cap 10

AKIRA

Me levantei para sair do quarto, antes de sair, virei para trás e então vi ela virando o corpo para o lado contrario da porta. Antes dela se cobrir novamente com a manta molhada, pude ver seu vestido nas costas com alguns pequenos rasgos e umas manchas de sangue, queria ter voltado para ela e perguntar o que aconteceu, mas achei melhor chamar a senhora para cuidar dela

Cocheiro/ Xavier

— majestade! Já deixei ela a par da situação, a senhorita está melhor?

Akira

— ah, Xavier, ta pior do que parecia. Não é só a febre, parece que ela sofria muito por lá. A senhora sabe alguns cuidados médicos?

Senhora da pousada/Marta

— vossa alteza, primeiramente me desculpe por não poder o receber com o melhor. Se eu soubesse que o senhor viria para cá, teria tirado meu neto do maior quarto no segundo andar. E sim, sei muito de medicina

Akira

— não se preocupe, senhora… é, bom, qual o nome da senhora?

Senhora da pousada/Marta

— pode me chamar de Marta, majestade

Akira

— bom, senhora Marta. Pode ficar tranquila em relação a isso, não me importo de ficar em quarto pequeno, até melhor que estejamos no primeiro andar, ela machucou o tornozelo e não poderia descer escadas. Preciso que a senhora a ajude com algumas feridas, pelo que vi, não são muito graves. Alguns outros homens meus estarão vindo em breve

Senhora da pousada/ Marta

— bom senhor, precisarei acordar meu netinho antes para me ajudar a receber todos vocês e...

Akira

— não se preocupe com isso, um dos meus soldados me disse que a senhora trabalha aqui sozinha. Acredito que somente a caravana que vem comigo, vai encher aqui, então cuidaremos de tudo para a senhora, só preciso que cuide de minha noiva ali no quarto. Nos fale onde fica cada coisa que ajudaremos a senhora

Senhora da pousada/ Marta

— ah, meu filho, que Deus o abençoe por tamanha gentileza, e que seu reino prospere em virtudes. Como é bom ter reis que se importam com o povo como o senhor. Irei ajudar a sua amada esposa, mas preciso que pelo menos um de vocês fique na porta para pegar algo se eu precisar. E se meu neto acordar, poderia por favor avisar onde estou?

Akira

— claro, senhora, irei avisar e cuidar de tudo aqui para a senhora. E o Xavier pode ir, ele é bom com todas essas coisas de medicina

sorri gentilmente, Marta segurou meu rosto com as duas mãos e fez um sinal para que eu me abaixasse, assim o fiz, ela deu um beijo em minha testa por cima da máscara e nos orientou em tudo. Aparentemente, ela não sentiu medo com a máscara e nem negou que nos abrigássemos lá, acontecia muito disso quando viajávamos

meus outros soldados chegaram, ajudamos a se estabelecer e começamos a arrumar algumas coisas. Percebi ter muitas madeiras soltas, algumas coisas fora de ordem, então fizemos um mutirão e começamos a consertar as coisas e limpar outras, subi para o segundo andar e entrei no último quarto para deixar alguns dos novos cobertores que havíamos trazido

ao entrar me deparo com um pequeno menino de baixo da cama, acho que estava tentando se esconder. Deve ter ficado com medo por ouvir tanto barulho e risadas de tantos homens. Coloquei os cobertores numa comoda que tinha no canto e sentei no chão, fiquei receoso de tentar me aproximar devido a, bom... vocês sabem né

Akira

— oi, tudo bem? Você é o Léo, né? Sua vó me falou de você. Eu sou Akira

Leonardo

— você não vai nos machucar, ou vai?

