Capítulo 15

Eles entraram no pequeno barco e ela sentou pra arrumar o que havia levado pra eles.

Gael: Angel, você trouxe um monte de coisa. -rindo.- Eu sei que minha história é triste mas...

Angelina: Vamos dormir aqui então pensei que...

Gael: Vamos?

Angelina: Não vamos?

Gael: Eu vou. -sentando na frente dela.- Angel, esse barco é de pesca, pequeno demais e desconfortável. Vamos jantar e você irá dormir na sua casa bem confortável. Eu vou dar um jeito nisso amanhã e...

Angelina: Nem pensar. Já avisei a meus pais e o Justin quase me matou.

Gael: Falou pra ele que ia dormir comigo? -arregalando os olhos.

Angelina: Não deveria?! -disse confusa.

Gael: Não é isso. Você tá brigando com sua família por mim e eu não achei que...

Angelina: Eu nunca senti isso na minha vida e eu jurei pra mim mesmo que se meu dia chegasse... Eu iria me jogar de corpo e alma sem medo de ser feliz.

Ele segurou nas mãos delas, a fez ficar de pé e sentar em seu colo.

Gael: Você é incrível! -jogando seu cabelo pra trás do ombro e Acariciando seu rosto.- Vai mesmo preferir dormir nesse barco desconfortável?

Angelina: A luz da lua e nos seus braços? Com certeza. Nada me deixará mais feliz.

Gael: Então vou tentar fazer algo diferente pra gente.

Angelina: Não precisa se preocupar. -deitando a cabeça no ombro dele.- Vamos ver as estrelas juntos pela primeira vez. -sorrindo.

Gael: Primeira de muitas.

Angelina: Vai me mostrar cada constelação que aparecer?

Gael: Vou. -rindo e a beijando.

Ela deslizou uma das mãos até a nuca dele e deixou o beijo mais quente, ela deslizou até sair do colo dele e o puxando pra ficar com ele por cima dela.

Angelina: Está com fome?

Gael: E-eu... -olhando nos olhos dela ofegante.- Estou. Vou arrumar ali. -saindo do barco rapidamente, pegando algumas coisas e o que ela trouxe e arrumando alto pra eles na areia.

Ela molhou as mãos, passou pelo pescoço e seu colo tentando voltar a respirar normalmente. Ela ficou observando tudo e olhou pro céu que estava cheio de estrelas e suspirou.

Angelina: Quer ajuda? -gritou.

Gael: Não!

Ela arrumou o barco pra quando eles terminassem de comer.

Gael: Vamos comer?! -estendendo a mão pra ela próximo ao barco.

Angelina: Vamos.

Gael: Gostei da produção. -rindo fraco e a pegando nos braços.- Minha sereia.

Angelina: É verdade que as sereias cantam pra encantar os pescadores e eles morrem debaixo d'água por elas não o soltarem mais?!

Gael: É só olhar pra mim. -colocando-a sentada de frente pro jantar.

Angelina: Gael, porque não solta o cabelo?

Gael: Gosta?!

Angelina: Nunca vi. Acho que sim.

Ele sentou por trás dela e beijou seu ombro.

Gael: Preciso te contar uma coisa.

Angelina: Se for algo ruim... Só me conta amanhã.

Gael: Tudo bem, você tem toda razão.

Angelina: É ruim? Aff. Eu sou curiosa. Agora vou ficar pensando o que pode ser. Fala logo então.

Gael: O filho da Lúcia não é meu. Encontrei ela com outro na cama, coloquei ela pra fora de casa e o cara largou ela ali mesmo. Fui com você e quando voltei a casa estava toda revirada, tudo destruído etc.

Angelina: Achei que disse que ela era tranquila.

Gael: Pra você ver que nunca a conheci bem. Quero que se cuide.

Angelina: Você lembra como nos conhecemos?

Gael: Claro. -rindo.- Eu só quero que você...

Angelina: Vou te proteger, Ga! -acariciando o braço que ele estendeu para pegar a comida.

Gael: Ah! Você vai me proteger?! Fico muito mais tranquilo, minha mafiosa. -rindo.

Angelina: Adorei o apelido, senhor cabeludo.

Gael: Não, pode mudar esse apelido. Cabeludo? Vou raspar o cabelo então.

Angelina: Não faça isso. -rindo.

Eles comeram, conversaram, riram bastante e depois de organizar tudo eles voltaram pro barco.

Gael: Tem certeza que quer dormi assim?

Angelina: Se você preferir que eu vá embora...

