Capítulo 8 ( Não acredite em seus olhos)

* Noah Leclerc

Sentado em um dos luxuosos divãs de Deslumbre a boate na qual passo a maior parte do meu tempo assisto o show particular mais entediante que já vi na vida, sob o palco gigantesco a minha frente duas prostitutas nuas dançam e se movem ao som da música atreladas ao poli dance, rodeado de meretrizes que ignoro completamente enquanto rebolam em meu colo tento tirar da cabeça a diaba que tem me enlouquecido.

— Saim de cima ca*ralho, se não sabem mexer esse rabo não deveriam estar trabalhando na porra de um bordel.

Praguejo levando a boca o copo de whisky que tenho as mãos e elas se espalham pelo salão, por algum motivo não consigo me concentrar no que sempre foi meu divertimento favorito, bebidas caras e mulheres baratas é o playground dos putos como eu, para minha desgraça o que era o paraíso se tornou monótono e sem graça desde a chegada dela, Bianca a única mulher que meu dinheiro não pôde comprar e que por ironia do destino deveria me pertencer, sobre a mesa espalho as finanças das casas noturnas gerenciadas por minha família e não preciso de muito para perceber o rombo gigantesco que os enfeita, é a porra da recompensa que se recebe em confiar a ratos os negócios que só podem ser feitos por um Leclerc, não sou o tipo de homem que gosta de sujar as mãos mesmo que saiba fazer isso muito bem quando julgo necessário, peço a um dos seguranças que procure por Ethan mais antes que ele dê as contas sei que não será necessário, meu irmão causa nas pessoas um pavor anormal, talvez a lista de mortos que enfeita seu nome seja o motivo de todo pavor mais sei bem que nem todas foram realmente seus feitos, um bônus de quando se é louco com uma cópia exata sua tão perturbada quanto você, sei que Ethan está na boate sem sequer ter visto sua face pois a casa noturna parou e o caus se instalou no lugar,prostitutas e barmandes tropeçam em seus próprios pés procurando um lugar seguro para se esconder.

— Enfim ouviu meu conselho? veio comer umas putas para acabar com seu mal humor?

Digo tentando arrancar um sorriso do rosto sombrio a minha frente e falho miseravelmente.

— Sabe que pra mim isso tudo perdeu a graça.

Ele aponta para as vaga*bundas seminuas encima do palco e não posso impedir que as lembranças me encontrem, Ethan nunca foi o mesmo desde aquele maldito dia.

— E a filha do Mazzini? o que fez com o corpo? enterrou com o pai ou nos fundos da boate como fez ao tio?

— Está na minha casa.

— Sabe que corpos apodrecem não é mesmo?

rio e ele me encara em profundo silêncio.

— Merda, não a matou não é mesmo? porra eu disse ao papai que não a mataria.

— Sei o que estou fazendo Noah, não está falando com um menino.

— O quão fodida ela está?

pergunto e ele sorri de forma assustadora.

— Não sei, acho que eu e você damos significados diferentes a palavra fodida.

— Tá tre*pando com ela?

Minha voz sai como um grito.

— Esse é o menor dos problemas acredite.

Ele passa as mãos pelos cabelos.

— Mais essa cara preocupada não tem nada haver com quem eu ando tran*sando não é mesmo? qual o problema.

Jogo os papéis sobre seu colo e ele arqueia uma de suas sombrancelhas ao olha-lo.

— Cac*ete, já contou isso a eles?

— Papai e mamãe ainda não Sabem,Pensei em resolver entre a gente, já faz um tempo não é mesmo? que a gente não sai pra se divertir juntos, proponho um jogo.

Ele acende um cigarro.

— Quem trazer a cabeça de mais traidores fica com o Porsche vermelho que está na garagem.

— O da Maribel? ela vai surtar.

— Essa é a graça.

Me levanto sendo seguido por ele, entramos no carro em direção ao Cassino dos Andreta, ainda dá porta os homens do covarde traidor tentam nos interceptar, nas mãos de Ethan duas semi automáticas carregadas até a boca que parecem brincar de tiro ao alvo com os soldados diante dela.

— Yago.

Grito alto sabendo que seja lá onde ele esteja irá se esconder feito rato ao ver a trilha de corpos espalhados pelo salão, sangue vivo enfeita minhas roupas e as de meu irmão quando arrombamos a porta do escritório, os olhos do consigliere de Camorra parecem querer saltar para fora junto com a pouca coragem que o resta.

— Não me oferece uma bebida?

Pergunto puxando uma cadeira enquanto Ethan gira com as pontas dos dedos repetidamente o tambor da arma, cada clique do encaixe das balas faz o ladrão de merda se tremer de medo.

— Eu, eu ia mesmo procurá-los meus imperadores.

Ele gagueja enquanto de suas pernas escorrem fluidamente seu mijo.

— Algum problema Yago? não intendo muito dos costumes Russos mais acho que não é tradição no seu país receber seus clientes todo molhado.

— Estava fazendo a contabilidade e descobri alguns pequenos erros de cálculo.

— Pequenos erros... pequenos erros.

Digo em sussurro enquanto calço em minhas mãos o soco inglês dourado que tenho em meu bolso.

— Tenham piedade eu imploro.

Ele diz se afastando de nós até que seu corpo toque a parede, caminho até ele e o agarro com força pelo pescoço.

— Confesso que nenhuma morte será para mim tão insignificante quanto a sua, sujar minhas mãos com um pau no cú* do cara*lho como você é como se afundar em merda.

