8 capítulo.

Estrela.

Acordo ouvindo gemidos e palavras aleatórias, o olho e ele está muito agitado levanto-me e vou para o lado da cama vazio.

Estrela: Ei acalme-se está tudo bem, você está seguro aqui.

Ele ainda continua se mexendo, nisso eu passo a mão no seu rosto.

Estrela: Ei estou aqui, fique calmo, nada vai acontecer estou aqui com você.

De repente ele segura a minha mão e abre os olhos, olha para mim por um instante coloca a minha mão sobre o seu peito e fecha os olhos lentamente de novo.

O que eu faço ele segura a minha mão com força, os olhos dele, o Deus quem é esse homem?

Olho para janela e ainda está escuro, vejo o relógio que marca as três da madrugada,olho para ele novamente, os seus olhos são castanhos tão lindos ele parece em paz agora tento tirar a minha mão mais fico sem coragem de fazê-lo o que eu faço Deus, puxo outro travesseiro que ali está e coloco do seu lado, eu nunca dormi com ninguém até quando o Iago vinha ele só buscava o que queria sexo e depois deixava-me e ia embora,como fui tola e ingênua eu era nova, inocente e sofri horrores quando ele me rejeitou grávida, discutimos várias vezes até que um dia no calor da discussão ele me empurrou e eu bati com tudo no chão, fiquei inconsciente e ele se foi, foi a Nina que me achou no chão e me levaram para o hospital, lá descobri que tinha perdido o bebê, a pancada foi forte tanto na cabeça como no corpo, mas não doeu tanto mais que a minha alma, naquele dia eu perdi o meu filho e também a fé no amor, remoendo aquelas lembranças ruins acabo adormecendo ao lado do completo estranho com a mão colada o seu peito cheio de tatuagens.

No outro lado da cidade Giovanni vasculha qualquer canto que possa ter uma pista sobre Luís Fernando, ele não confia em Loreto e fica apavorado quando as horas vão passando, desesperado ele vasculha cada canto da cidade em vão, o medo de perder o seu amigo e grande, pois sabe que esse tipo de pessoa que o sequestrou não brinca em serviço, com o coração na mão liga pro o seu primo que é policial federal explica a situação e pedi para que ele o ajude a achar Luís ou qualquer pista que pode chegar até ele.

Sabendo do caso, Maurício que já a muito não via Luís mais o conhecia des de criança se prontifica a ajudar e começa a investigar.

Na mansão Montenegro a mãe de Luís e posta para dormir com calmantes arranjados pelo filho Loreto, o seu pai está viajando para o exterior e ainda não sabe do sumiço do filho.

Voltando para a praia,amanhece.

Luís Fernando.

Acordo com uma brisa gostosa entrando pela janela, estou dolorido até parece que fui atropelado por um caminhão, meu peito dói, mas sinto um cheiro agradável no meu nariz, um cheiro doce de rosa, um aroma delicado e maravilhoso, olho para o lado e tem uma linda morena do meu lado cabelos longos espalhados pelo travesseiro, uma pele linda bronzeada, uma boca que Deus pronta para ser beijada, sorrio com aquela imagem a sua mão na minha barriga.

Olho para janela e nada vem a minha mente, tudo parece em branco, como se eu não tivesse vivido nada em lugar nenhum, fecho os olhos novamente tentando puxar pela memória algo e nada acontece começo a ficar nervoso e a minha respiração começa a acelerar, qual o meu nome? Quem sou? Isso eu não sei.

Ela percebe a minha agitação e coloca a mão no meu peito.

Estrela: Calma está tudo bem, você está seguro.

Ela se senta e tenta me acalmar.

Seguro de quê?

Estrela: Você está quente, deve esta com febre, eu vou pegar água para você beber o remédio.

Ela tenta se levantar e eu seguro o seu braço,ela me olha nos olhos e olha para a minha mão no seu braço,eu a solto, o que eu estou fazendo?

Ela sai e volta com um copo de água e um comprimido.

Estrela: Beba é pro o seu bem.

Pego o comprimido da sua mão e coloco na minha boca,ela me ajuda a beber um pouco de água.

Depois coloca o copo na mesinha do lado.

Estrela: Você está ferido, está seguro aqui, eu não tenho telefone mais a minha vizinha tem se quiser ligar para alguém vir te buscar eu posso ver com ela.

A olho e fico mudo como posso ligar para alguém se nem sei o meu nome, olho para o meu peito um lado está com curativo reparo o meu corpo eu tenho tantas tatuagens, eu não me lembro de nada.

Estrela: Tudo bem qual é o seu nome?

Luís: Eu... eu não sei.

Vejo a desconfiança em seu olhar.

Estrela:Está brincando comigo?

Luís: Não!

Estrela: Como não sabe o seu nome?

Luís: Eu...

Bato na cabeça e ela segura a minha mão.

Luís: Eu não me...não lembro.

Ela levanta e se afasta.

Estrela: Se for um bandido eu te entrego pra polícia.

Eu tento me levantar e tudo dói principalmente o meu peito, levo a mão por cima do curativo, porque dói tanto?

Luís: Eu não sei, eu realmente não sei.

A dor do peito misturada a minha angústia de não lembrar de nada me abala e os meus olhos começa a sair lágrimas de desespero.

Ela se aproxima.

Estrela: Tudo bem fique calmo, você não se lembra de nada,nadinha?

Luís: Não, a minha mente está vazia, como pode parece um céu com muitas nuvens brancas, você não me conhece?

Estrela: Não.

Luís: Então como vim parar aqui?

Estrela:Eu te encontrei caido desacordado na praia com um tiro no peito.

Luís: Tiro?

Estrela:Sim, com um tiro e vários machucados pelo corpo, nos te resgatamos e te trouxemos pra cá.

Fecho os olhos tentando lembrar e nada, tiro será que sou um bandido?

Estrela: Você deve ter batido a cabeça sei lá, deita aí e descansa eu vou fazer um café quem sabe depois de um tempo você lembre se algo.

Ela sai pela porta apressada e eu olho a porta se fechar, analiso os meus braços que são coberto por tatuagens passo a mão no meu rosto, eu não tenho barba, vejo um espelho na porta do guarda roupa e me levanto devagar, fico um pouco tonto, me seguro para não cair, tudo em mim dói, paro em frente ao espelho a minha nossa eu estou horrível, as minhas costelas doem puxo uma cadeira e me sento na frente do espelho.

Afinal quem sou eu?

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