Capítulo 11

Valeria olhou para sua mãe um pouco confusa.

— Quem? - disse com uma expressão interrogativa, como se o que sua mãe dissesse fosse algo estranho.

Loni riu, pensando que sua filha estava fazendo uma piada, mas ao vê-la totalmente perdida, ela ficou preocupada imediatamente.

— Vale, não me assuste filha, o seu ex-namorado, aquele que pediu a sua mão - disse Loni muito preocupada, parecia que sua filha tinha perdido a memória.

Valeria piscou várias vezes e depois soltou uma grande gargalhada.

— HA, HA, HA, mamãe, peço desculpas, não sei o que está acontecendo comigo, mas havia me esquecido daquele cara, que estranho - murmurou Valeria enquanto Loni sentia que sua filha estava muito estranha.

No dia seguinte, a campainha de Valeria tocou, Loni foi abrir e encontrou um jovem bonito e gentil, Theo estava na porta com um sorriso enquanto Loni o olhava um pouco preocupada, não era apenas o seu traje e a sua forma elegante de ser, era algo mais, e ela estava começando a se preocupar de verdade.

— Bom dia, senhora, queria saber se a Srta. Valeria está em casa, venho informá-la que meu chefe se reunirá com ela - disse tranquilamente enquanto a mulher mais velha ficou surpresa.

Valeria saía da cozinha naquele momento e ao ver Theo quase teve um infarto, ela não quer que sua mãe descubra, o estresse é um veneno para uma diabética.

Valeria correu como uma louca para silenciar Theo, não pode deixar que sua mãe saiba que ela perdeu tudo.

Senhor Theo, obrigada por vir. Fico feliz que tenha considerado minha proposta de negócio - disse, fazendo um gesto com os olhos em direção à sua mãe.

Theo, um Lycan, já tinha sentido o problema de saúde da mulher e percebeu que a jovem Valéria não tinha contado nada.

— Exatamente, Srta. Valéria. Meu chefe está interessado em sua proposta. Você sabe que ele adora animais - disse, rindo de si mesmo.

Valéria pegou sua bolsa, saiu sem se maquiar ou se arrumar. Sabia que sua mãe era a rainha dos fofoqueiros e não queria manter esse homem em sua porta por mais tempo.

— Mamãe, vou me encontrar com seu chefe. Espero que tudo dê certo e que teremos dias melhores - disse com um sorriso e puxou Theo com pressa.

Loni a olhava confusa, mas algo lhe dizia que isso era importante e que deveria prestar mais atenção à sua amada Valéria.

No carro, Valéria batia com a mão no peito. Quase revelava a terrível situação em que se encontrava.

— Senhor Theo, obrigada por não dizer nada. Ela não pode ficar estressada. Não tenho dinheiro para aumentar seus medicamentos. Já a insulina é muito cara, não temos seguro e uma internação por essa notícia ruim é algo que não posso pagar - disse angustiada.

Theo a olhava, surpreendido com o quão cautelosa e responsável ela é. Parece uma jovem imprudente, mas é incrivelmente sensata e madura.

— Srta. Valéria, eu entendo, meu chefe está disposto a negociar. Espero que ele seja inteligente e veja a grande oportunidade que você está dando a ele. _ disse Theo, enquanto Valentina franzia a testa.

Vinte minutos depois, chegaram a um prédio de luxo. Theo levou a doce coelhinha para a toca do lobo, ou, melhor dizendo, para a boca de um cruel e poderoso Licano.

Valéria adentrou um penthouse sublimemente decorado. Tudo ali cheirava a glória e poder. Theo a guiou até o escritório e bateu na porta de onde se escutou uma voz grossa e profunda.

— Pode entrar _ se ouviu, deixando a menina arrepiada da cabeça aos pés. Valéria sentiu suas pernas tremendo. "O que está acontecendo comigo?", murmurou.

Dentro do escritório, atrás de uma grande escrivaninha, o homem alto e atraente estava olhando alguns documentos.

— Bom dia _ cumprimentou ela, reunindo coragem. Ela precisava alcançar seu objetivo. Não desistiria, não cederia.

— Olá, minha pequena diabinha. Sente-se _ disse ele, olhando-a com coqueteria.

Valéria subitamente sentiu que sua voz sumiu, como se estivesse enfeitiçada, enquanto Osíris a olhava divertido. Mesmo sendo uma humana, ela já está desenvolvendo o vínculo.

Valéria sentou-se, tentando organizar seus pensamentos e fazer com que seu corpo respondesse.

— Senhor Osíris, quero que saiba que não aceitarei um "não" como resposta. O senhor deve devolver meu dinheiro. Eu perdi tudo e isso eu não posso aceitar. _ disse firme.

— "Bem, eu também não aceito um "não" como resposta, então vamos fazer um acordo" disse sorridente enquanto Valeria não entende o que está acontecendo.

— "Olha Diabinha, este é um contrato, tenho, por dizer de uma maneira elegante, várias bestas selvagens e preciso de alguém que saiba como lidar com elas, então você deve me ajudar com isso por alguns meses, te aviso que são muitas, mas em troca te darei uma clínica veterinária bem equipada, farei tudo o que precisar, ambos saímos ganhando" disse Osiris enquanto a olha fixamente.

Valeria está calada, tem algo que não gosta dessa situação de jeito nenhum.

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