Soco com tanta força seu rosto que posso ouvir os dentes em sua boca se quebrarem, golpes repetidos ecoam e ecoam como canção para meus ouvidos, Ethan assobia alto enquanto brinca como uma criança travessa com as peças de xadrez sobre a mesa.

— Era um terno de marca, me deve um novo.

Ele fala sem me olhar enquanto encara as roupas em seu corpo.

— Não deveria deixar você começar,nunca sobra muito pra mim.

Se levanta da mesa arregaçando as mangas da camisa, o corpo imóvel de Yago grune como porco quando Ethan se inclina sobre ele, até mesmo eu que acreditava ter estômago forte tive que desviar o olhar para não ver, o quão macabro e doentio é vê-lo esqu*artejar o homem vivo e mastigar seu coração que ainda pulsava.

— Isso não era necessário Ethan.

Digo e ele sorri, tenho que admitir que as vezes seu jeito sádico me assusta, quando me deixa em casa custo a tirar da cabeça a cena que assisti, assim que cruzo a porta os olhos assustados de Bianca me encaram.

— Meu Deus, o que houve? está ferido? onde...me diga.

— Não...eu.

Penso um pouco decidindo aproveitar a deixa.

— Sim...dois homens, armaram para mim.

Falo aceitando seu ombro enquanto suas mãos delicadas me amparam.

— Onde dói, precisa de um médico?

me deita sobre o sofá enquanto sobe as escadas correndo voltando pouco tempo depois com uma pequena agenda nas mãos.

— Droga, mais que droga Bianca.

Ela repeti baixinho e tenho que segurar o sorriso bobo que tenta brotar em meu rosto.

— Não tem o número de nenhum hospital ou médico nessa porcaria, pedi a empregada que os anotasse pra mim.

Ela joga sobre o sofá e gemo de forma exagerada.

— O que faço?

Ela me encara em Pânico.

— Curativos.

— Onde ficam?

— No armário mais vou precisar de um banho antes.

Seus olhos azuis me fitam e pela primeira vez na vida tive vontade de me afogar na imensidão daqueles dois lagos cristalinos.

— Banho?

Ela balbucia as palavras em sussurro.

— Sim....aí...

Se aproxima enquanto me apoio em seu corpo esquio, Bianca abre a porta do meu quarto me guiando até o banheiro, já dentro do box me ajuda a tirar minhas roupas com a face corada mais linda que já vi, escorado a parede deixo a água cair sobre meu corpo vendo a mesma percorrer também a pele macia e clara da pequena mulher diante de mim, os mamilos rígidos marcam na peça fina de seda de seu vestido enquanto as gotas escorrem por seus lábios descendo pelo vão de seus seios, meu corpo se enche de tesão e nesse momento tento esconder sem sucesso meu pau gritando dentro da box.

— Não entendo.

Ela diz enquanto os olhos preocupados vasculham meu corpo.

— Onde está seus ferimentos?

— Haan, ééé.

— Não acredito, era tudo mentira?

Ela me estapeia repetidas vezes e eu a seguro puxando pra mim.

— Desse jeito vou precisar mesmo de um médico.

— É o que merece, não pode brincar assim está me ouvindo, não pode.

Seus olhos se enchem de lágrimas e nesse momento me sinto um completo imbecil, encosto seu corpo contra a parede enquanto uma de minhas mãos toca sua face limpando com as pontas dos dedos as lágrimas que escorrem no canto de seus olhos, envergonhada ela tentar fugir de meu domínio.

— Está chorando por mim?

— Achei que estava machucado.

Choraminga abraçando meu corpo eu seguro seu pequeno rosto em minhas mãos.

— Desculpe, não deveria ter mentido.

— É só o que faz desde o dia em que te conheci, mentir e trair, não merece minhas lágrimas.

Sei que ela está certa mas me recuso em deixa-la ir, a beijo e mesmo relutante ela corresponde, seus lábios quentes e fartos queimam como brasa em contato com os meus, enquanto minha língua desliza para dentro de sua boca minhas mãos adentram a peça fina que molhada está colada ao seu corpo, sua pele macia é como uma droga e eu um viciado em completa abstinência.

— Não posso.

Geme em meus braços enquanto massageio sultimente seus seios sobre a roupa, lambo devagar a lateral de seu rosto deixando uma trilha vermelha em suas bochechas e pescoço.

— Porque? é minha esposa Bianca, não seria errado não é.

Sussurro em seu ouvido e seus olhos se fecham junto ao corpo que se arrepia.

— Você quer?

— Quero...mais...

—Deixa rolar, vai ser gostoso eu juro.

Súplico já tirando suas roupas, quando enfim a deixo nua ela me encara chorosa.

— Não posso, não é assim que eu sonhei Noah, quero me entregar por amor, e você não me ama não é mesmo?

Permaneço em silêncio, não sei o que responder, Bianca me desperta coisas que nunca senti mais como saber se é amor se não o conheço?

— Seu silêncio é o suficiente.

Ela cata do chão as peças que vestia.

— Precisa mesmo ser tão radical? porra eu gosto de você, gosto mesmo Bianca.

— Não é o suficiente, só me terá por completa quando seu coração for meu.

Sai me deixando sozinho, tudo que eu o desgraçado mais fodido do mundo precisava, ser largado exitado e de pau duro, enquanto me acabo em p*unheta, imaginando fod*er a filha da puta mais linda que meus olhos já viram.

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