Cap Il A Origem da Família Quintino

Capítulo II

A Origem da Família Quintino

O que fazer então? A questão foi resolvida na madrugada de 14 de novembro de 1844, quando o general farrapo David Canabarro entregou seus Lanceiros desarmados ao inimigo, tudo previamente combinado com Caxias. E no serro de Porongos, hoje região de Pinheiro Machado (interior do Rio Grande do Sul), foi dizimada quase toda a infantaria negra, enterrando de vez a preocupação dos farrapos e acelerando assim a paz com o Império. A instrução de Caxias a um de seus comandados foi clara e objetiva: a batalha teria que ser conduzida de forma tal que poupar apenas e dentro do possível o sangue de brasileiros (e o negro era então tratado como africano, mesmo que já nascido no Brasil).

Alguns historiadores apologista ou folcloristas de CTGs consideraram aquela traição como surpresa, já que pela primeira vez que o então vigilante Davi Canabarro teria sido surpreendido pelo inimigo. Conversa fiada! Enquanto dispôs suas tropas negras de tal maneira que ficassem desarmadas e descobertas, algo que até então nunca havia feito, Canabarro se encontrava bem longe e seguro do local, nos braços de Papagaia, alcunha de uma amante sua.

Após o combate, um relato oficial avisou a Caxias que pelo menos 80% dos corpos caídos no campo de Porongos eram de homens negros. Calcula-se que, nos últimos anos daquele conflito, os farrapos ao todo somavam uns cinco mil homens, sendo que algo em torno de mil eram Lanceiros Negros. Após o Massacre de Porongos, restaram apenas uns 120 deles, feridos, alguns mutilados, que foram primeiramente enviados para uma prisão no centro do país e depois dispersados para outras províncias, ainda mantidos como cativos.

Feito isso, deu-se a chamada rendição e paz do Poncho Verde, onde senhores escravistas dos dois lados trocaram abraços e promessas de lealdade, logo depois, marcharam juntos e sob a mesma bandeira imperial contra o Uruguai, Argentina e Paraguai.

Naquele período até na Guerra, havia Discriminação e Racismo!

O racismo é de fato um distúrbio secular que ronda todos que nasceram com a porcentagem maior de melanina porque o problema da inferiorização do negro nunca deixou de existir. Segundo Manoel Quintino, não havia igualdade nas tropas Farroupilhas, muito menos democracia racial. A mentalidade acéfala e covarde é saber que os negros e brancos marchavam, se alimentavam, descansavam, lutavam e morriam todos separadamente. Os oficiais dos combatentes negros eram brancos, e jamais um negro daquele regimento chegou a um posto intermediário como sargento, tenente, mesmo que interinamente.

Outro detalhe covarde da história, aos Lanceiros Negros era vedado o uso de espadas e armas de fogo de grande porte. Eles não lutavam a cavalo, como costumam mostrar nos filmes e minisséries nas telonas, globo play e cia, mas sim a pé, pois havia o risco e o medo de eles se rebelarem ou fugir. Suas armas principais eram as grandes lanças de madeira que lhes deram nome e fama, algumas facas, facões, pequenas garruchas, os pés descalços, a bravura e o anseio pela liberdade prometida, a raça e perseverança que sempre falou mais alto nos Quintinos.

Segundo o bisavô o Sr José Francisco Quintino, (até arrepia a pele quando se fala nisso), os negros antes de irem para a batalha, pediam proteção aos seus orixás, e cada um deles parecia que se transformava, espiritualmente falando, cada Lanceiro era forjado pela proteção da sua fé e consequentemente da sua crença.

*Resumindo!

Segundo os ancestrais dos Quintinos, com a promessa da liberdade da escravatura, mesmo sem portar os armamentos compatíveis para uma batalha, tiveram competência e imponência nos campos da luta, eles eram fortes e ágeis, denotavam muita habilidade, espírito de guerreiros nas lutas em quanto que os pelotões dos brancos mesmo equipados com armas bélicas e uniformização condizente, não destacaram quanto aos negros Lanceiros.

Via-se que mesmo na guerra defendendo a mesma bandeira o preconceito nunca deixou de existir, notoriamente tinha o grupo dos negros e o grupo dos brancos, até onde se sabe e foi confirmado nenhum negro daquela época chegou a ocupar um cargo de alta graduação no exército brasileiro.

Na prática lutaram apenas com lanças, facões, algumas garruchas estavam o tataravô e o bisavô do Sr Lupércio Quintino enfim, a traição do Comandante Canabarro para não cumprir o tratado de liberdade lavrado com as lideranças negras, quase o regimento inteiro de soldados desarmados foram entregues à sorte e massacrados covardemente no Serro de Porongos, fato conhecido como "O massacre de Porongos"! Que traz até hoje muita tristeza não só ao sr Lupércio mas a toda nação brasileira por tamanha covardia, falta de caráter e respeito, quando a verdadeira história vem à luz do conhecimento.