Ele estava tremendo muito, era só um menininho com medo de machucar ele e sua vó

Akira

— eu juro que não irei machucar vocês, palavra de homem

 coloquei uma mão no peito direito e com a outra mão levantei o dedo mindinho. Ele saiu de baixo da cama e apertou meu dedo com o mindinho dele, fechando o juramento. Começamos a conversar e expliquei o que a vó dele estava fazendo, então descemos para a cozinha para cozinhar algo. Aquele pedacinho de gente fez amizade rápido com todos os soldados, e aqueles marmanjos eram doidos por criança. Afinal, a maioria tinha filho

Estávamos quase terminando um pequeno banquete para todos nós, enquanto eles lavavam a louça, Léo acabou dormindo novamente, ele não parecia estar muito bem. O deitei no sofá e fui para o quarto chamar Maya e Marta, Xavier havia saído

Cheguei próximo da porta que estava entreaberta, mas não entrei. Ao olhar pela frestinha, vi Maya sentada na cama olhando para a janela, e marta sentada na cama aplicando algumas pomadas em seu corpo. Maya estava com as costas nuas, pude ver todos os machucados em torno, e ao lado de Marta tinha uma cumbuca com cacos de vidro

Marta tirou um último caco das costas dela, o que fez ela estremecer de dor. Colocou o caco na cumbuca e limpou o ferimento

Marta

— Calma, menina, shii, shii. Respira. Esse foi o último, ok? Estou terminando de limpar, e a chuva também já está parando

Maya

— eii, eu nunca disse estar com medo da chuva

ela riu um pouco, que risada gostosa de ouvir

Marta

— mas continuando pequena, você não respondeu ou não se acha o seu esposo bonito

Maya

— eu já disse que ele NÃO é o meu esposo e nunca será

meu coração deu um aperto, eu não sei por quê. Também não quero me casar com essa mulher, ela é linda, mas nada fora disso, só precisa me dar um herdeiro e então ela segue a vida dela como quiser

Marta

— não diga isso menina, ele é tao gentil, apesar de ficar assustador com aquela mascará. Chegou te carregando no meio da chuva, disse ser só para eu entrar aqui e te ajudar por ser mulher. E se dispôs até em arrumar a pousada enquanto eu tava fazendo, pelo cheiro, parece que estão fazendo comida e é deliciosa só pelo cheiro. Acho até que meu neto está tranquilo com eles, não veio nenhum momento aqui para reclamar

Maya

— ele realmente se dispões. Para tudo isso? Aquele homem cruel?

Ela virou um pouco o tronco do corpo para ver Marta, ao se virar, pude ver um pouco do volume de seu seio. Ia virar mais, mas Xavier chegou e me chamou, com o susto, esbarrei na porta a fazendo se abrir mais um pouco. Maya puxou uma manta para cima do corpo e Marta jogou uma toalha na costa dela rapidamente

olhei com raiva para Xavier e ele me olhou como cachorro sem dono e silabou a palavra ''desculpa''. Cocei a garganta e então entramos de vez. Maya estava vermelha enrolada nas cobertas. Pude sentir meu rosto também ficar vermelho. Graças a Deus tinha aquela coisa em meu rosto

Akira

— a comida está pronta, venham comer antes de esfrie, ou antes, que aqueles selvagens ataquem tudo

Marta

— Léo incomodou muito, majestade?

Akira

— dona marta, já pedi para me chamar só de Akira mesmo. E Léo se comportou muito bem, fez amizade com todos os soldados, mas acabou dormindo. Ele não parecia muito bem, o que ele tem?

Marta

— Léo fica doente muito fácil, é uma criança de cinco anos, mas não sai muito de casa. Não tenho muito tempo de passear com ele, e prefiro não o levar para o mercado também. Ele tomou chuva esses dias, estando assim. Mas agora vocês têm que sair para eu ajudar Maya a se trocar

Xavier

— mas eu acabei de chegar

Marta

— AGORA! E podem mandar aqueles meninos famintos esperar, ninguém vai comer enquanto todos se sentarem para poder comer

Eu e Xavier rimos com um pouco de medo e fomos correndo para a cozinha, os soldados estavam terminando de pôr a mesa

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Comments

Rosa Beheregaray Fagundes

Rosa Beheregaray Fagundes

gostei muito da sra

2024-03-01

0

gostei da Marta

2022-12-14

4

Ver todos

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