3 capítulo.

Luís Fernando.

Saímos do prédio e quando estamos no meio do caminho resolvo ir até a cooperativa que cuida do pescado da cidade,estou querendo saber como está pessoal e se as vendas estão boas, como vai a exportação preciso sempre ficar de olho para não dar nada errado.

Chegamos lá e eu vou direto para o escritório saber das novidades com o Peixoto.

Luís: Como vai?

Peixoto: O patrão tudo certo por aqui, faz tempo que não aparece por essas bandas.

Luís: Muito trabalho na empresa e aqui como esta tudo?

Peixoto: Aqui tudo certo, os pescadores estão entregando os peixes fresquinhos, a Estrela é a que mais pesca aqui, todos os dias vem com uma remessa boa, e Pedro é a Nina também.

Luís: Nome bonito esse Estrela.

Peixoto: É que o senhor não a conhece ela é bonita que só, um mulherão digna de todo respeito não apenas por ser bonita mais por ser guerreira e forte.

Luís: Tudo bem Peixoto só não desrespeite a moça.

Peixoto: Nada patrão os meus pais são amigos dos dela, moramos no vilarejo distante daqui perto da praia, se eu a desrespeitar eu viro comida pra peixe.

Luís: Acho bom.

Peixoto: Um dia ainda vou te apresentar a ela.

Luís: Tudo bem já estou indo.

Peixoto:Tá bom patrão, volte mais vezes.

Luís: Qualquer coisa ligue para mim ou para o Giovanni.

Peixoto:Tá certo.

Saio do escritório andando pelo corredor e sinto um cheiro doce, alguém passou e só vejo a sua silhueta ao longe sinto um arrepio que nunca senti.

Giovanni:Oi vamos?

Luís: Vamos.

Saímos de lá e sinto uma sensação estranha.

Estrela.

Saio do meu barco o amarrando.

Nina: Porquê não me chamou mulher?

Estrela: Sai cedo demais.

Nina: Você sempre sai.

Ela me ajuda a pegar as caixas.

Estrela: Hoje não foi tão bom, temos pouco peixe.

Nina: Tudo bem, eu levo para a cooperativa.

Estrela: O Pedro me viu hoje de manhã.

Nina: E aí te chamou para sair, pra variar você negou.

Estrela: Errou.

Nina: Ué ele não lhe chamou para sair?

Estrela: Sim.

Nina:Então?

Estrela: Então eu disse que ia pensar.

Nina: O quê, vai até chover hoje,você disse que vai pensar isso é milagre com toda a certeza chove.

Estrela: Boba.

Terminamos de colocar as caixas na caminhonete.

Nina: Eu estou indo.

Estrela: Eu vou com você.

Nina: Você vai?Você quase nunca vai a cooperativa.

Estrela: Não sei eu quero ir, quero perguntar ao Peixoto como está os meus pais.

Nina: Você precisa de um celular mulher.

Estrela: Depois que o meu quebrou e vou falar pra você que eu não sinto nenhuma falta.

Nina: O seu número já deve ter sido bloqueado já faz um ano isso.

Estrela: E melhor assim.

Nina: É para ele não lhe ligar quando estiver bêbado.

Estrela: Eu não sei do que você tá falando e vamos logo por que se não eles não vão querer os peixes pelo passar do horário.

Nina: Certo vamos lá.

Entramos na caminhonete eu quebrei justamente o meu celular por causa disso e não sinto falta dele, se ele me quisesse ele viria atrás de mim ele sabe muito bem onde eu estou.

Chegamos na cooperativa deixo os peixes com a Nina e o Jamal e vou para o escritório do Peixoto, no caminho abaixo para amarra a minha sandália e vejo um homem de terno passar ele não me vê nem eu a ele acho isso, pois estou abaixada atrás de um tonel de água, sinto um arrepio na minha pele ao olhar vejo somente um homem des costa alto, músculoso usando um terno sobe medida, o seu cheiro entra pelos meus poros, um cheiro delicioso amadeirado ele já está longe me levanto e vou para o escritório do Peixoto, coisa estranha,não entendi nada.

Estrela: Peixoto.

Peixoto: Estrelinha.

Estrela: Tudo bem?

Peixoto: Tudo você não aparece por aqui aconteceu alguma coisa?

Estrela: Não eu só passei para saber notícias dos meus pais.

Peixoto: Eu falei com o patrão agora pouco de você.

Estrela: De mim para o seu patrão?

Peixoto:Sim, estamos falando sobre os peixes aí lembrei de você mas também falei da Nina e do Pedro não se preocupe.

Estrela:Oh seu patrão é o engomadinho de terno que eu vi indo embora de longe.

Peixoto: Ele mesmo, você o viu ?

Estrela: Não só de longe,esquece essa gente rica eles nem olham para gente direito me diga como estão os meus pais?

Peixoto: Estão ótimos, além do mais vai ter festa hoje lá na vila você não vai?

Estrela: Não sei.

Peixoto: Vamos Estrela você quase não sai, vamos dançar.

Estrela: Vou pensar tá bom, manda um beijo para os meus pais.

Peixoto: Está bem.

Saio de lá é encontro a Nina no meio do caminho.

Estrela: Você viu um homem de terno passar por aqui?

Nina: Não o que tem ele?

Estrela: Nada.

Nina: É o Iago?

Estrela: Não tá louca.

Nina: Não sei me diz você!

Jamal: Aqui as caixas, vai pegar o dinheiro agora ou mando depois?

Estrela: Eu quero agora Jamal por favor.

Jamal: Está bem.

Ele sai e volta com o dinheiro na mão.

Jamal: Aqui.

Estrela: Obrigada.

Nina: Vamos então né.

Saímos de lá é entramos na caminhonete.

Estrela: Aqui a sua parte.

Nina: Não eu não tenho parte nenhuma você fez tudo sozinha.

Estrela: Claro que não.

Nina: Fez sim, saiu sem mim então o dinheiro é todo seu.

Estrela: Para de bobagens.

Nina: Não quero já falei.

Ela gira a chave da caminhonete a pessoa é teimosa viu que coisa.

Estrela: Vamos fazer assim o Peixoto disse que tem festa na vila hoje podemos ir, mas só vou se você aceitar o dinheiro.

Nina: Você não presta.

Sorrio.

Estrela: É pegar ou largar?

Nina: Você sabe quanto tempo eu não vou a uma festa? Beijar alguém e transar já faz séculos.

Estrela: Você ainda não me respondeu.

Nina: Eu também tenho uma condição.

Estrela: Qual?

Nina: Vamos beber e dançar até os pés doerem.

Estrela: Fechado.

Ela pega o dinheiro é saímos para casa.

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