Felipe, ali diante de Luana e Lilina, ouvia suas discussões sobre o passado e relembrou os 6 anos perdidos em sua memória. Um grande tremor percorreu seu corpo e o monitor mostrou que seu coração estava palpitando mais rápido. Os médicos foram chamados, pois o coração de Felipe havia parado de bater. Na tentativa de reanimá-lo, Felipe voltou à consciência e acordou de seu coma.
Ao observar a sala, ele viu Luana e Lilina assustadas com seu despertar repentino. Flashes de lembranças passaram como um filme em sua mente, e seus sentimentos por Lilina retornaram gradualmente. Luana chegou perto da cama dele, segurou sua mão e começou a chorar, encostando-a perto do rosto. Lilina, ainda em choque, apenas observava aquela cena.
— O que devo fazer? Como devo reagir? O que falo para ele? E se ele não se lembrar mais de mim, assim como da primeira vez? Será que vou suportar me afastar dele mais uma vez? Oh Deus, o que faço? — pensou Lilina, atordoada e sem saber como agir.
Enquanto Lilina lutava com suas emoções, Felipe, com um gesto singelo e alegre, olhou para ela e sorriu. Ao tentar falar, no entanto, Luana tapou sua boca com as mãos e não o deixou falar. Luana aproximou-se do rosto de Felipe e o beijou. Era o segundo beijo que dava a Felipe, que ali permaneceu sem reação, com o rosto corando de vergonha. Sua mente tentava entender o motivo daquele ato impulsivo, mas ele se lembrou da confissão que fizera seis meses atrás.
Lilina, que observava a cena em silêncio, afastou Luana de perto de Felipe e, com raiva, questionou por que ela havia feito aquilo. Luana não respondeu e saiu do quarto com os dedos nos lábios e o rosto envergonhado.
— Lilina-chan, você é muito ciumenta, sabia? Fico me perguntando por que é tão ciumenta assim. Não sou bonito, não sou popular e nem atraente. — disse Felipe, levantando-se com um pouco de esforço e sentando-se na cama.
Lilina, com uma expressão triste, permaneceu sentada na cama e apenas o olhou nos olhos. Seus olhos, de um castanho claro, brilhavam intensamente.
— Bobagem! Não diga isso. Você é muito bonito e sim, é atraente. Acho que você não me quer, deve ter se apaixonado por outra. É por isso que me rejeitou duas vezes quando eu te pedi em namoro. — disse Lilina, aproximando-se do rosto de Felipe. Perto de seu rosto, ela perguntou:
— Você não me acha atraente, Felipe?
Antes de beijá-lo, sua mãe abriu a porta, viu aquela cena e saiu, deixando os dois sozinhos. Constrangido, Felipe afastou Lilina, mas dessa vez não conseguiu afastá-la. Lilina, deitando-o na cama, segurou seus braços sobre a cama e ajeitou o cabelo atrás da orelha dele.
— Desta vez... você não vai conseguir me afastar de novo... Agora, fique quietinho como um bom menino. — disse Lilina.
Felipe, sem saber o que pensar, deixou sua mente fluir e seus pensamentos refletiram sobre o primeiro beijo que compartilhou com Lilina no parque. Era uma experiência diferente da que ele vivenciava e, assustado com esse acontecimento, não conseguia mais esconder seus sentimentos.
Seus sentimentos por Lilina cresceram enquanto ele a segurava em seus braços. Ele não podia mais esconder esse amor.
...
Ele não entendia como se declarar a uma delas sem magoar a outra. Ele notou os sentimentos de Luana por ele e sua mente estava cheia de pensamentos conflitantes.
Sua próxima meta era decidir como resolver esse problema sem machucar nenhuma delas. Será que seu coração estava dividido entre as duas? Ele se perguntava qual seria a resposta certa ou o caminho certo a seguir.
Após expressar em voz alta suas dúvidas, Lilina se levantou do colo dele com um rosto confuso. Acariciando suavemente o rosto de Felipe, ela sorriu e se levantou. Sua mãe havia batido na porta e entrado.
— Desculpe, filho. Eu vim aqui mais cedo e vi você com sua "namoradinha", então voltei. Não queria atrapalhar os dois.
Após ouvir isso, Sandra Luiza percebeu que os rostos deles estavam corados simultaneamente. No auge da vergonha, Lilina saiu pela porta sem se despedir de ninguém.
— Mamãe, por favor, não diga coisas tão embaraçosas. Ela não é minha namorada. Ela é apenas minha amiga de infância. — disse ele.
— Filho, depois do que vi, vocês pareciam bem mais do que amigos de infância. Porque amigos não se beijam como vocês fizeram.
Sandra Luiza sorriu enquanto dizia isso. O rosto de Felipe ficou vermelho como um pimentão, e ele não sabia como reagir ou o que falar sobre aquela situação. Será que havia uma explicação plausível para tudo aquilo?
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Atualizado até capítulo 19
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