capitulo 4

No primeiro dia de aula, Dafne e Ana vão para escola, durante a palestra de boas-vindas, ao olhar para os lados Dafne percebe que todos os alunos estavam acompanhados pelos pais, por mais que ela gostasse da Ana, ela queria ter mais a presença dos pais em sua vida, mas ela sabia que não passava de um estorvo para ambos.

Depois que termina a apresentação de boas-vindas, a diretora Marcia, começa a apresentar as acomodações da escola para os alunos e os pais.

Marcia: aqui fica os laboratórios de ciências, física e química – ela fala ao passar por uma porta

O tour pela escola continua, devido as rampas de acesso Dafne conseguiu conhecer a maior parte da escola, até que em determinado momento a diretora Marcia fala.

Marcia: agora vamos conhecer o mirante

Como a escola ficava em uma colina, de lá tinha uma vista muito bonita para a cidade, Dafne estava muito empolgada para ir lá ver, até que a diretora se aproxima dela e de Ana.

Marcia: oi, infelizmente não vai ter como a Dafne ir até lá, pois não tempos rampa de acesso

Ao saber que não poderia conhecer o mirante, Dafne fica chateada, mas ela tenta não deixar transparecer a sua chateação

Dafne: não tem problema, eu posso esperar aqui

Marcia: realmente eu peço desculpas, nos já tentamos fazer um projeto para colocar uma rampa de acesso, mas como a subida é muito íngreme, não conseguimos concretizar o projeto

Dafne: a gente entende Diretora, não se preocupa

Dafne sorrir, pois, ver que a diretora ficou sentida por ela não poder conhecer o mirante

A diretora juntamente com os outros funcionários da escola, os novos alunos e os responsáveis, começam a subir a escadaria que dava acesso ao mirante, mesmo Dafne tentando não transparecer estar chateada, Ana percebe que a menina ficou bem sentida

Ana: você queria ir lá conhecer o mirante? – ela pergunta a Dafne

Dafne: não

Ana: Dafne, eu te conheço a anos, você não consegue mentir para mim

Dafne: Ana, eu queria sim ter ido lá em cima, mas como não teve jeito é melhor eu me conformar

Alguns minutos se passam Dafne e Ana esperam pelo retorno dos outros.

Dois meninos Diogo e Caio observam de longe Dafne e Ana, bem em frente a escadaria que dava acesso ao mirante, ambos percebem que Dafne estava com uma cara de tristeza.

Diogo: coitada da menina, acho que o pessoal estão todos lá em cima e ela não pode subir devido a cadeira de rodas – ele comenta com o amigo

Diogo o filho da diretora Marcia, ele era um menino de 15 anos, bastante educado, gentil e de bom coração, ele tinha os cabelos claros e olhos azuis céu. Diogo era o único filho de Marcia, seu pai faleceu a alguns anos atras e a sua única figura paterna era o seu Avó, que era um homem muito rico, dono de várias empresas pelo mundo, mas Diogo não tinha uma boa relação com o Avó pois o mesmo era bastante frio.

Caio: ela parece estar triste

Diogo: sim, eu também ficaria chateado ao ver as pessoas fazendo algo que eu não poderia fazer

Caio: isso é triste mesmo, será que ela nasceu assim?

Diogo: parece que foi um acidente que a deixou assim, pelo menos foi o que eu escutei a mamãe comentar com a secretaria. Elas estavam fazendo um plano de inclusão para essa menina não se sentisse deslocada.

Caio: bem, acho que o plano não está dando certo, pois ela parece deslocada ao não poder ir até o mirante.

Diogo: verdade e ela é uma menina tão bonita, parece uma boneca, o rosto triste dela é de partir o coração – ele observa Dafne de longe – vamos ajudar? – ele pergunta ao amigo

Caio: como?

Diogo: levando-a até lá em cima – ele fala sorrindo

Diogo e seu amigo Caio se aproximam de Dafne e Ana

Diogo: oi, tudo bem? – ele fala sorrindo

Ana e Dafne: oi

Diogo: você é aluna nova né?

Dafne: sou sim

Diogo: e qual o seu nome?

Dafne: me chamo Dafne e essa é a minha babá Ana

Diogo: Dafne e Ana, o meu nome é Diogo e esse é o meu amigo Caio

Caio: olá – ele fala para as duas

Diogo: o restante da sua turma está lá encima? – ele pergunta a Dafne

Dafne: estão sim – ela responde meio triste

Ao ver o rostinho triste que Dafne fez, Diogo confirma que o motivo da tristeza era porque ela foi a única que não pode subir até o mirante.

Diogo: você gostaria de ir lá em cima?

Dafne: ah não, eu estou bem aqui – ela sorrir forçadamente

Diogo: eu te perguntei pois eu conheço uma forma de você ir até lá encima sem precisar subir as escadas – ele pisca para ela

Dafne: como? – ela sorrir e seus olhos brilham

Ao ver que Dafne ficou empolgada com a possibilidade de poder conhecer o mirante, Diogo sabia o que deveria fazer para animar a garota

Diogo: assim – ele a pega no colo – eu posso te carregar até lá encima

Ana: cuidado – ela fala preocupada com Dafne

Dafne: ah, não precisa, eu sou muito pesada

Diogo: você é leve como uma pluma, para mim não vai ser difícil te carregar – ele sorrir – você quer ir?

Dafne: se não for incômodo

Diogo: nem um pouco – ele fala para a menina – Caio você pode carregar a cadeira dela?

Caio: Claro que posso

Com Dafne nos braços Diogo começa a subir as escadas, ao chegar no mirante, Diogo coloca a menina em sua cadeira de rodas e Marcia sua mãe e diretora vão até os dois.

Marcia: Diogo, o que você está fazendo?

Diogo: eu estou trazendo a minha amiga Dafne para conhecer o mirante

Ana: ele foi muito gentil em trazer a menina até aqui – ela fala a diretora

Dafne: sim dona Marcia, ele somente estava tentando me ajudar, não precisa brigar com ele

Marcia: não vou brigar, pois ele pensou em uma forma de te trazer aqui para cima, que nos não pensamos antes – ela fala sorrindo

Ana: é um garoto de Bom coração

Marcia: é sim, ele tem um bom coração, mas as vezes ele também é bastante arteiro, inconsequente, bagunceio, não gosta de estudar ...

Diogo: ah mamãe, não precisa falar os meus defeitos

Dafne: ele é o seu filho? – ela pergunta a diretora

Marcia: é sim, por isso que eu chamo a atenção – ela sorrir

Diogo: aff, Dafne venha vou te mostrar a vista

Ele empurra a cadeira de Dafne para que ela pudesse ver a vista.