Visto o uniforme, uma roupinha de empregada e um salto preto, bom, pelo menos não terei que usar gargantilha de sininho. Após isso, vou ajudar a arrumar as mesas junto com Emilly, quando terminamos fomos arrumar as frutas para os drinks e os copos para as bebidas. Em questão de 1 hora, já foi aberto o estabelecimento e nós, começamos a trabalhar. Uma boa parte dos clientes eram velhos com pelo menos 40 anos para cima, bom, normalmente era esse tipo de homem que vem assim que abre. As dançarinas entravam com suas roupas curtíssimas, dançando a música que tocava. Não humilhando e nem tendo preconceito com isso, mas agradeço por usar meu vestidinho de empregada, mesmo sendo curto, era maior do que a roupa que elas estavam usando.
Atendo todos e levo as bebidas, ninguém mexia comigo e nem com Emilly, pois os que tentavam era expulsos do local. Era uma norma que nós duas colocamos, já que não gostávamos dessas coisas. As horas se passavam e os clientes aumentavam, o lugar estava lotado e a banda tocava jazz, uma loucura só para mim e para Emilly que servíamos o pessoal.
Eu estava tranquila servindo um drinks para um senhor de terno, ele era careca e baixinho, o homem implorava para que uma das dançarinas dormisse com ele, porém ela recusava e o fazia aumentar o valor que daria a ela caso fizesse esse ato. Confesso que por dentro ri demais, já que estava claro que aquela mulher estava extorquindo o pobre velho, porém é o que todos aqui.
A noite continua, e logo já estava no horário de fechar o estabelecimento. Olho para o relógio e era exatamente às 2:30 da manhã, dormir seria um luxo já que ainda tínhamos que limpar as mesas e lavar todos aqueles copos, provavelmente terminaríamos daqui uma hora ou uma hora e meia, até chegar em casa seria quase 4:40 da manhã, se tiver 50 minutos de sono será muito, pois às 8 tenho que estar na universidade e antes de ir, ainda tenho que ir ver mamãe. Tomo um gole de energético e continuo a limpeza.
Emilly: Gata, o dinheiro já está na sua conta. – fala a mulher depois de ter saído da sala do nosso supervisor, Lucas.
- Obrigada. Bom, vai querer que eu lave os copos e você passe pano no chão?
Emilly: Você decide.
- Para mim tanto faz.
Emilly: Então vou passando pano, se precisar de ajuda, me grita. Aliás, Téssa e as amiguinhas de plantão já foram embora. – diz pegando o pano de chão dentro do balde de água e colocando no esfregão.
- Já esperava por isso, elas fazem isso sempre. – pego a buchinha e começo a lavar.
Emilly: Verdade, mas sério, tenho um ódio disso. Elas são tão folgadas.
- Pior que é a verdade.
Emilly: Quer saber amiga. – ela bate o esfregão no chão – Vamos deixar esse lugar brilhando, vamos mostrar para aquelas descaradas que nós somos e sempre seremos melhores que elas.
- Estou dentro, vou deixar essas taças brilhando.
Nós duas começamos a nos esforçar o bastante para terminar tudo rapidamente, em questões de 45 minutos, nós terminamos, fui me trocar e Emilly foi junto, nós estávamos falando de como as dançarinas estavam dando encima dos velhos na intenção de tirar algo deles. Após nos trocarmos, fomos saindo do estabelecimento pelos fundos dando umas boas risadas.
Emilly: Ai amiga, sério, não aguento certas mulheres – ela ri.
- Certas mulheres, ou seja, Téssa e sua gangue.
Emilly: Exatamente.
Rimos juntas.
Estávamos andando numa boa, até dois homens virem até nós. No começo sentimos medo, já que não sabíamos quem eram aqueles dois. Eles estavam com um terno preto, seus cabelos estavam bem penteados.
Homem 1: Louise Johnson? – fala parado em nossa frente.
- Sou eu. – respondo um pouco relutante.
Homem 2: Venha com a gente.
Os dois se viram e vão caminhando. O que será que eles querem? Eu não fiz nada. Eu tinha curiosidade, porém, o medo era óbvio.
Emilly: Amiga, corre para o meu carro, não sei o que essa gente quer atrás de você mas corre.
- Ok.
Vou andando devagar até ver que os dois não estavam mais ali, então corro o mais rápido possível junto de Emilly. Mas, para meu azar, eles não estavam sozinhos. Outros três caras apareceram e me pegaram pelos braços, tentei gritar porém, tamparam a minha boca. Emilly foi pega também, mas ao contrário de mim, ela ficou ali em seu carro sendo vigiada por dois homens.
Sou levada até uma limosine preta, usada normalmente por pessoas muito influentes na cidade. A porta é aberta e me jogam lá dentro. Estava com medo, o que podia acontecer ali? O que pensam que estão fazendo?
Me levanto devagar e fico sentada no chão, sem olhar para minha frente.
X: Você cresceu. – diz a voz masculina que me parecia familiar. – Nunca pensei que teria que voltar a ver uma imunda como você.
O homem pega em meu queixo e levanta minha cabeça, me fazendo olhar para a figura em minha frente.
- Pai? – falo admirada e assustada com aquilo.
Tyler: Você é igualzinha a sua mãe. – Ele solta meu queixo bruscamente e eu abaixo minha cabeça.
- O que o senhor quer comigo? – pergunto, já que ele nunca foi presente em minha vida e não vai ser agora que ele irá ser.
Tyler: Por mim, nunca mais veria o seu rosto em minha frente, porém não vou sacrificar o futuro de minhas filhas sendo que tenho uma ralé como você.
Fico calada, aquilo era muita humilhação para mim principalmente vinda de alguém que tem o mesmo sangue que eu, mas nunca esperei nada dele.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Martinha
Estás duas são amigas mesmo ,e agora este asqueroso e sem escrúpulos o vai fazer com ela .
2022-11-01
22
Maria Isis
Ela e Tam "boazinha", que ainda o chamou de pai.
2023-10-23
0
Luhh Guimarães Aguiar
estou amando a Louise,essa menina tem fibra,e essa amizade dela com a Emilly que linda,prefiro não comentar sobre o tal genitor,aff cara asqueroso🤭
2023-05-13
0