Capítulo 14

Enquanto isso, na alcateia Real, a situação é totalmente diferente.

Anubis chega ao palácio de mãos dadas com Tess, a menina sorri alegre enquanto Anubis a olha com doçura.

— Rei Anubis, Rainha Thesaí, sejam bem-vindos! _ a servidão se postou na entrada para recebê-los.

As lobas e as Lycan olham para Tess com doçura, essa linda menina é uma doçura, quem poderia maltratá-la? Se perguntam um pouco incomodadas, como ela chegou as deixou com o coração partido.

Anubis levou Tess para o quarto que compartilham, eles dormem juntos, mas ainda não avançaram.

— Pequena cachorrinha, em 10 dias será sua coroação, meu irmão chegará para te conhecer, ele chegará com sua Mate, ela é humana, então eu quero que a ajude, provavelmente ela estará muito assustada, só você poderá ajudá-la a avançar _ disse Anubis enquanto a abraça e Tess se refugia em seus braços, a coroação a deixa um pouco nervosa, e essa humana pode ser uma boa distração.

— Meu rei, você tem certeza que quer fazer uma grande coroação? Eu, na verdade, não me sinto bem com isso, virão de outras alcateias, não quero que um ato tão puro como esse seja manchado com a presença de certas escórias _ disse Tess, irritada, quer destruir aquele Alfa maldito, mas não quer que ninguém além dele sofra por isso.

— Cachorrinha, ele não virá, não foi convidado, só saberá da sua existência quando chegarmos ao território dele. A quantidade de criaturas vis que estão naquele bosque só mostra a corrupção daquela matilha, não vou permitir - disse Anubis enquanto dava um beijo na testa dela.

Tess sorriu alegremente e imediatamente se animou para dar um golpe baixo no forte Lycan, que está cada vez mais difícil com as provocações da menina.

— Meu Rei, vamos tomar banho, quero arrumar tudo amanhã para o meu cunhado e cunhada - disse ela puxando-o para o banheiro. Enquanto isso, Anubis precisava fazer de tudo para não devorá-la viva; seu autocontrole estava se dissipando, e seu Lycan pervertido já estava arranhando as paredes desesperadamente.

Enquanto os dois estavam na enorme banheira, Anubis tinha sua amada Omega recostada em seu peito, e ela sorriu levemente corada. Ela sabia que ele estava controlando-se por causa dela de uma forma monumental, já que tinha visto a dimensão do seu desejo por ela.

— Meu Rei, você poderia me contar como me encontrou? Quero ouvir isso - ela pediu suavemente.

Anubis sorriu, sentindo-se alegre. Era a primeira vez que ela pedia para ouvir essa parte, apesar de ele já ter contado a ela os grandes detalhes.

— — Anubis Triente— — .

Há três meses, eu estava trabalhando em um assunto que me preocupava profundamente: a Matilha da Lua Azul. Criaturas sombrias e vis habitavam aquela floresta, o que não era comum. Os lobos idosos do conselho me informaram que essa era uma clara indicação de que a Deusa Lua estava irritada.

Enviei vários espiões para a floresta para obter informações, mas em um dia em particular, algo chamou minha atenção.

Um dos meus espiões era um jovem tritão, cujo trabalho era se meter em problemas, como todo tritão. Esse Sirenito era um verdadeiro caso de estudo.

Quando ele veio me reportar o que havia visto, algo me chamou a atenção: ele estava falando, mas havia um cheiro que exalava dele que era o mais delicioso que já havia cheirado na vida. Ele era terrivelmente atraente mas ao mesmo tempo leve, puro e doce, o que me preocupou por um momento. Não era porque o Sirenito fosse feio, mas simplesmente porque não era a minha preferência. Estava claro que aquele não era o seu próprio cheiro, já que nos tínhamos reunido inúmeras vezes antes e eu nunca havia percebido aquele aroma impregnado em sua roupa.

"O que é esse cheiro na sua roupa, Nelson?" - perguntei enquanto ele se calava, e todos me olhavam como se eu fosse louco, provavelmente devido à minha expressão de surpresa e impaciência.

"Vossa Majestade, que cheiro? Eu não entendo." - respondeu, um pouco assustado.

Eu o olhei impacientemente. O cheiro era de minha companheira (Mate) e Daniel, e Rafael parecia ter percebido isso também, então eles exigiram mais informações.

— Nelson, você sabe exatamente onde estava naquele grupo e com quem se envolveu?— disse Daniel e senti meu sangue ferver, se ele estivesse com minha rainha, eu o mataria imediatamente.

Vejo Nelson ficar assustado e deve ser pela minha expressão assassina, eu o esfolaria se ele tivesse feito algo assim, isso é certo.

— Majestade, eu juro que não estive com nenhuma Loba ou Lycan, sério— diz gaguejando, mas vejo Dani e Rafa revirarem os olhos, sim, o pobre sereiano não tem uma boa reputação.

Vejo ele se ajoelhar e começar a explicar.

— Majestade, o que eu digo é verdade, fui para a floresta para ver quais criaturas habitavam lá, realmente há demônios muito fortes, renegados realmente implacáveis, bruxas obscuras, mas também há os Navasis e Votuys, há muitos deles, é um fato que é uma maldição, aquela manada está condenada, bem, havia uma bruxa, ela não era tão má e era muito bonita— ele disse um pouco nervoso, eu sei que ele espera que aquela bruxa não seja minha companheira.

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