Gael: Não! Claro que não. -sentando ao lado dela e fazendo ela deitar em seu peito.- O dia foi bem cheio. Como está o seu irmão?

Angelina: Deve está no paraíso com a Antonella dormindo lá. Espero que amanhã ele consiga voltar ao normal. -abrindo três botões da camisa dele e colocando a mão por baixo do pano da camisa.

Gael: Ele deve me matar assim que ficar bom. -beijando o topo da sua cabeça e passeando com seus dedos pelo braço dela.- Quando ele souber que estamos aqui.

Angelina: Todos esses dias eu esperei pra viver esse momento. -levantando seu olhar para o rosto dele.- Ele vai entender e não vou deixar que façam nada com você.

Gael: Vai me defender da sua família?! -segurando seu queixo com a outra mão e a beijando.

Ele deslizou pra deitar onde ela ajeitou para dormirem, ela foi deitando ao lado dele sem parar o beijo e a mão dele deslizou até a fenda de sua saia acariciando-a. Ela foi abrir mais um botão e quando ela foi ficar por cima dele acabou batendo a cabeça em uma das divisórias do barco e eles começaram a ri.

Gael: Angel! -rindo e esfregando a parte que ela bateu.- Está doendo?!

Angelina: É um sinal cósmico? -gargalhando e sorrindo enquanto ele esfregava sua testa.

Gael: Eu disse que aqui é bem apertado. -beijando-a.- Deita aqui. -se ajeitando e abrindo os braços.

Ela pegou a manta que levou pro barco, os cobriu colocou a sua perna que estava descoberta pelo pano da saia por cima do corpo dele e o abraçou de lado colocando a cabeça no peitoral dele.

Angelina: Vai me ajudar? -olhando pro céu.

Gael: Já estou procurando... Aquela. -aprontando pra ela conseguir vizualizar.- Olha só... Essa é a ursa menor. -fazendo o desenho que elas formavam.

Angelina: Ursa menor.

Gael: Ela é considerada uma constelação boreal assim como a ursa maior.

Angelina: É linda! -sorrindo boba e acariciando a barba dele.

Gael: Você que é. -beijando a mão que ela acaricava sua barba.

Na mansão o Theo estava com a Esmeralda na piscina e o beijo estava quente.

Theo: Uma noite só que me alimenta até hoje...

Esmeralda: Eu quero renovar essas lembranças. -abraçando sua cintura com as pernas e seus braços envolveram o pescoço dele.- Estou pronta pra isso.

Theo: Aqui? Na piscina? -sorrindo maliciosamente e a encostando na borda.

Esmeralda: Eu sonhei... Que a gente começava aqui...

Theo: Começamos aqui... -beijando seu pescoço.- Saudade da sua pele. -mordendo-a levemente.

Esmeralda: Theo! -mordendo os lábios e passeando com as mãos no corpo dele.

Theo: Put* merd*! Não sei se consigo ir aos poucos assim. Minha vontade é de... -parando e mordendo o lábio inferior ao sentir a mão dela chegar em seu membro.- Esme! -beijando-a.

Justin: Boa noi...-parando ao ver os dois.

Esmeralda: Senhor Green! -tirando lentamente a mão de onde estava para o Justin não perceber.

Theo: Tio! A Mady me disse que o Dom...

Juno: Meu Dom! -disse com semblante triste.

Esmeralda: Eu sinto muito pelo que causei.

Juno: A culpa não é sua, querida. Não se preocupe. Eu vou subir pra descansar. -sorrindo fraco e indo pro quarto.

Theo: Ele está melhor mesmo? Porque...

Justin: Ela está com ciúme pois o Dom preferiu que a Antonella dormisse com ele hoje.

Theo: Ah! Então ele já vai ter alta?!

Justin: Amanhã ele deve passar por mais alguns exames.

Esmeralda: E podemos visitá-lo?! -saindo da piscina.- Eu estou bem melhor.

Justin: Fico feliz. -sorrindo fraco.- Claro que podem. Hoje foi bem agitado por isso achei melhor que ficassem poucas pessoas lá. Falou com seus pais?

Esmeralda: Sim mas ainda não contei muita coisa. Tenho medo da reação deles.

Justin: Entendo perfeitamente. O Theo é um rapaz incrível e vai te ajudar com isso também. Tenho certeza.

Theo: Valeu, tio! -sorrindo e saindo da piscina após não está mais evidente o efeito que a Esmeralda causava nele.

Justin: Podem continuar aproveitando. Eu vou pro quarto.

Esmeralda: Não, a gente já ia subir.