No final da guerra e já quase totalmente derrotados, os farrapos reiteraram entre suas exigências para o Império que cumprisse a promessa de libertá-los no acordo fechado aos líderes Lanceiros em troca deles defender o Brasil na guerra mas, esse acordo não foi cumprido.

Todos queriam entregar-se e dar um cessar fogo para voltar à normalidade, o problema eram os Lanceiros e a promessa que lhes haviam feito, o Império escravista descumpriu o acordo.

Conforme foi dito anteriormente, infelizmente a questão dos Lanceiros foi resolvida na madrugada de 14 de novembro de 1844, o general farrapo David Canabarro foi desonesto traindo os seus Lanceiros todos desarmados entregando-os ao inimigo, tudo previamente combinado com Caxias (o famoso Duque de Caxias patrono do exército brasileiro). E no serro de Porongos, hoje região de Pinheiro Machado (interior do Rio Grande do Sul), foi dizimada quase toda a infantaria negra, enterrando de vez a preocupação dos farrapos e acelerando assim a paz com o Império.

Segundo o sobrevivente o Sr José Francisco Quintino bisavô do sr Lupércio, a absurda instrução de Caxias a um de seus comandados foi clara e objetiva: a batalha teria que ser conduzida de tal forma dentro do possível poupar apenas o sangue de brasileiros pois, os negros mesmo que nascidos no Brasil 🇧🇷 eram tratados como africanos (ficaram à mercê da morte).

Após o combate, um relatório oficial avisou a Caxias que pelo menos 80% dos corpos caídos no campo de Porongos eram de homens negros. Calcula-se que, nos últimos anos daquela conflito, os farrapos ao todo somavam uns cinco mil homens, sendo que algo em torno de mil eram Lanceiros Negros. Após o Massacre de Porongos, porém, restaram apenas uns 200 deles, feridos, alguns mutilados, e que foram primeiramente enviados para uma prisão no centro do país e depois dispersados para outras províncias, ainda mantidos como cativos. Feito isso, deu-se a chamada rendição e paz do Poncho Verde, onde senhores escravistas dos dois lados trocaram abraços e promessas de lealdade e, logo depois, marcharam juntos e sob a mesma bandeira imperial contra o Uruguai, Argentina e Paraguai.

A Apresentação da Família Quintino! A Quinta geração…

Sr Lupércio Quintino (chefe da casa)

Sra Cecilia Maura Quintino (esposa do Sr Lupércio)

Cachorro Vhirapitt (Pitbull da família)

George Quintino (filho mais velho)

Giuliano Quintino (filho intermediário)

Guilhermina Quintino (filha caçula)

Como vimos a origem da família Quintino, é uma família tradicional de negros onde o tataravô e o bisavô do Sr Lupércio Quintino na condição de cativos escravos lutaram nas guerras dos Farrapos em Farroupilha (a história já contada com detalhes), o clã é bem estruturado, mediano e de uma polidez impecável muito bem educados, eles são daquele tipo convencional de família onde os filhos são os chamados "raiz", no estilo benção pai, benção mãe, bênção bisa, bênção tios, avó, avô, foi um tempo em que beijar a mão dos patriarcas não era facultativo, era obrigatório, porque as bênçãos dos mais velhos eram consideradas sagradas, seguido de todas as formas de tratamento como, por favor, por gentileza, muito obrigado, me perdoa, me desculpe, com a sua licença, tudo isso era sinônimo de educação, finesse, etiqueta, caráter, disciplina e respeito, era assim que os Quintinos da quinta geração seguiram pelo tempo. Este modelo de educação dos Quintinos, era passado de pai para filho basicamente no mesmo padrão e qualquer deslize estava lá um antigão da hierarquia familiar para lembrá-los dos ensinamentos educacionais lá de trás. Posso sem nenhuma dúvida dizer que a Família Quintino era uma família iluminada e de muito respeito.

Eles são uns pretos acima da média, cultos, polidos e com muito esforço se tornaram abastados, quando falamos em esforço de um negro que cresceu socialmente pode multiplicar por 1000, como é sabido para um negro não é nada fácil, é tudo na base da perseverança, da insistência, resistência, muito estudo, esforço e chicotadas (no bom e real dos sentidos) a própria história da humanidade nos mostra isso, inclusive nos dias de hoje, sem a necessidade do famoso mi-mi-mi, basta seguir os caminhos da "Sapiência", andar na linha que os ventos sempre vão soprar à favor mesmo quando os obstáculos são terrivelmente difíceis.

(continua)....

