Capítulo 6

Agora, Bara estava de volta em seu quarto da república.

Parecia que todos os planos de Bara para enganar seu pai pedindo ajuda de seus dois melhores amigos haviam desaparecido.

Porque aqueles dois, Andra e Panji, que Bara considerava serem amigos, nunca foram realmente sinceros. Eles aproveitaram-se da riqueza e bondade de Bara todo esse tempo.

Bara sentiu uma traição total. Ele havia acabado de perceber que as pessoas que o elogiavam o tempo todo eram falsas, apenas querendo se aproveitar dele.

Bara fez uma careta de dor enquanto aplicava uma compressa fria no hematoma no canto da boca.

"Ai...! Por que dói tanto? Espere só, Panji, traidor", exclamou Bara com raiva.

Bimo, que permaneceu leal no quarto da república de Bara, sorriu discretamente, tendo começado a entender o verdadeiro caráter de Bara depois de ouvir sua conversa com seu antigo chefe.

Thump...

"Você está rindo de mim? Acha tudo isso engraçado, né?" Bara desafiou, olhando para Bimo.

Bimo, que havia recebido uma pequena toalha, a pegou precisamente.

"Desculpe, cara! Foi só um pouco engraçado. Eu achava que você era um cara comum como eu, mas acontece que você é filho de um homem rico", explicou Bimo, olhando para Bara com um olhar tranquilo.

Ouvindo as palavras de Bimo, Bara resmungou irritado. Virou o rosto para o lado.

"Você está zombando de mim? Agora você sabe quem eu sou, não sabe? Então vá embora, não finja se importar com um cara pobre como eu."

"Hahaha...! Quem quer se importar com você? Eu estou aqui porque você é meu vizinho nesta república, e além disso, você não merece preocupação porque é tão arrogante."

"Mesmo? Arrogante, sou? Mas eu não me sinto assim."

"Bem, você não perceberia, já que sempre despreza todo mundo. Ah, e eu sei que você ainda está lutando para aceitar seu novo status de vida, mas meu conselho é que você o abrace de bom grado; afinal, ser pobre não é algo de que se envergonhar."

"O que você está dizendo? Como você pode dizer que ser pobre não é constrangedor? Olhe para mim. Eu só estou usando roupas que valem 100 mil, e meu rosto não é tão bonito como costumava ser, e para mim, isso é constrangedor!" Bara disse, exibindo sua frustração.

"Pssh...! Você está sendo dramático demais, Bara. Na minha opinião, você ainda parece bonito e descolado. Agora aproveite sua vida, Bara, e viva feliz."

"Tudo bem! Vou aceitar esse destino de bom grado e tentar vivê-lo. Amanhã, começarei meu trabalho como motorista de bicicleta por aplicativo. Ah, você tem um novo emprego?" Bara perguntou, olhando intensamente para Bimo.

Bimo sorriu discretamente, parecendo ser alguém facilmente persuadido pelas opiniões dos outros.

"Não se preocupe comigo, Bar. Estou acostumado a ficar desempregado, e até amanhã, já terei conseguido um novo emprego."

"Pssh! Quem está pensando em você? Ah, você está planejando sair? Gostaria de pedir uma refeição, se tudo bem."

"Claro, sem problema. O que você gostaria que eu trouxesse?"

"Apenas uma marmita com arroz e o acompanhamento mais barato. Preciso começar a economizar agora."

"Tudo bem! Vou providenciar o seu pedido. Vou indo então."

"Espere, Bimo! Aqui está o dinheiro", chamou Bara, pegando uma nota vermelha.

Bimo riu baixinho, recuando para sair do quarto de Bara.

"Guarde. Eu vou te oferecer hoje", respondeu Bimo, fazendo Bara sorrir agradecido.

"Obrigado, Bimo. Prometo retribuir sua gentileza algum dia!" Bara exclamou, ainda audível para Bimo.

No fundo, Bara sentia-se grato, pois depois de perder dois amigos traidores, havia encontrado um verdadeiro amigo em Bimo...

"Bimo! Você é realmente gentil. Prometo retribuir sua gentileza, e a partir de agora, aceitarei a punição do meu pai, para realmente entender a dureza da vida", murmurou Bara com convicção. Então, começou a trabalhar com o smartphone que os seguranças haviam lhe dado outro dia.

Para começar seu trabalho como motorista de bicicleta por aplicativo. Antes de começar, Bara decidiu aprender primeiro sobre os requisitos e regras de ser um motorista de bicicleta por aplicativo.

*****

A manhã chegou despercebida, e depois de fritar um ovo que ficou marrom-escuro, Bara decidiu ir trabalhar.

Ele havia recebido várias solicitações para atender. Bara estava entusiasmado para começar seu novo emprego.

Essa nova animação até superou sua ambição ao competir por um projeto de bilhões de dólares.

Agora Bara sentou em sua motocicleta, sem esquecer de usar a jaqueta de mototaxi fornecida no armário.

Parecia que seu pai, Sr. Abraham, havia realmente preparado Bara para o novo papel como mototaxista, não apenas com uma jaqueta, mas também com luvas, um capacete barato e sapatos, todos guardados em um pequeno armário adornado com padrões do Doraemon no quarto.

Bara suspirou diante do retrovisor e Bimo, acabando de sair do quarto, sorriu ao ver as ações de Bara.

"Nossa...! Parece que você está preparado para o seu primeiro dia de trabalho! Te vi sorrindo o tempo todo," disse Bimo, que também estava em sua moto.

Bara devolveu um sorriso fraco, ouvindo o comentário provocador de seu novo amigo.

Bimo parecia cada vez mais curioso com a mudança repentina de Bara da riqueza para a pobreza.

"Você está certo, irmão! Por algum motivo, estou me sentindo muito animado esta manhã. Ah, você também está indo embora? Achou um novo emprego?"

"Sim. Recebi uma proposta em uma empresa privada. Não é uma grande empresa, mas estou disposto a tentar."

"É bom ouvir isso; espero que você consiga o emprego," Bara lhe desejou sorte.

"Obrigado pelos desejos, Bara. Espero que sua base de clientes também cresça."

"Haha...! Você sempre está tão otimista. Certo, estou indo," Bara disse, ligando sua motocicleta.

Bara começou a procurar o endereço na ordem, o calor da manhã parecendo insuportavelmente quente...

E ele começou a suar sob a jaqueta pesada, pensando consigo mesmo, "Ugh...! Então é assim que é ser um mototaxista. Essa roupa é tão quente e desconfortável... Aguente firme, Bara! Você consegue superar isso," sussurrou para si mesmo enquanto o suor escorria sob suas roupas.

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