03

Quando Helena acordou naquela manhã ensolarada, os seus olhos estavam levemente inchados e a sua cabeça doía um pouco, então ela se levantou e logo correu para o banheiro, fez a sua higiene matinal e tomou um banho.

Como Helena planeja fugir dessa casa de loucos, ela vestiu várias roupas, uma por cima da outra, pegou a bolsa que costumava colocar o seu material escolar e também colocou algumas coisas, mas ainda deixou um pouco de espaço, pois ela possuía um plano.

Depois de pronta, Helena pegou os seus documentos e também o cartão dado por Michelle, como de costume, os seus pais ainda estavam dormindo, então Helena foi até a cozinha e tomou um pouco de café e em seguida deixou a mansão sem olhar para atrás.

Tudo parecia normal naquela manhã de segunda-feira, menos Helena, que no peito sentia um aperto sem fim. É difícil desistir das pessoas que amamos, mas era necessário e Helena não via outra alternativa.

Helena tinha pouco dinheiro para viajar, então ela se dirigiu até o shopping e procurou umas das lojas mais caras do lugar, chamou o gerente e após conversar com ele por quase uma hora,  enfim ela saiu de lá com um lindo sorriso estampada no rosto.

Todos que ali estavam, ficaram intrigados, pois ninguém sabia o que Helena foi fazer naquela loja, já que ela não carregava consigo nenhuma sacola.

Ao sair do shopping, Helena pegou um táxi e logo se dirigiu para uma estação de trem, ao chegar no local, Helena pagou a corrida, pegou as suas coisas e adentrou a estação.

Objetivando despistar os seus pais, Helena comprou bilhetes para várias cidades próximas de Paris, Chantilly, Chartres, Provins e Giverny. Enquanto aguardava a saída do trem, Helena procurou pessoas que quisessem os bilhetes que ela comprou a mais.

Por volta das 10:00h da manhã enfim chegou a hora de partir, ela estava indo para Giverny, mas tinha a sensação que o seu coração estava ficando em Paris.

“Deus, por favor ilumine os meus caminhos e me proteja de todo mal. Peço também que cuide dos meus pais, no entanto nunca mais quero vê-los", pensou Helena.

Estando parada no meio da estação, aquela correria para entrar no trem acabou que alguém esbarrou em Helena e ela quase caiu.

__Segura menina!-disse um lindo jovem enquanto colava o seu corpo no de Helena evitando que ela caísse e fosse pisoteada pelos transeuntes.

Seus olhares se encontraram, Helena ficou com muita vergonha, abaixou o olhar e logo falou:

__Obrigada moço, que Deus te pague por tudo-disse Helena e logo entrou no trem e para sua surpresa o jovem também fez o mesmo.

Em nenhum momento Helena percebeu que alguém a observa, também pudera, o trem estava lotado, e ninguém estava nem aí pra ninguém.

Sentada numa cadeira qualquer,  Helena estava distraída olhando pela janela, nesse momento alguém sentou-se ao seu lado e falou de repente:

__Oi, eu me chamo Daniel-falou o jovem que acabara de salvá-la de um grande  vexame.

Helena conheceu a voz,  mas nem se quer olhou para o jovem.

__Helena-respondeu ela em um tom baixo.

Não que Helena fosse mal educada, acontece que ela havia tirado o gorro que antes cobria a cicatriz e tudo que ela não queria era que o homem sentisse nojo dela.

O homem deu um pequeno sorriso e nada falou, apenas se ajeitou no banco e tratou de aproveitar a viagem.

Daniel é filho de um milionário e poderia fazer essa viagem de carro, no entanto ele queria aproveitar cada segundo de sua vida de solteiro, “sem rastros, sem explicações”, pensou Daniel.

Helena permanece estatística olhando pela janela do trem, a medida que ia se afastando de casa, Helena sentiu um misto de sensações estranhas, nessa hora ela começou a chorar, nem ela mesma seria capaz de apontar o motivo.

Daniel percebeu que ela estava chorando e antes que ele indagasse o motivo, o trem parou bruscamente, muitas pessoas acabaram caindo no chão, inclusive Daniel e Helena.

__Você está bem-perguntou ele enquanto a ajudava a se levantar.

__Sim, e você está bem?-perguntou Helena enquanto desviava o olhar, pegou as suas coisas e voltou-se a sentar.

__Eu já vi, não precisa ficar com vergonha, você continua sendo linda-respondeu ele enquanto pegava sua pequena bolsa.

Helena deu um pequeno sorriso, mas logo parou de sorrir pois achou que o rapaz só estava sendo gentil.

Nesse momento surgiu um grande alvoroço no fim do grande vagão, havia alguns homens armados e parecia estar procurando alguém, é desnecessário dizer que as pessoas gritavam muito e as crianças choravam sem parar.

__Ela está ali-gritou um deles, chamando a atenção dos outros.

Ao perceber que estavam apontando para ela, logo Helena começou a chorar,  ela achava que aquilo era obra de seu pai.

Vendo o desespero no rosto de Helena, Daniel logo falou:

__Vamos fugir, esses homens não parecem amigáveis-disse ele enquanto apontava para a janela e sem pensar muito sobre o assunto, Helena logo pulou a janela e correu na direção do mato que havia por toda parte.

Daniel também fez o mesmo, ele correu muito e acabou sendo alvejado, um tiro de raspão no braço e um tornozelo machucado, foi isso que ele ganhou por tentar ajudar Helena.

Ao se encontrarem um pouco mais a frente, Daniel pegou na mão de Helena e daí correram juntos mata a dentro, a todo momento eles olhavam para trás e quando perceberam que conseguiram despistar os bandidos, Daniel e Helena suspiraram aliviados, sentaram-se debaixo de uma grande árvore e Daniel falou primeiro:

 

__Você me deve uma explicação mocinha..e uma camisa nova-ele  falou ofegante enquanto verifica os seus ferimentos.

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Comments

Cida Reis

Cida Reis

já estou gostando desse livro

2024-05-10

0

Mary Silva

Mary Silva

quero ver quando a irmã descobrir que o noivo é novo e bonito

2024-04-01

8

Belminha Lins Belminha

Belminha Lins Belminha

Exatamente, e o com o noivo segue mesmo sem saber

2024-03-30

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