Capítulo 13 ( O inferno Caccini )

Noah guiou a cunhada até a mesa ao encontro de sua esposa, Bianca se abraçou firme a irmã, os olhos chorosos eram enxugados com a descrição necessária para não chamar atenção,Eloíse era uma garota tímida, ficou ainda mais fechada depois que seu breve romance com um homem comprometido se espalhou em Sicília, o estrago não havia sido maior graças a Vincenzo que abafou tudo a panos quentes prezando pelo nome do filho.

Eloíse Lucchese 16 anos

A festa já estava animada e o convidado de honra sequer havia chegado, Dominique Caccini era do tipo inconsequente e cheio de marra, vinha comandado os negócios desde que seu avô e o último Don de cosa nostra se aposentaram, O rapaz era a dor de Cabeça da família, Vinha trazendo sérios problemas ao conselho desde que decidiu fazer do seu território em Veneza uma cópia exata das favelas Brasileiras, viciados estavam se amontoando pelos becos da cidade e os soldados a quem ele chamava de vapor distribuiam cocaína pura de graça na intenção de deixá-los ainda mais dependentes, o plano do jovem funcionou os negócios cresceram e em pouco tempo o mesmo conseguiu triplicar o ganho da facção o que o vinha tornando mais forte que os últimos líderes que passaram pelo trono.

— Dominique Caccini.

Ethan falou discretamente ao irmão enquanto encarava a porta de entrada, vestido com um terno caro sem gravata o jovem cruzou o salão, as tatuagens cobriam quase por completo seu corpo e nem mesmo as roupas caras conseguiram esconder sua existência , ao seu lado uma linda meretriz carregando em seu pescoço uma coleira de diamantes cravejada com o nome do rapaz.

Dominique Caccini 30 anos

— Ethan e Noah Leclerc.

Ele disse com um sorriso debochado em seu rosto.

— Mais de dez anos morando em Veneza e esse é o primeiro convite que recebo para jantar.

Os irmãos se entre olharam, eram espertos demais para não notarem as más intensões na voz do rapaz, Dominique não estava alí para um encontro amigável e isso era fato.

— Não tivemos uma oportunidade antes mais que bom a termos agora, não acha?

Noah respondeu com falsa gentileza, era como um tubarão sentindo o gosto de sangue na água, encurralava a presa com uma delicadeza cirúrgica na espera da hora exata para atacar.

— Vejam quem chegou.

Dominique sorriu colocando as mãos em seus bolsos, pelo Salão caminhou Martin Gutierrez em direção aos três homens.

— O que esse pau no cú do ca*ralho está fazendo em minha casa?

Ethan rosnou alto, naquele momento Noah sabia, as coisas haviam desandado e não terminariam bem.

— Eu o convidei, disseram que o jantar era em meu nome, nada mais justo que meus aliados estarem presentes não acha?

Noah Segurou o irmão discretamente.

— Fique calmo.

Sussurrou quase inaudível.

— O lugar está cheio de mulheres inocentes Ethan, a minha esposa está aqui e não vou colocá-la em risco, é exatamente o que ele deseja.

Os olhos de Dominique brilhavam malignos.

— É um prazer revê-los lordes Imperadores.

Martin os cumprimentou estendendo a mão quê ambos ignoraram.

— Quero trocar algumas palavras com você a sós, pode me acompanhar até o escritório?

Noha disse a Dominique ignorando a presença de Martín.

— Claro que quer.

O seguiu em silêncio deixando Ethan e o homem sozinhos.

— Linda casa imperador.

— Cale a porra da boca seu monte de merda, não abuse da sorte pois se essa sala não estivesse tão cheia meus empregados estariam secando seu sangue desse piso.

Falou no exato momento em que Charlotte se aproximou, estava cansada e seus pés doíam pelos saltos.

— Senhor, ainda ira precisar de mim? se não for me permita voltar aos meus aposentos, trabalhei o dia inteiro estou cansada.

Martin riu alto e exageradamente.

— Não.

Falou em gargalhada.

— É a filha de Osiris Mazzini? Você é mesmo cruel Leclerc, soube por más línguas que a havia feito prostituta em um de seu bordeis mais continuar com ela, depois do que fez a sua família, e a expôr dessa forma na frente de todas essas pessoas logo após empalar a cabeça de Seth em praça pública é sem dúvidas uma jogada de mestre, quem em sã consciência se levantaria contra tal realeza.

—O que ele disse?

— Charlotte me deixe explicar.

— O que ele disse?

Estapeou Ethan com toda sua força, naquele momento a música havia parado e ambos tinham a atenção de todos voltada para eles.

— Eu precisava mata-lo, precisava dar um fim no que aquele homem representava, para nós termos uma chance.

— Uma chance? nós?

Ela disse Entre os dentes, lágrimas já lavavam seu rosto.

— Que tipo de relação acha que teríamos Ethan, depois de tudo? de todo mal que fez a minha família, me deixou órfã, sozinha e sem ninguém no mundo.

— Você tem a mim.

Tentou toca-la.

— Não eu não tenho, não tenho e não quero, pois quando eu saír por aquela porta eu vou me empenhar em esquecer sua existência, vou reconstruir minha vida e encontrar minha felicidade mais escreva o que eu digo Ethan.

Ele a olhou com olhos vazios.

— Não descansarei antes de destruí-lo, você e todos que ama assim como fez comigo.

Deu as costas ao homem que antes de alcança-la foi parado por Martin.

— A deixe ir imperador, sei bem como são essas puti*nhas vindas de berço de ouro, ruins de cama e com o rei na barriga, falando nisso, como anda Enola?

Aquele foi o estopim, diante de todos não estava mais Ethan Leclerc, estava o Demônio que possuia seu corpo, em fúria e completamente cego de ódio socou com uma força descomunal a Face de Martin que caiu para trás, montado sobre ele Ethan batia de forma acelerada revesando os punhos repetidas e repetidas vezes sem pausa, o sangue não demorou para jorrar fluido e vívido, a face esmagada do homem estava irreconhecível quando com os próprios dentes Ethan rasgou sua jugular, os gritos soaram alto,uma desordem generalizada tomou o lugar enquanto Bianca e a irmã se abraçavam em pânico em um canto da sala.

— Você e seu irmão são ótimos anfitriões.

Dominique riu acendendo um cigarro assim que retornou a sala ao lado de Noha.

— Então temos um acordo?

— Não estaríamos tendo essa conversa se não tivéssemos.

Apontou para Ethan coberto de sangue como um animal.

— Seu irmão tem problemas cara*lho, se quer um conselho o coloque em uma coleira ou não restaram aliados nem rivais, na verdade não vai sobrar merda alguma.

— Cuide da porra das suas bocas de fumo, minha família não é assunto seu.

Dominique riu erguendo as mãos em rendimento.

— Os vejo novamente em duas semanas como foi combinado, e Noha.

Olhou para Eloíse antes de falar.

— Espero que ela seja exatamente tudo o que me disse ou seremos nós dois os próximos a acertar as contas.

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