Capítulos
1 Cap I A Casa Preta
2 Cap Il A Origem da Família Quintino
3 Cap III A Estrutura Familiar dos Quintinos
4 Cap IV A Estrutura Familiar dos Quintinos
5 Cap V O dia do 1º evento
6 Cap VI O Dia do 1º Evento
7 Cap VII Feijoada /A 4ª Semana no Espaço Cecilia Quintino
8 Cap VIII A 4ª Semana no Espaço Cecilia Quintino
9 Cap IX A Apresentação do Negro LouBrowei Silva's
10 Cap X O Velório da Família Quintino
11 Cap XI O Recomeço
12 Cap XII ArigatôArts1114.Okinawa
13 Cap XIII A Casa Preta (Evento)
14 Cap XIV A Casa Preta O Dia Do Evento Da Vela
15 Cap XV A Casa Preta (Evento)
16 Cap XVI A Casa Preta A Cultura do Saquê
17 Cap XVII A O Sr Lupércio Quintino, O Empreendedor!
18 Cap XVIII A Casa Preta Jean D'Poll
19 Capítulo XIX Saudades da minha Família!
20 Cap XX Homenagem à Donna Francescca mãe do Gran Chef Karllöw
21 Cap XXI A Psicografia
22 Cap XXII Lupércio Quintino O Sonho, Real...
23 Cap XXIII O Macho Alpha! A Prosa-poética
24 Cap XXIV *Macho Alpha a Prosa-poética
25 Capítulo XXV Sorria Mesmo que você não tenha motivos!
26 Capítulo XXVI A GRATIDÃO Superação!
27 Capítulo XXVII GRATIDÃO
28 Capítulo XXVIII Gratidão
29 Capítulo XXIX Retrato da Casa Preta!
30 Capítulo XXX Sr Lupércio Quintino O Emblemático da Casa Preta!
31 Capítulo XXXI O Sabor da Solidão
32 Capítulo XXXII Dr Horácio Porto
33 Capítulo XXXIII Sr. Lupércio Quintino com a Doença de Parkinson!
34 Capítulo XXXIV TRIBUTO A FAMÍLIA QUINTINO!
35 Capítulo XXXV ABSOLUTAMENTE IMPERATIVO
36 Capítulo XXXVI Os ensinamentos do Sr Lupércio Quintino
37 Capítulo XXXVII Em Solo Estadunidense !
38 Capítulo XXXVIII O 2º Dia na residência do Mr Franklin Smith
39 Capítulo XXXIX Ainda no Consultório do Neuro
Capítulos

Atualizado até capítulo 39

1
Cap I A Casa Preta
2
Cap Il A Origem da Família Quintino
3
Cap III A Estrutura Familiar dos Quintinos
4
Cap IV A Estrutura Familiar dos Quintinos
5
Cap V O dia do 1º evento
6
Cap VI O Dia do 1º Evento
7
Cap VII Feijoada /A 4ª Semana no Espaço Cecilia Quintino
8
Cap VIII A 4ª Semana no Espaço Cecilia Quintino
9
Cap IX A Apresentação do Negro LouBrowei Silva's
10
Cap X O Velório da Família Quintino
11
Cap XI O Recomeço
12
Cap XII ArigatôArts1114.Okinawa
13
Cap XIII A Casa Preta (Evento)
14
Cap XIV A Casa Preta O Dia Do Evento Da Vela
15
Cap XV A Casa Preta (Evento)
16
Cap XVI A Casa Preta A Cultura do Saquê
17
Cap XVII A O Sr Lupércio Quintino, O Empreendedor!
18
Cap XVIII A Casa Preta Jean D'Poll
19
Capítulo XIX Saudades da minha Família!
20
Cap XX Homenagem à Donna Francescca mãe do Gran Chef Karllöw
21
Cap XXI A Psicografia
22
Cap XXII Lupércio Quintino O Sonho, Real...
23
Cap XXIII O Macho Alpha! A Prosa-poética
24
Cap XXIV *Macho Alpha a Prosa-poética
25
Capítulo XXV Sorria Mesmo que você não tenha motivos!
26
Capítulo XXVI A GRATIDÃO Superação!
27
Capítulo XXVII GRATIDÃO
28
Capítulo XXVIII Gratidão
29
Capítulo XXIX Retrato da Casa Preta!
30
Capítulo XXX Sr Lupércio Quintino O Emblemático da Casa Preta!
31
Capítulo XXXI O Sabor da Solidão
32
Capítulo XXXII Dr Horácio Porto
33
Capítulo XXXIII Sr. Lupércio Quintino com a Doença de Parkinson!
34
Capítulo XXXIV TRIBUTO A FAMÍLIA QUINTINO!
35
Capítulo XXXV ABSOLUTAMENTE IMPERATIVO
36
Capítulo XXXVI Os ensinamentos do Sr Lupércio Quintino
37
Capítulo XXXVII Em Solo Estadunidense !
38
Capítulo XXXVIII O 2º Dia na residência do Mr Franklin Smith
39
Capítulo XXXIX Ainda no Consultório do Neuro

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