6 capítulo.

Estrela.

Nina:E o que ele estava fazendo aqui?

Estrela:E eu sei lá, tava muito bêbado e a mulher dele tava junto.

Nina:O quê ele disse?

Estrela: A esqueci, só quero ir embora.

Nina:Estrela?

Estrela:O quê é?

Nina:Você ainda se sente balançada por ele?

Estrela:Não Nina,já te falei isso,além do mais a esposa dele está grávida,ele tem que parar de beber e seguir a vida dele como eu tô seguindo a minha,ele fez a escolha dele de ficar com ela na época eu entendi e aceite, se ele se arrependeu depois e problema dele.

Nina:Se você seguiu em frente porque nunca arrumou um namorado?

Estrela:Você sabe que eu não namoro qualquer um tem que ser especial,ter química, fazer o coração acelera,se arrepiar só de ver a pessoa perto de você.

Nina:E você sentiu tudo isso por ele?

Estrela: Não tudo, sei lá o que me deu para ficar com ele, penso que era nova e me iludi, é que foi uma paixão que não terminou nada bem.

Nina:Eu nunca senti isso por ninguém e acho que nem é possível tal coisa.

Estrela: Será? A minha mãe dizia isso para mim, quando ela conheceu o meu pai e ela fala que sente isso até hoje, eu já não acredito mais no amor Nina.

Nina:Eu vejo que você ficou abalada com esse encontro.

Estrela:Depois de tanto tempo,ele ainda está do mesmo jeito.

Nina:Vamos indo?Só vou me despedir dos meus pais.

Estrela:Te espero na caminhonete.

Saio de lá e me despeço dos meus pais,entro na caminhonete,por que ele atravessou a cidade inteira e veio parar aqui,estou com a cabeça cheia.

A Nina entra na caminhonete e partimos para casa,chegando lá deixo a caminhonete.

Estrela:Eu vou caminhar um pouco.

Nina:A essa hora tá ficando doida é mulher.

Estrela:Não tem perigo quantos anos nos moramos aqui e os nossos pais, nunca aconteceu nada por aqui.

Nina:Estrela amiga sempre tem uma primeira vez, além do mais os tempos são outros.

Estrela:Eu preciso ir amiga.

Nina:Está bem vai indo eu só vou trocar de roupa e te encontro.

Estrela:Não precisa.

Nina: Precisa sim,vai indo que já vou.

Estrela:Tá bom garota você é irritante.

Deixo ela indo para cabana dela e vou andando pela beira da praia, pensando de como a minha vida mudou, sou uma mulher de 25 anos que vive numa cabana do outro lado da cidade na praia, sou solitária, com alguns amigos, pescadora, des de criança o meu pai me levava com ele para pescar e eu fui crescendo e aprendendo e passei a ajudá-lo até que ele se aposentou e me presenteou com o seu barco.

O Céu está lindo bem estrelado a água está calma, porém muito fria quando vejo algo ao longe meio dentro da água meio fora, será que é algum animal? De vez em quando filhotes ficam encalhados aqui.

Vou caminhando devagar me aproximando quando paro, não é um animal é um homem, olho pros lados tentando ver se tem alguém, Deus será que está morto?

Vou me aproximando devagar não vejo ninguém, a praia está deserta como sempre o vejo de bruços com o rosto na areia sua camisa está toda rasgada e tem sangue.

Fico o observando,ele está respirando graças a Deus,mas o que eu faço.

Me abaixo perto dele e tento o virar para cima com muito custo consigo, isso parece ferimento a bala ele está bastante machucado e tem várias tatuagem, a maré está subindo e se ele ficar aqui vai se afogar, tento com muito custo consigo tirar ela da beira da água.

Eu preciso de ajuda.

Estrela: Ei está tudo bem,eu te achei,vou ajudar-te não desista tá bom.

Vejo ao longe a Nina vindo na minha direção balanço a mão para ela e a chamo com a mão.

Ele começa a correr e quando chega perto tenta respirar e falar mesmo tempo assustada.

Nina: Meu Deus ele morreu?

Estrela: Não, eu o achei perto da água.

Nina: Estrela sua maluca ele pode ser um bandido olha o tanto de tatuagem que ele tem.

Estrela: Amiga pelo amor de Deus todo mundo tem tatuagens hoje em dia nem por isso são bandidos.

Nina: Isso é um tiro,ah Deus.

Estrela: Vai lá chama o Pedro pega a caminhonete e vamos levar ele.

Nina: Pra onde? Você não vai colocar desconhecido na sua cabana.

Estrela:Ele precisa de ajuda,bandido ou não, não vou deixar uma pessoa morrer não na nossa praia,vai logo.

Ela então sai correndo.

Olho para ele que respira pesado, se é um bandido é muito lindo mesmo machucado, e rico porque essas roupas não são de qualquer um.

Olho o seu rosto e passo a mão de leve para limpar o seu lábio que estão com um pouco de areia.

Sinto um arrepio e olho pros lados, está a ventar e ele está ficando pálido.

A Nina vem com a caminhonete por cima e o Pedro desce com um lençol na mão.

Quando chegar perto.

Pedro: Minha nossa senhora!

Estrela:Me ajuda Pedro ele é pesado.

Pedro: Claro olha o tamanho desse homem, eu trouxe um lençol.

Nina: Será que a gente consegue carregar ele?

Estrela: Vamos tentar.

Nos três juntos levantamos ele é colocamos no lençol, o carregamos para a caminhonete.

Pedro: Pra onde Estrela?

Estrela:Pra minha cabana.

Pedro: Certeza?

Estrela: Sim e depois você vai na cada do Cícero e pede ele para poder ir lá na cabana.

Saímos com a caminhonete e paramos perto da minha cabana descemos ele é colocamos no meu antigo quarto, pois depois que os meus pais foram morar na vila eu me mudei pro quarto deles.

Estrela: Vai Pedro chamar o Cícero.

Pedro: Eu vou.

Ele sai.

Estrela: Precisamos limpar ele, tirar essa roupa molhada e areia dele.

Nina: Isso não é uma boa ideia e ele vai ficar pelado?

Estrela: Você tem razão, olhando ele assim?

Nina: Tirando as tatuagem e os machucado ele parece gostosão.

Estrela:Nina!

Nina:O quê?

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