Theo: Qualquer coisa, estou por aqui.

Justin: Digo o mesmo.

O Justin subiu as escadas e a Esmeralda ficou muito vermelha. O Theo colocou uma toalha nela e se enxugou com outra, eles riram e subiram as escadas. A Madeline estava muito ansiosa, ela desceu do carro e ficou ali tentando controlar sua ansiedade. Ela tirou sua caixinha de remédios da bolsa e ficou olhando pra um dos seus remédios até que uma mão tocou a caixa e a fez voltar a realidade.

Edward: Desculpe o atraso. Espero não ter feito você... Sair do seu melhor.

Madeline: N-não! Eu só... Estava... Contando! -disse nervosa ao ouvir a voz sedutora do Edward.

Edward: Isso não irá se repetir. -estendendo o braço pra ela.

Ela sorriu, guardou a caixinha de remédios e entrelaçou seu braço no dele para seguirem caminhando.

Edward: Como foi seu dia?!

Madeline: Bem cheio e você?!

Edward: Estava normal até agora.

Madeline: Como está agora então? -sorrindo.

Edward: Especial! -colocando sua outra mão no bolso do seu sobretudo.- Muito bom ver você desse jeito.

Madeline: Estou me esforçando bastante.

Edward: Eu imagino. Vamos passar por isso juntos. -entrando no restaurante e sentando com ela.

Xxx: Senhor Gray, quanto tempo.

Edward: Pois é, faz tempo que não tenho algo especial a comemorar.

Xxx: O de sempre então?!

Edward: Os drinks pode ser sem álcool, por favor!

Madeline: Não tem problema em beber.

Edward: Melhor evitar e termos uma noite sóbria com boas lembranças.

Madeline: Tem razão. Espero conseguir deixar uma boa lembrança de hoje.

Edward: Provavelmente deixará vontade de repeti-la. -sorrindo de um jeito que a fez extremecer.

Ela estava lutando muito contra seus pensamentos inapropriados que surgiam em sua mente. Era muito difícil pra ela controlar aqueles impulsos que a torturavam por anos e trazia lembranças tão ruins e pesadas. O Edward notou a mudança em seu rosto e tocou sua mão para tentar amenizar puxando um assunto aleatório e totalmente diferente. O jantar foi muito agradável, a Madeline ria e se divertia com ele. Assim que terminaram o jantar e a sobremesa ele pediu a conta, pagou e saíram do restaurante.

Madeline: Então costuma frequentar esse restaurante?!

Edward: Sim. Eu adoro a comida daí e a minha é péssima. Como moro só não vejo razão pra contratar alguém sabe, tento dar conta de tudo mas na cozinha... Geralmente recorro a restaurantes. Posso?! -deslizando a mão pela cintura dela.

Madeline: Por favor. -sorrindo.- Podemos ir a outro lugar?

Edward: Não trabalho amanhã, não tenho pressa e estou pedindo incasavelemte que essa noite não acabe tão cedo.

Madeline: Podemos ir a um lugar que gosto muito?

Edward: Claro.

Madeline: Então vamos. -puxando o Edward e entrando no carro com ele.- Você veio de carro?

Edward: Posso pegar amanhã.

A Madeline sentiu um arrepio com a afirmação dele, deu partida no carro e tentou focar na estrada. Eles chegaram aquela casa que ela foi com o Theo, parou o carro e eles desceram do carro.

Edward: Não esperava que era tão bonita assim.

Madeline: Que bom que gostou. Esse é o meu lugar preferido, me faz sentir melhor e mais... Calma.

Edward: Você está bem? -se aproximando dela.

Madeline: Sim! -olhando-o nos olhos.- Um pouco... Nervosa?! -rindo fraco e baixando a cabeça.

Edward: Mady, sabe que não precisa ter medo. -colocando sua mão no rosto dela lentamente.- Você confia em mim?

Madeline: Eu não confio em mim. -fechando os olhos.- Eu sei!

Ele a puxou para um beijo lento e intenso, seus dedos se embrenharam nos cabelos dela sua outra mão pressionou sua cintura colocando seu corpo ao dela. As mãos da Madeline foram pro rosto dele e deixou o beijo mais intenso e feroz. Ela parou o beijo, segurou a mão dele e subiu pra entrar na casa. Ele tinha medo de fazer ela regredir com isso mas seu desejo por ela já estava incontrolável. Ela trancou a porta, tirou seu sobretudo, agarrou sua camisa e voltou a beija-lo. Ela foi o empurrando até a cama e já estava abrindo a calça dele quando o jogou na cama o fazendo arregalar os olhos. Ela não dava tempo pra que ele controlasse a situação e logo subiu encima dele. Ele observou ela jogar seus sapatos longe e quando ela voltou pra cima dele e suas mãos alcançaram sua cintura ela o acertou no rosto.

