Primeira aula de sedução

O primeiro dia de Michael na mansão estava sendo normal, contando com o fato de dona Margareth e Meg o olhar com cara feia, as crianças por incrível que pareça estavam calmos e até esqueceram o lance de batizar o babá, depois que ele prometeu ensinar queimado as crianças.

Michael: Vamos lá crianças o Pietro vai começar com a bola, vocês tem que correr ou se não vai ser queimado.

Callie: Tá bom babá, Michael.

Ele riu e acenou para Jena a chamando para brincar com as crianças, porém ela não quis ir, pois Penélope ficou de começar suas aulas de sedução ali mesmo no jardim, enquanto ela olhava as crianças também sentada num banco perto da roseira.

Jena olhou Madeline um tanto desconfiada, quietinha parecia estar pensando com seus botões.

Jena: Ei não vai brincar de queimado?

Madeline: Daqui a pouco!

Disse sorrindo, já imaginando que a brincadeira de queimado foi uma ótima sugestão do novo babá. Apesar de Michael ter conquistado seus irmãos assim de uma hora para outra, Madeline ainda achava que tinha que pregar uma peça nele, assim como fez com todas as outras babás, afinal ele não seria o primeiro a sair ileso, e isso ela não ia deixar.

Penélope vinha toda animada com um caderninho, para em fim começar a primeira aula de Jena. Quando se deparou com Madeline passando por ela, Penélope franziu o cenho ao ver a filha longe dos irmãos.

Penélope: Uer o que aconteceu porque se distanciou do bando?

Madeline: Porque estou um pouco cansada mamãe Peh, eu vou beber um pouco d'água e ler um livro que é bem mais produtivo.

Penélope tencionou a testa olhando para a menina que não passava um ar de sinceridade, Madeline preferindo ler que brincar só em outra encarnação, ela pensou cismada.

Penélope: Tá legal, pequena leitora, depois quero ver o livro, e o que você aprendeu com a leitura.

A menina correu em disparada, Penélope mordiscou a pontinha da caneta olhando para Jena.

Penélope: Muito suspeito, você não acha?

Jena: Até de mais, mas mais suspeito ainda é aquele moreno lindo sorrindo direto pra mim.

Penélope olhou para Michael que acenou abrindo um sorriso perfeito.

Penélope: O salafrário é bonito mesmo.

Disse rindo, Jena suspirou ao falar.

Jena: Vamos logo começar as aulas de sedução Penélope, que eu tou louquinha pra seduzir aquele gatinho. Aiii Penélope, ele tem uns braços fortes né?!

Falou se abanando, Penélope riu.

Penélope: Eu só tenho olhos pro meu pãozinho, Jena. Já que você tocou no assunto, anota aí. Nunca fazer propagando do seu boy para as outras mulheres, ou elas podem ficar interessadas e vai querer ciscar no seu terreiro.

Jena: Está bom, nunca falar os atributos do boy.

Disse notando no caderninho.

Penélope: Segundo na lista, finja que ele não te interessa, que você não tá nem aí pra ele. Vamos passar por ele agora e as crianças e se ele falar finja que não ouviu.

Penélope se levantou e pegou na mão de Jena, as duas passaram pela quadra onde as crianças estavam. E Michael olhou para as duas cumprimentando.

Michael: Oi Penélope, Jena querem participar?

Penélope: Não Michael, estou grávida esqueceu se essa bola pegar na minha barriga é um perigo.

Disse acariciando o pequeno ventre ainda imperceptível, Michael olhou para Jena esperando ela responder, a mesma fez se de desentendida e o ignorou, o deixando sem saber o que ele tinha feito de errado.

Jena: Penélope vamos até à cozinha, eu vou preparar um refresco pra as crianças.

As duas saíram, Jena quis olhar para trás, mas Penélope lhe deu um beliscão quando ela ia virando o rosto.

Jena: Aii Penélope, assim também não né. Já basta a Meg arrancando minhas orelhas e agora a dona Margareth que por Deus, vamos colocar logo uma vassoura atrás da porta pra essa mulher ir embora.

Penélope: O Anthony vai falar com ela hoje a noite quando vier do trabalho, ela precisa ir cuidar das coisas na fazenda e nós precisamos de sossego.

Ao entrar na casa Penélope lembrou de mais uma dica infalível e mandou Jena anotar.

Penélope: Ah, é bom fingir que você tem outros contatinhos sabe, pra mostrar pra ele que você é bem disputada.

Jena cruzou os braços bufando.

Jena: A única disputa que faço parte é entre a Meg e a dona Margareth, pra saber quem vai puxar minha orelha primeiro.

Penélope: Jena você nunca recebeu cantada dos funcionários da mansão?

Jena: Nunca, sabe todo mundo tem medo da Meg. Agora imagine se ao invés de sobrinha eu fosse a filha, ela era capaz de colocar cadeados na minha calcinha.

As duas riram passando pela cozinha onde Meg e dona Margareth estavam conversando.

