se bastante satisfeito com a refeição que Arimbi tinha pago, Bara concordou amavelmente, com um sorriso alegre no rosto.

Era uma ocasião rara para ele desfrutar de uma refeição luxuosa, que lembrava os tempos em que era um jovem rico.

Ao ver o sorriso do homem, Arimbi começou a provocar Bara com suas piadas descontraídas.

"Por que esse sorriso que você está exibindo? Está feliz por ter me conhecido, Bara?" Arimbi perguntou, levando Bara a coçar a cabeça.

Por algum motivo, quando estava diante de Arimbi, o charme eloquente que ele costumava usar para conquistar mulheres à noite parecia evaporar.

Assim, quando provocado por Arimbi, tudo o que Bara conseguia fazer era forçar um sorriso.

Na realidade, naquele momento, o coração de Bara batia ferozmente, especialmente porque, durante a refeição, Arimbi o alimentava brincando com a colher, fazendo Bara imaginar, de forma bem divertida, que eles tinham trocado saliva indiretamente.

Mais uma vez, Bara sorriu carinhosamente com o pensamento, fazendo Arimbi cutucar seu braço para trazê-lo de volta à realidade.

"Bara... por que você não está respondendo à minha pergunta? Está sorrindo e rindo sozinho - talvez tenha pensado em algo engraçado?", Arimbi perguntou, olhando atentamente para o rosto de Bara, o que só intensificou sua admiração.

"Uh... Arimbi, vamos, vou te levar para casa agora. Não queremos que seu pai te repreenda por voltar tarde", Bara disse, desviando o olhar de Arimbi. Rapidamente, Arimbi se levantou, e os dois começaram a caminhar lado a lado, iluminados por risadas e sorrisos contentes.

Arimbi não se esqueceu de entregar o pagamento que tinha prometido a Bara.

A bela mulher tinha pedido a Bara que sacasse dinheiro mais cedo naquele dia, e agora ela o entregou em mãos.

"Aqui está, este é o dinheiro que lhe prometi, Bara. Agora eu paguei você integralmente", Arimbi afirmou, colocando um maço de notas na mão de Bara. No entanto, Bara achou a quantia muito generosa e discordou do valor.

"Arimbi, eu não posso aceitar isso. Eu realmente não queria ser pago. Pegue de volta; prometo que, pagando ou não, ainda vou te convidar para nos encontrarmos com frequência", Bara disse, devolvendo o dinheiro para a mão de Arimbi.

Mas Arimbi se recusou a pegar o dinheiro de volta, até que Bara insistiu e até a ameaçou, o que a levou a aceitar relutantemente mais uma vez.

"Bara... obrigada por ser meu amigo. E lembre-se, quando chegarmos à minha casa, vá embora imediatamente, porque não posso te convidar para entrar", Arimbi explicou enquanto subia na moto de Bara, enquanto ele ligava o motor e partiam em direção à casa da família Sanjaya.

"Mas por que não posso entrar? Eu gostaria de conhecer seu pai e sua madrasta", ele objetou.

"Não, Bara... eles não são pessoas acolhedoras, especialmente com um motorista Ojol como você. Tenho certeza de que Diva já encheu a cabeça deles com besteiras sobre nós", ela respondeu.

"É mesmo? Mas... isso pode até ser bom, Arimbi, se sua família me conhecer como seu interesse romântico, será mais fácil para nós realizarmos nossos planos", Bara argumentou, provocando uma profunda contemplação em Arimbi.

Ela tinha certeza de que sua meia-irmã Diva provavelmente tinha difamado ela para o pai deles, e revelar seu relacionamento com um motorista Ojol certamente provocaria uma condenação direta de Adi Sanjaya, que sempre detestou sua associação com alguém de um status econômico mais baixo.

***

Enquanto isso, na luxuosa residência de Adi, o patriarca da casa estava ouvindo atentamente as palavras de sua enteada.

Cinco anos de paternidade com Diva tinham criado um forte vínculo pai-filha...

Sendo uma mulher charmosa e cativante, não era surpresa que Papa Adi ouvisse tão atentamente as palavras de sua filha...

Enquanto Diva percebia a oportunidade de influenciar ainda mais seu pai, ela começava a planejar minar o velho.

Por sorte para ela, Arimbi ainda não tinha voltado para casa naquele dia e, somado à sua falta ao trabalho, Diva aproveitou o momento para manchar a reputação de sua meia-irmã, com sua mãe Lina sinalizando positivamente em apoio às intenções da filha.

"Papai, você sabe onde a Arimbi está agora?" perguntou Diva, começando a espalhar suas histórias venenosas.

"Não... Não sei onde ela foi; o telefone dela também está fora de alcance," respondeu o Papai Adi, sem saber do paradeiro de sua filha.

"É sério, pai? Não é à toa que Diva também não conseguiu falar com o telefone da Arimbi. Mas pai, hoje de manhã, quando Diva chegou em casa, encontrei com a Arimbi no nosso portão. Ela estava conversando com um motorista de Ojol que dizia ser seu namorado," Diva infligiu suas palavras venenosas.

"O quê?! Não brinca, Diva. É impossível a Arimbi namorar um motorista de Ojol. Não acredito que os gostos dela tenham caído a ponto de sustentar suas acusações," retrucou o Papai Adi, incrédulo, ignorando as alegações de sua enteada.

Porém, Mamãe Lina entrou na manipulação, incitando o Papai Adi a duvidar e desprezar sua própria filha.

"Papai... talvez haja verdade nas palavras da Diva, porque mamãe ouviu uma confusão no nosso portão de manhã, e o segurança tentou impedir o motorista de Ojol de entrar, o que deixou a Arimbi irritada, pai."

"Então... todas as acusações da Diva são verdadeiras, mamãe? Como minha filha pode estar se envolvendo com um motorista pobre de Ojol? Eu não permitirei," declarou o Papai Adi, visivelmente irritado.

"Mas, pai, não acho que a Arimbi vá ouvir o que você diz. Ela parece bastante apaixonada por ele," continuou Diva sua tentativa de envenenar a mente do velho homem.

"Não, não permitirei. Mas se a Arimbi continuar teimosa como sempre, dessa vez a mandarei embora de casa," resolveu o Papai Adi, completamente influenciado pelo veneno espalhado por Diva e Lina, que trocaram sorrisos silenciosos e satisfeitos, reconhecendo sua vitória enganosa compartilhada.

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