Madeline: Não toca em mim. -disse ofegante sem parar de tirar as roupas dele.

Edward: Mady!

Ela não parecia ouvi-lo, arrancou sua camisa impaciente e a jogou em qualquer lugar voltando a beija-lo ferozmente. Ele apesar de está gostando sabia que ela não estava bem. Ela tirou o vestido e sua bota voltando a subir encima dele.

Edward: Mady! -segurando o rosto dela.

Ela o segurou com força tirando as mãos dele do seu rosto, ficou de joelhos na cama próximo ao membro dele.

Edward: Mady! -puxando-a com força, deitando-a na cama, ficando por cima dela e a prendendo ali.

Madeline: Não toca em mim. -gritou desesperada.

Edward: Mady, sou eu! Edward Gray. -olhando-a nos olhos tentando mante-la parada.- Sou apaixonado por você e o que eu quero é te dar carinho. Não vou machuca-la.

Ela deixou algumas lágrimas escaparem ao perceber o que estava acontecendo, ela se encolheu e notou que já estava quase sem roupa e ele apenas de cueca.

Madeline: Ed! -fechando os olhos.- Perdi o controle?!

Edward: Vamos com calma. Não fique assim.

Madeline: Eu tenho medo! Eu sabia que ia estragar tudo... Quando chega esse momento... Eu achei que esse lugar ia me ajudar...

Ele a beijou lentamente a fazendo se acalmar e lentamente soltou seus braços. Ela segurou seu rosto e parou o beijo.

Madeline: Se eu tomar...

Edward: Não fique refém deles. Você não precisa deles pra isso. -tocando seu rosto.- Você está numa fase boa desse processo. Eu estou nu encima de você agora e você está bem.

Madeline: Desculpa! -saindo da cama e vestindo seu vestido.- Estraguei tudo.

Edward: Não. -segurando-a pelo braço.- Podemos ir mais devagar até se sentir confiante.

Madeline: Edward! -olhando pro seu membro.- É impossível eu controlar meus pensamentos vendo você assim.

Edward: Também tenho pensamentos eróticos com você... -vestindo sua calça.- Não precisa ser agora. -abraçando-a.

Madeline: Eu quero ser diferente, eu juro. É que aqueles momentos me vem a cabeça e... Eu sinto nojo de alguém me tocar...

Edward: Eu sei! -apertando-a em seus braços.- Podemos começar com... Dormindo juntos.

Madeline: Só dormir?

Edward: Claro! Você ficará em meus braços todo esse tempo e pode ir se acostumando. Sua mente vai se adaptar a receber meus carinhos, seu corpo vai se acostumar a receber meu toque... E aos poucos...

Madeline: Acha que funciona?

Edward: Eu quero tentar. -beijando o topo de sua cabeça.

Madeline: Eu também quero. -sorrindo e o olhando nos olhos.- Desculpa.

Edward: Você me deu momentos inesquecíveis. Não tem que me pedir desculpas.

Madeline: Negativo, né?

Edward: Não. Vamos focar em outra coisa. O que acha de um filme?

Madeline: Não temos tv.

Edward: Celular. -puxando-a pra cama, se cobrindo com ela e a abraçando.

Madeline: Você é sempre perfeito assim?

Edward: Perfeito? Não, não sou perfeito mas eu quero ser o melhor pra você. Estou apaixonado por você e quero te ajudar a superar tudo e viver essa vitória com você. -beijando-a.- Namorar...

Madeline: Namorar comigo?

Edward: Claro, eu não sou homem de ficar, Mady! Tenho 49 anos. -rindo.

Madeline: Com cara de 30.

Edward: Você com cara de 15.

Madeline: Mentiroso. -gargalhando e se aninhando ao corpo dele.- Obrigada por me entender tão bem e respeitar isso.

Edward: Não me agradeça por fazer o mínimo..-beijando sua testa.- Vou escolher um filme romântico.

Madeline: Nada de romântico. Quero de ação ou terror. De guerra, muito sangue e...

Edward: Sim senhora! Desculpa! -rindo.

Ele colocou o filme que ela escolheu no celular e ficou ali assistindo com ela que logo pegou no sono. Ele tirou o filme, ajeitou ela em seu peito, beijou sua testa e adormeceu assim.

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