Capítulo 7 ( Bem vinda ao meu inferno particular)

*Ethan narrando

Assim que meu carro adentra os portões da mansão em que moro um dos meus funcionários caminha até ele, abre a porta do veículo sem sequer me olhar nos olhos,a expressão de medo enfeita seu rosto de forma satisfatória para mim, em totalidade aqueles que me cercam me temem por ser o monstro que sou, confesso que não me orgulho da figura que tenho encarado todos os dias diante do espelho mais é ela quem tem me feito companhia no inferno em que me aprisionei todos esses anos, me afastar de tudo aquilo que amo na vida foi difícil no começo, crescer em um lar repleto de companheirismo e afeto é capaz de fazer fraquejar até o mais cruel dos homens e não fujo a porra da regra, minha família é assim, uma mãe presente e acostumada a ter todos debaixo de suas asas transforma até mesmo um psicopata como eu em um" homem de bem" ou quase! por mais que eu saiba quanto minha ausência e afastamento os tem magoado não tenho dúvidas de que tenha sido a melhor escolha, hoje estou sozinho no labirinto em que eu mesmo construí para mim, de volta ao Fort onde muitos de meus inimigos conheceram um lado não muito humano de Ethan Leclerc desço a espera de que Ernesto abra a porta do passageiro para que Charlotte se junte a mim, como não é surpresa a princesinha dos Mazzini me provoca se recusando a sair, minha cabeça está em total frenesi desde o momento em que essa mulher foi entregue a mim,ainda não sei como dar continuidade ao plano que tinha traçado para ela desde que soube de sua existência, por ironia do destino ou de alguém em um lugar fantasioso brincando de ser Deus descobri que o prazer que a muito jurava não mais existir pode ser sentido em seus braços, como posso sentir tesão no corpo da mulher que mais odeio no mundo? pergunto para mim mesmo sabendo que não tenho a resposta.

— Saía, ou eu mesmo a arrancarei daí.

Digo sem qualquer gentileza e ela me encara com um olhar profundo, as duas esferas verdes a quem chama de olhos brilham como esmeraldas em seu rosto, navalhas que parecem tentar lacerar minha alma, a porra da alma que não tenho.

— Já teve de mim o que queria, porque me trouxe para cá? me leve para casa.

Jamais conheci uma mulher que me tirasse tanto do sério, a agarro pelo braço com mais brutalidade que pretendia e ela grita.

— Aí,me solte seu calhordas.

Esfrega onde pressionei e eu recuo apesar de não merecer minha compaixão a tem.

— Faça o que estou mandando Charlotte, não vai querer me ver irritado.

Digo com frieza e nesse momento já vejo os soldados se embrenharem pelos corredores da mansão, Charlotte é a primeira mulher que trago a minha casa e sem dúvidas isso chamou atenção para essa merda de circo que estamos armando, assim que adentramos a sala de star Ernesto a encara com curiosidade, é uma ânsião de meia idade e o melhor, discreto quanto as atrocidades que tem visto dentro do meu pequeno inferno particular.

— A senhorita irá se instalar em seus aposentos ou ficará no quarto de hóspedes patrão?

encara as mãos esperando por minha resposta.

— Nenhuma das opções Ernesto.

Digo colocando as mãos em meus bolsos e uma expressão assustada toma a face do homem diante de mim, meu funcionário a muito tempo sabe que um sorriso meu sempre vira acompanhado de algo cruel.

— Charlotte é minha nova empregada, a ponha em um dos quartos para funcionários, está aqui para me servir, começará cuidando da limpeza e de todos os serviços da mansão.

Os olhos do mesmo se arregalam no rosto, enquanto a pequena mulher me confronta.

— Por onde começo?

Ela diz como se já tivesse feito isso alguma vez em sua vida, as mãos finas e delicadas gritam exatamente o contrário.

— Imperador, Devo chamar algumas funcionárias para ajudá-la? a mansão é enorme levará dias para terminar apenas a parte de baixo.

—Não tenho pressa.

Sorrio e ela se aproxima bruscamente me pegando de surpresa.

— Por quanto tempo mais terei que ser seu brinquedo para que o deixe ir? para que deixe meu tio Seth em paz?

Não posso negar que por menor e mais frágil que seja Charlotte é uma mulher de coragem, poucos sobreviveram por fazer bem menos do que o que ela acaba de fazer, me enfrentar na frente de meus homens.

— Com licença patrão.

Ernesto deixa a sala tropeçando nos próprios pés, é visível que teme o que vira a seguir.

— Sou um homem apegado as coisas que me pertencem, geralmente as mais insignificantes e de menor valor ganham minha afeição, você sem sombra de dúvidas é a mais barata das minhas aquisições, talvez jamais me canse de tê-la enfeitado minha estante.

— Porque gastar seu precioso tempo comigo?era meu corpo o que queria e já o teve, encontre algo mais interessante para distraí-lo, diz me odiar, odiar minha família mais jamais será um terço do homem que foi meu pai.

Sua soberba e desdedem ainda estão alí, parecem ser o que seguram as lágrimas que marejam o canto de seus olhos, lágrimas que não descansarei até vê-las cair.

— Sabe princesa.

Me aproximo de seu corpo tocando sultimente seu queixo, ela se afasta me fazendo sorrir.

— O sexo que fizemos mais cedo? parece ter gostado bastante pela quantidade de vezes que a tenho pego encarando meu corpo, mais quer saber de uma coisa? não pretendo repeti-lo tão cedo, talvez se me implorar de joelhos como fez no chão daquele bordel sujo, já tive em minha cama prostitutas drogadas mais quentes e excitantes que você então não se dê tanto valor.

Minto sabendo que ela me deu o orgasmo mais gostoso que senti na vida.

—Sim eu posso encontrar algo mais interessante como você mesma já disse,mais nada tão divertido como a filha prostituta do meu querido amigo Osiris.

Ela me estapeia com força.

— Vai se arrepender dessas palavras, eu juro que vai.

Ergo uma de minhas sombrancelhas fechando os olhos, tento a todo custo conter o demônio aprisionado em meu peito que nesse momento luta para devolver a gentileza.

— Vai se cansar esperando, ia pedir para fazer isso sentada mais tem muito serviço a sua espera.

lhe dou as costas subindo as escadas, ainda dos degraus posso ouvir seu choro e um aperto inexplicável toma meu peito.

— Foda-se Ethan, não vai ter pena dela.

Repito para mim mesmo.

— Esse é só o início da sua vingança.

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