Margareth: Senta aqui Penélope vou te ensinar a fazer crochê, para quando estiver de bobeira ir confeccionando as roupinhas dos trigêmeos.

Penélope vendo dona Margareth com aquela agulha achou melhor se afastar, ela já não era confiável com as mãos limpas imagina armada.

Penélope: Dona Margareth sou péssima com trabalho manual, não se preocupe que os sapatinhos e roupinhas já compramos feito.

Margareth: Mas qual é a graça de comprar feito, sendo que você mesmo pode fazer com muito amor e carinho.

Margareth se levantou colocando nas mãos de Penélope agulha e linha a sentando na cadeira, Penélope olhou para Jena em desespero.

Jena sorriu vendo dona Margareth explicar as coisas pra Penélope com a agulha apontado para ela, no mínimo um tanto ameaçador. Quando ela ia tentar ajudar a patroa das garras de dona Margareth, Meg pegou no seu ombro.

Meg: Seu pai ligou e já sabe do beijo porque eu contei, me falou que se você não entrar nos eixos ele vem te fazer uma visita com seu amigo cipó.

Jena ao ouvir aquilo ficou mais branca que goma, se Meg já era impossível querem dirá seu Vitorino pai de Jena, um senhor casca grossa enraizado por costumes antigos.

Jena: Meg você está me saindo uma ótima fuxiqueira.

Jena disparou fazendo Meg ficar pistola, ela correu pra não ter a orelha arrancada. Penélope tentando se livrar de dona Margareth, lembrou de levar o refresco para as crianças que Jena havia esquecido.

Penélope: Dona Margareth eu tenho que levar o refresco para as crianças que estão na quadra esportiva.

Disse entregando as coisas para ela, tentando escapar.

No quarto dos pais, Madeline pegava o creme depilatório de Penélope e enchia a mão com um sorriso maquiavélico no rosto. Ela desceu as escadas um tanto sagaz e correu para a quadra, chegando lá escondeu a mão sorridente.

Madeline: Oii babá cabeludo.

Michael que agora jogava bola com Pietro e as meninas, olhou para Madeline.

Michael: Oi quer vir brincar agora?

Madeline sorriu indo até ele.

Madeline: Michael eu posso te dar um abraço de boas-vindas.

Michael estranhou o pedido repentino da garotinha, pois desde que chegou ela foi a única que não quis participar das brincadeiras que ele propôs. Mas achou que ela estava apenas com vergonha por ele ser novato no cargo e não ligou muito, ele se curvou para receber o abraço da menina que tirou a mão de trás das costas e passou na sua cara dando risadas.

Michael: O que é isso?

Perguntou passando a mão no rosto, e cheirando o creme desconfiado, enquanto a menina dava altas gargalhadas.

Madeline: Creme depilatória é melhor correr ou vai ficar sem pelos no rosto, a Peh usa isso para tirar o bigode.

Disse zombando, Michael se desesperou, pois estava ardendo já e correu para dentro da mansão para tentar tirar aquilo ou ia perder o cavanhaque no qual tanto zelava.

Lily: A mamãe não tem bigode, Madeline.

Disse a menininha defendendo a honra de Penélope.

Pietro: Eu vou contar pro papai Madeline que você vai deixar o meu babá careca.

O menino falou apontando para ela.

Callie: Tadinho do Michael porque você fez isso Madeline?

Madeline revirou os olhos achando que os irmãos tinha se rendido facilmente ao novo babá.

Michael passou como um relâmpago entrando no banheiro social, e tirou rapidamente o creme depilatório do rosto, com ele boa parte de seu cavanhaque.

Michael: Que garotinha atentada, e agora como vou fazer só um meio pedaço de cavanhaque?!

Se perguntou acariciando o tufo de pelo que desprendia do rosto a medida que ele passava a mão.

Penélope que ia levando a bandeja com refresco com auxílio de Jena por pouco não derrubou tudo no chão com o corre corre dos filhos, Jena ainda deu uma rodopia fazendo os biscoitos saltarem e voltarem para a bandeja novamente.

Jena: Quem foi que abriu a porteira dos bezerro!

Penélope: Parem de correr ou vão cair e se machucar.

Pietro: Mamãe Peh, foi a Madeline que deixou ele careca.

Lily: E disse também que você tem bigode mamãezinha.

Callie: Eu vi tudo, a Madeline passou nele.

As crianças falavam ao mesmo tempo, e Penélope e Jena tentavam assimilar o acontecido, mas depois de ouvir que ela tinha bigode Penélope ficou pistola.

Penélope: Como é que é? Posso saber quem falou que eu tenho bigode?

Penélope perguntou injuriada, Jena franzindo os olhos para ver se ela tinha mesmo.

Jena: Mulher que tem bigode nem o cão pode Penélope.

Riu, fazendo Penélope querer jogar aquela bandeja na cabeça de Jena. Mas isso ficou por segundo plano, pois quando viram Michael se aproximar todos começaram rir do rapaz que agora só tinha metade de um cavanhaque e meio pedaço da sobrancelha.

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