Rebeca sai do banheiro e vem até mim, com os produtos de limpeza em suas mãos.
Rebeca: Lou, você acha que precisamos limpar as janelas hoje? Vai demorar demais.
- Nós limpamos á 4 dias atrás, você acha melhor esperarmos dar os 6 dias certinhos?
Rebeca: Não sei, mas pode ser, estou exausta hoje.
- Digo o mesmo, hoje não foi muito movimentado. – falo enquanto coloco as cadeiras sobre a mesa.
Rebeca: Menos mal, vou varrendo.
- Ok.
Alguns minutos depois, deixamos o lugar limpo e com isso, vou até meu armário, pendurando o meu avental e pegando minhas coisas. Após, vou saindo do lugar.
- Até amanhã.
Rebeca: Até.
Já era 18 horas da tarde, tinha que esperar o ônibus passar para ir para casa. Infelizmente não daria para ir ao hospital, mas amanhã de manhã com toda a certeza eu iria. Com o intuito de fazer uma grana extra, ligo para Emily; ela era minha melhor amiga e trabalha na boate onde faço o bico de garçonete, ela havia imigrado a alguns anos atrás, ela era africana e sempre atraía vários olhares, uma mulher com curvas maravilhosas e sua pele nem se falava, alguns homens babavam sempre que ela passava, bom, não era a toa, aquela mulher é uma deusa. Continuando, bom, sim era segunda, mas teria um show naquele lugar onde com certeza iria lotar de pessoas e clientes. Demora alguns minutos e ela atende.
Emily: Oi gata, tudo bem?
- Estou, e você?
Emily: Estou bem também.
- Amiga, não querendo pedir muito, mas preciso de uma grana extra, teria como eu ir hoje?
Emily: Vixi amiga, pior que eu nem sei. Vou mandar mensagem pro Lucas, talvez ele peça para você vir, nos estaremos em poucas hoje então o negócio vai ser difícil.
- Obrigada Emi.
Emily: De nada, aliás, como vai a tia? Ela está bem?
- O mesmo de sempre, teve outra convulsão.
Emily: Nossa amiga, achei que ela voltaria para casa.
- Eu também tive essa esperança.
Emily: Sinto muito, amiga vou precisar desligar agora. Te ligo quando o Lucas der a resposta.
- Ok, muito obrigada Emi.
Emily: De nada, tchau gata.
- Tchau.
Coloco meu celular na bolsa e fico ali, esperando o ônibus passar, coisa de 10 minutos e logo o veículo para em frente ao ponto. Me adentro e como o de costume, só havia eu ali. Pego meu fone de ouvido, encostando minha cabeça na janela e observando a paisagem. Após alguns minutos, já estava na entrada dos subúrbios de Las Vegas, a cidade dos pecados, como é conhecida. Desço em meu ponto e vou andando até minha casa, que ficava umas duas quadras ao lado direito do ponto de ônibus.
Ao chegar, me adentro em casa e tiro meus sapatos, deixando alinhados um do lado do outro atrás da porta. Após isso, deixo minha bolsa na cadeira da pequena mesa de quatro pessoas que estava no canto esquerdo da cozinha e vou pegar um pouco de água para beber. Hidratação em primeiro lugar, tenho uma vida simples mas, desidratada nunca. Deixo o copo na pia e vou até meu quarto, que ficava no fim de um pequeno corredor. Ao entrar, vou direto para o banho, o único momento que os problemas não me assombram.
Quando terminei, coloquei uma roupa simples; na verdade, todas as minhas roupas eram simples. Após ter me trocado, pratico o famoso “faça você mesmo”, e realmente é, já que meu orçamento não permite que eu contrate alguém para tal tarefa, o negócio é economizar e faço isso através de meus próprios serviços. A casa era pequena, então rapidamente termino. Pego o meu celular, apenas para ver se havia algumas mensagens importantes.
No fim, Emilly confirmou a decisão de Lucas, eu teria que entrar às 19 em ponto, como todas às vezes. Olho no relógio e para minha surpresa faltava 15 minutos para o ônibus que eu preciso pegar para ir até lá, passar, então corro me arrumar. Coloco uma calça jeans, uma bota preta e uma blusinha de alcinha; em seguida pego minha bolsa e vou correndo até o ponto. Quando apareci, o ônibus já estava lá, se eu tivesse atrasado só um pouquinho, iria me ferrar todinha.
Observo como todas as vezes a paisagem pela janela, era a noite que a cidade ganhava vida. Meia hora dentro daquele veículo, e logo já desço no ponto. A boate era quatro quadras dali, então vou andando rápido para chegar lá antes do horário, assim posso colocar o uniforme tranquilamente. Ao chegar, vou entrando pelos fundos, em seguida, vou direto até Emilly que estava arrumando o local. Aquela mulher estava com um vestido de empregada, mas que merda está acontecendo pelo amor de Deus?
- Oi! – digo e a abraço.
Emilly: E aí gatona? – ela retribui meu gesto.
- Que merda é essa que está usando?
Emilly: Nem me fale viu, o patrão disse para todas as garçonetes usarem isso.
- Espera, eu também terei?
Emilly: Provavelmente, peguei um do seu tamanho.
- Ok.
Emilly: Vai lá lindona e gostosa da minha vida!
- Não é pra tanto... – respondo envergonhada.
Emilly: Lógico que é, olha para você mulher. Esse cabelo liso castanho escuro de dar inveja nas recalcadas, seus olhinhos verdes lindos, esse corpinho violão e essa sua pele branquinha porém queimadinha por conta do sol. Se isso não é ser gostosa, eu não sei o que é.
- Olha quem está falando, essa deusa africana aqui em minha frente, devo treinar reverência vossa divindade?
Emilly: Para sua tonta... – ela ri –...vai logo de trocar mulher.
- Sim senhora.
Faço o que ela manda e vou até o vestiário, meu uniforme estava pendurado em um cabide algo que facilitou a minha vida. Como sempre, Emilly sempre me ajudando em minhas melhores e piores horas.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 80
Comments
Maria Aparecida Alvino
tomara
2024-05-28
1
Maria De Fatima Carvalho
parece ser uma boa história
2023-09-04
3
Rose Gandarillas
Conquistada e gostando!!😃🥰
2023-05-21
0