Capítulo 4

Precisamente às dez da manhã, Bara havia acabado de chegar à empresa de seu amigo Panji.

Imediatamente depois, Bara caminhou em direção ao interior da empresa, após estacionar sua moto na área designada para motocicletas.

Agora, Bara estava diante das portas do saguão, e inesperadamente, seu caminho foi obstruído por um guarda que geralmente ficava próximo à entrada.

"Espera aí! Quem é você? Você não está autorizado a entrar neste escritório!" A declaração do guarda acendeu a fúria de Bara.

"Você não se lembra de quem eu sou? Eu sou o Bara. Um amigo próximo do dono desta empresa. Eu visito aqui com frequência, então é impossível você não me reconhecer! Guarda idiota."

"Realmente não sei quem você é! Então é melhor você não entrar neste escritório. Porque nosso CEO não quer te ver."

" Droga! Eu me recuso a obedecer suas palavras. Saia do caminho agora, ou pedirei para Panji te demitir, guarda miserável."

"De jeito nenhum! Eu não vou sair desta porta, porque são ordens do chefe."

"Tudo bem, se você não vai me ouvir, então sinta isso!"

Tac...

Com movimento rápido, Bara desferiu um chute no ponto sensível do guarda, fazendo-o cair no chão, lutando contra uma dor intensa.

Ao ver o guarda se contorcendo de dor, Bara correu rapidamente para o escritório de Panji. Os outros funcionários apenas assistiram, sem ousar bloquear a ascensão de Bara no elevador.

Agora, com o rosto cheio de raiva, Bara pretendia exigir de seu amigo Panji a demissão do guarda insolente.

"Maldito! Vejam como vou demitir todos vocês se ousarem obstruir minha chegada", Bara gritou com raiva.

Após pegar o elevador até o último andar, Bara chegou à sala especial do CEO.

Sem bater, Bara entrou, e a porta se abriu totalmente.

Lá estava Panji, seu amigo, sentado confortavelmente em sua cadeira executiva, com as pernas apoiadas na mesa...

Bara ficou de mãos na cintura e olhou furiosamente para o amigo.

"Seu bastardo, Panji! Você não viu que fui expulso pelo seu segurança do lado de fora? Ele não reconhece quem eu sou, Panji?" Bara perguntou com um olhar penetrante.

Para a fúria de Bara, Panji permaneceu em silêncio, oferecendo apenas um sorriso fino e zombeteiro, semelhante a alguém zombando.

Bara, ofendido pela atitude de seu amigo, deu um passo à frente com um estalido de língua enojado.

"Você está surdo ou o quê? Por que está apenas sentado lá sorrindo? Normalmente, você me cumprimenta com grande respeito e ouve minhas palavras, mas agora, você sorri como se estivesse zombando de mim. O que há de errado com você, Panji?" Bara perguntou, perplexo.

Panji apenas riu baixinho, aparentemente zombando das palavras de Bara...

"Você não percebe, Bara? Saia do meu escritório! Eu não tenho tempo para falar com você."

Bara sentiu uma onda de adrenalina; seu coração acelerou...

O que Panji queria dizer com suas palavras? Panji tinha amnésia, esquecendo quem Bara era?

"Pare de brincadeira, Panji. Não é hora de piadas. Eu vim aqui especificamente para pedir sua ajuda. Certamente, você deve estar disposto a me ajudar?"

"Quem está brincando, Bara? Você não consegue ver que estou cansado de te ver no meu escritório? Como você se atreve a pedir minha ajuda! Só para que você saiba, Bara. Nós não somos mais amigos desde ontem à noite. Eu terminei nossa amizade. Então saia agora, não volte à minha empresa."

"O que você quer dizer, Panji? Você ouviu rumores sobre mim?"

"Sim. Eu ouvi, Bara! Que você não é o herdeiro legítimo da fortuna da família Abraham. Você não é filho biológico do Sr. Abraham. Você foi apenas trocado no hospital. Todos nós ouvimos esse rumor, Bara, e eu não desejo mais me associar a você."

O coração de Bara se sentiu apertado. Como seu melhor amigo, a quem ele considerava como um irmão, poderia desprezá-lo e expulsá-lo tão cruelmente?

Enfurecido, Bara avançou contra Panji, ainda sentado, empurrando a cadeira que rolou para trás e bateu na parede com o empurrão de Bara.

Bara agarrou o pescoço de Panji com força, fervendo de raiva contra o homem desprezível.

"Me solta! O que você está fazendo, maldito Bara?" Panji gritou, lutando.

"Criminoso, Panji! Você é ingrato. Esqueceu o bem que eu te fiz só porque ouviu que não sou sangue dos Abraham - onde está a sua inteligência, seu bastardo! Você é verdadeiramente vil, Panji."

Tump, Tump...

"Ah... pare, me solta...!" Panji gritou por ajuda enquanto ambos caíam no chão, Bara golpeando o vil homem com socos.

"Mereça a morte, Panji! Homem ingrato, você esquece tudo que já fiz. Só para constar, se não fosse por mim, você não seria bem-sucedido como é agora. Vou ver o seu negócio falir, Panji!" Bara gritou enquanto continuava desferindo socos certeiros e Panji, recusando-se a desistir, contra-atacava. Eles continuaram trocando golpes.

Eventualmente, cinco seguranças chegaram para separar a briga.

Bara foi contido por quatro seguranças, impedindo-o de se mover livremente.

"Você é um homem detestável, Panji! Você me abandonou quando eu precisei. Você é como um feijão que esquece da sua casca. Espere só, vou te retribuir por isso!"

"Humpf! Diga o que quiser, agora você não é ninguém, Bara. Você é apenas um homem sem dinheiro e sem emprego. Ouvi falar de você, da sua mulher paga de ontem à noite. Agora saia do meu escritório, não vou me associar a um homem pobre como você. Um pedaço de lixo", Panji zombou desaprovadoramente, fazendo um gesto para os guardas removerem Bara imediatamente...

"Garantam que esse homem pobre não entre novamente no meu luxuoso escritório."

"Imediatamente, Senhor." foi a resposta coletiva, então eles puxaram à força Bara, firmemente segurado pelos quatro.

Resignado e sem resistência, Bara deixou o escritório com vingança fervendo em seu coração.

"Vou vingar essa traição, Panji. Você pode sorrir agora, mas uma vez que minha punição for servida, você será o primeiro que reduzirei a pó - aguarde minha vingança", Bara jurou silenciosamente. Agora, verdadeiramente descartado pelas mesmas pessoas que um dia o reverenciaram em sua juventude próspera...

Seu pai tinha razão: a sinceridade das pessoas é vista quando você cai e se torna pobre...

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