cap 14

MAYA

Ele me apertou muito forte, mas dessa vez eu senti que o aperto era de desespero agora. O seu choro de criança abandonada, o choro que eu conhecia bem... e como. Então eu o abracei também. Enquanto segurava os soluços que se misturava com as lagrimas, ele puxou ar com um pouco de dificuldade para poder falar

Akira

— me desculpe Maya, por favor me perdoa. Me perdoa. Me perdoa. Me perdoa. Me perdoa

Akira repetiu isso várias e várias vezes, coloquei minha mão em sua cabeça e comecei a massagear seus lindos cabelos preto quase azulados, que chegava na altura do ombro, e fui acalmando ele como... como alguém já fez comigo

Maya

— está tudo bem, soltar as lagrimas porque se engolir elas, vai ficar com uma barriga enormeee

Akira enxugou as lagrimas e riu um pouco

Akira

— eu não sou uma criança para falar comigo desse jeito, sabia?

Ele falou em um tom irônico mas brincalhão

Maya

— você estava pior que criança. E pelo menos funcionou, você parou de chorar agora

Senti ele tirando a máscara e a colocou do lado da cama, no meu campo de vista. Mas eu queria era ver o rosto dele, virei um pouco o meu rosto para poder ver o dele, vi uma pequena cicatriz perto da sobrancelha perfeitamente alinhada. Mas antes mesmo de ver tudo, ele apertou os dois lados de minha cintura, me fazendo soltar um barulho estranho. Akira afundou seu rosto em meu pescoço, se escondendo no meio de meus cabelos

Maya

— por que a mascará?

Akira

— isso não é assunto para ser dito logo após você fazer esse som, pequena

ele falou isso com a voz rouca, quase num sussurro.  um arrepio subiu por toda a minha espinha e ele percebeu isso. Cheirou meu pescoço e o beijou e foi descendo os beijos por todo o canto do pescoço, até que ele parou do nada

Akira

— você já beijou alguém?

Maya

— não, nunca. Sempre quis beijar um só homem, e me casar com o mesmo

Akira

— alguém já fez algo como isso com você?

Ele deslizava a mão lentamente por minha curva

Maya

— Hector já beijou meu pescoço como você esta fazendo agora, tinha ficado um roxo

ele ficou quieto por um tempo

Akira

— você confia em mim, Maya?

Maya

— sim, por que a pergun...

Antes mesmo de eu terminar a pergunta, ele colocou a sua máscara de volta e me empurrou para trás, me fazendo cair deitada na cama, então ele subiu por cima de mim. Eu tinha certeza que estava como um tomate naquele momento

Akira

— me arranhe se doer

não tive tempo de perguntar o que aquilo significava, ele voltou a beijar meu pescoço, mas dessa vez ferozmente, sugando algumas partes. Algo como o que Hector feito. Eu estava sentindo meu corpo pegar fogo, como se fosse uma alergia ao seu toque, eu não conseguia falar nada, mas tentei fazer ele parar com o que quer fosse aquilo

Maya

— Ahn... Aki-Akira, pare imediatamente

mais um daqueles barulhos estranhos saiu da minha boca. Ele parou de beijar e se levantou, me ajudando a levantar em seguida. Não sei o motivo, mas respirávamos pesadamente

Akira

— isso é para mostrar para outros homens que você me pertence. Quando estiver quase desaparecendo, me avisa que terei que fazer de novo. Mas agora vamos, se arrume para irmos.

Ele se levantou e foi em direção a porta, percebi que ele não estava bem, respirava rápido e estava muito vermelho. Ri um pouco com a forma que ele ficava corado, ou parecia estar.

Akira

— poderia me dar licença por um minuto? Por favor…

Parecia não estar conseguindo falar direito, me levantei e fui em sua direção, ele estava com o rosto encostado na parede. Cheguei por trás e toquei suas costas, ele puxou o ar bem fundo

Maya

— esta tudo bem, Aki…

Não tive tempo de terminar de falar, de novo. Ele puxou meu braço e me colocou contra a parede, e rodou um dos braços pela minha cintura e me puxou para mais perto. Soltei mais um daqueles sons estranhos

Akira

— May... não faça esse som perto de qualquer outro homem, e por favor. E nunca mais fique perto de mim após fazer isso, se não eu posso acabar te machucando para valer

vi ele se aproximando cada vez mais perto de minha boca. Eu tinha quase certeza que ele me beijaria, mas por algum motivo eu não consegui fazê-lo parar.

Nossas bocas estavam quase coladas quando alguém bateu na porta

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