Capítulo 4

Ele pega um papel e joga em minha direção, incluindo a caneta.

Tyler: Assina!

Pego o papel mas nem sequer ele me deixou ler e já se abaixou na mesma altura que eu estava.

Tyler: Quer ver a sua mãe morta? Posso muito bem fazer isso. Se não pagar a tempo, logo ela irá deixar o hospital e assim morrer em questão de uma semana, porém, posso acelerar o processo.

Começo a chorar, como ele sabia da condição de minha mãe? O que ele pretende fazer com ela? Esse canalha! Como o odeio!

Tyler: ME RESPONDA!

- Não...

Tyler: Então assine.

Minha mão tremia, eu pensava várias coisas diferentes em minha cabeça, o que ele estava tramando?

- E o que vai fazer, depois de eu assinar?...minha mãe...

Tyler: Vou pagar as despesas do hospital, AGORA ASSINE MENINA!

Minha mãe estará a salvo, não tinha o dinheiro para pagar e conseguir seria difícil demais para alguém como eu. Apenas com os pensamentos de mamãe ficar melhor, assino. Fazendo meu sorrir e retirar o papel de mim, vendo minha assinatura no documento.

Tyler: Finalmente! Minhas dívidas serão pagas...- ele suspira aliviado. – Enquanto a você, nunca e jamais falará que é mãe da criança, caso isso aconteça, será processada por quebra de contrato num valor tão alto que nem se você trabalhasse toda a sua vida conseguirá ter...

- Mãe? O que quer dizer com isso? – falo desesperada.

Tyler: Pense nisso como uma forma de pagar o dinheiro que gastei com você sua rata, será barriga de aluguel.

- Não, isso não...isso não pode estar acontecendo.

Tyler: E está, faça o favor de manter esse seu bico calado. NINGUÉM, deve saber sobre a criança, NINGUÉM. Está ouvindo?! Irei providenciar bons médicos para aquela mulher, até o final da gestação.

- Por que está fazendo isso? Você é meu pai. – falo chorando.

Tyler: Mas eu nunca vou te considerar como filha. Terá uma cópia do contrato entregue daqui a alguns dias. Até lá, faça um bom trabalho, e não se esqueça dos processos que irá levar caso abra esse bico. Agora, Enrico, Thomaz, tirem ela daqui, não andarei no mesmo carro com gentinha igual a ela. Sabem aonde levá-la.

Os homens entram e me pegam pelo braço.

- Aonde vão me levar?! – grito.

Tyler: Começará a trabalhar hoje, e é bom engravidar! – Ele responde e ri logo em seguida.

Aqueles homens me jogam no banco de trás de um carro, me sento e dois homens se sentam ao meu lado, enquanto outros dois vão no banco da frente. Dando partida e iniciando o trajeto. Não dava para sair, meu futuro havia ido por água abaixo. Aquele lixo humano prefere acabar com a minha vida do que das filhas de sua legítima esposa! Eu o odeio, com todas as minhas forças!

Logo já estávamos saindo da cidade, algo que me preocupou e me assustou. A escuridão e o silêncio, era o que havia ali, eles viram, saindo da pista e ingressando em uma outra estradas, que parecia ser escondida. Alguns minutos ali e logo já se podia ver um lugar completamente iluminado, era uma enorme casa luxuosa escondida no meio das montanhas. Quando estávamos próximos do portão, o homem no banco do passageiro diz algo que não consigo escutar, mas logo depois de suas palavras, o portão é aberto e nós entramos.

As pessoas que devem morar aqui, provavelmente deviam ser milionárias. Aonde me enfiei? Merda...o carro para em frente as escadarias e os homens que estavam ao meu lado descem e em seguida eu. Algumas mulheres vieram nos atender e sem dizer uma única palavra, pegaram em minhas mãos e me levaram para dentro, logo após, o carro que me trouxe foi embora. Quando passei pela porta, mais cinco mulheres vieram, me levando para o segundo andar da casa e me levando até um quarto. Elas começaram a me despir, eu não sabia o que fazer e a sensação de estarem me tocando era horrível. Me senti apenas um objeto, bom, agora, era o que eu era ali. As mulheres me levam até o banheiro, onde me fazem entrar na banheira cheia de pétalas de rosa.

Estou fedendo e não tô sabendo? Achava que estava cheirosa pelo menos. Me senti ofendida com isso.

Elas começam a me lavar, não só o meu corpo mas meus cabelos também. Estava nervosa e entristecida, não tinha como eu desistir, a vida de mamãe está em risco. Não suporto a sensação de ter um homem me tocando, um homem que não conheço, um homem que pode ser um velho no estilo dos senhores de 50 anos que frequentam a boate. E o pior de tudo é que não tenho intimidade com homem nenhum, então não sei como agir. A faculdade, meu futuro, tudo desmoronando em um piscar de olhos, me pergunto se vou conseguir enfrentar isso. Derramo algumas lágrimas e em seguida, uma das mulheres despejam um baldão de água na minha cabeça para tirar o condicionador.

Quando terminaram, elas pegam uma toalha e com aquele gesto, já entendi que tenho que sair. Bom, pelo menos eu saí ainda mais cheirosa, se fosse um SPA tudo seria mais simples de colocar em minha mente, porém depois disso, provavelmente terei que dormir com a pessoa que meu genitor deve.

Após me secarem, as mulheres secam meus cabelos e passam um óleo em meu corpo, uma delas me entrega um copo com vinho. Elas querem me embebedar? Tão de brincadeira, não dá para beber numa situação dessas.

X: Por favor senhorita, beba tudo pois irá ajudar a relaxar. – diz a mulher.

- Posso ficar sem beber isso?

X: São ordens senhorita.

Merda...pego a taça e viro todo o líquido. Após beber tudo, entrego a mulher que sai com o copo. As que ficaram, me levaram nua para fora do quarto. Eu escondia meus seios com a mão incluindo minha vagina, fiquei envergonhada com aquilo, mas logo elas me levam até o quarto do final do corredor, em seguida me colocam na cama e apagam as luzes, deixando apenas uma luminária com a luz fraca e amarela no canto do quarto. O lugar estava uma completa escuridão. Nem um ruído se escutava.

Fiquei ali deitada, não tinha nada para que eu pudesse me cobrir, um enorme arrepio percorre meu corpo por conta de uma pequena brisa. Me sento na cama e tento me cobrir com um travesseiro, mas nesse exato momento, a porta é aberta e a silhueta do homem é refletida na parede por conta de sua sombra. Começo a me desesperar, eu não devia estar fazendo isso...eu quero a minha casa e a minha vida de volta!

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