Capítulo 18

Alguns dias depois...

Chega o dia da festa de halloween, Silvana estava muito animada e decorando o sítio com a mãe e alguns amigos do colégio, tudo de acordo com o tema, Isabel encomendou muita comida, doces e um DJ, não iriam muitas pessoas, no máximo 20 adolescentes, mas elas estavam caprichando o máximo possível.

Silvana - O primo vem mãe?

Isabel - Ele não confirmou nada, espero que venha!

...

Varna estava no supermercado comprando umas frutas fresquinhas, escuta alguém chamar seu nome, olha para o lado dando de cara com o Dudu, seu amigo enfermeiro.

Dudu - Iae Varna, feliz dia das bruxas. Risos...

Varna - Meu filho, estamos no Brasil, aqui não existe essa festa não.

Dudu - Existe sim, e a Bia deu notícias?

Varna - Não, aquela sacana, falsa, estou só esperando ela voltar para essa traíra prestar contas comigo.

Dudu - Eita... O que aquela maluquinha fez dessa vez?

Varna - Coisa minha!

Dudu - Vou passar o final de semana na minha mãe, não quer ir?

Varna - Não fica no interior de São Paulo?

Dudu - Isso, vamos?

Varna - Nossa, muito longe, passar três dias fora, não tenho com quem deixar o meu gatinho.

Dudu - Posso resolver esse problema, minha irmã mais velha que mora aqui não vai esse final de semana lá para minha mãe, ela e a filha amam animais, ligo agora e pergunto!

Ela dá de ombros e ele faz a ligação ajeitando tudo, Varna desencana e aceita, pois seria uma boa distração.

Varna foi para casa arrumar a mochila enquanto ele compra as passagens de ônibus, pegam a estrada às 10h da manhã.

Algumas horas depois chegaram ao destino, a irmã mais nova do Dudu já estava os esperando na rodoviária.

Ela acena e corre para cumprimentá-los.

Dudu - Essa é Manuela, minha irmã mais nova.

Varna - Tudo bem, me chamo Varna, prazer!

Manuela - Prazer, nossa como você é linda! Estão namorando?

Dudu - Não, só somos amigos sua metida!

Varna - Risos…

Eles vão caminhando mesmo, pois a casa da mãe deles ficava perto da rodoviária, chegam numa casa bem simples porém aconchegante, Varna foi muito bem recebida por todos.

Tinha muita fartura no café da tarde, bolo, pães recheados, sanduíche de travessa e muito mais.

Depois de comerem foram sentar na calçada onde passaram até o começo da noite conversando.

Um carro para na frente da casa, era Silvana e Isabel, elas baixam os vidros.

Silvana - Vamos amiga, não acredito que ainda não está arrumada.

A menina se aproxima do carro.

Manuela - Nossa, esqueci completamente a noção da hora, meu irmão chegou com uma amiga da capital.

Isabel - Como vai Dudu, a quanto tempo!

Dudu acena com a mão.

Isabel - Que moça bonita, é namorada dele?

Manuela - Não. Risos...

Silvana - Vai logo se arrumar amiga, comprou a fantasia?

Manuela - Sim!

Isabel buzina chamando o Dudu, que logo vai até o outro lado da porta dela.

Isabel - Vai ter uma festinha de halloween lá no sítio, para poucas pessoas, vá com a sua amiga.

Dudu - Nem temos fantasia. Risos...

Isabel - Podem ir de qualquer jeito, só não quero ficar sozinha com vários adolescentes de 15 anos, vamos ficar na nossa mesa.

Dudu - Tá bom, vou convencer a Varna, faça o seguinte então dona Isabel, podem ir, não precisa esperar a gente se arrumar, vamos de táxi!

Isabel - Perfeito, não me deixe sozinha nessa Dudu. Risos...

Ela buzina e vão para o sítio, Dudu vira para a Varna com cara de travesso.

Varna - O que foi? Risos...

Dudu - Fomos convidados para uma festa de halloween!

Manuela - Vamos Varna, por favor!

Varna - Não temos fantasia para irmos Dudu, tá louco cara!

Manuela - Vai de preto, te empresto se quiser!

Varna - Só pelo o carro da mulher já sei que é coisa de rico, eu não vou igual uma mendiga.

De tanto os dois insistirem ela acabou aceitando, vestiu uma roupa toda preta e fez uma maquiagem caprichada com a ajuda da Manuela.

Eram quase 21h da noite quando o táxi chegou e levaram eles para o sítio.

Quando chegaram ficaram impressionados com a decoração, Manuela tratou de se juntar aos amigos e ir para longe deles.

Os dois vão caminhando até a mesa mais afastada da bagunça, onde estavam sentadas dona Isabel e a irmã Marta, nesse lugar exclusivo a música chegava em som ambiente, bem baixinho.

Isabel - Que bom que vieram!

Dudu - Essa é a dona Isabel e sua irmã dona Marta.

Varna cumprimenta com dois beijinhos do lado do rosto de dona Isabel e em seguida de dona Marta, porém estranha o comportamento da senhora ficando sem graça.

Isabel - Minha irmã tem problemas, minha querida, ela não entende muita coisa, desculpe!

Varna - Magina!

Mesmo assim, Varna dá um beijo no rosto de dona Marta com tanta ternura que Isabel sorriu.

Isabel - Vejo que além de linda e muito amorosa!

Varna - Algo que me deixa com o coração partido é ver crianças ou idosos doentes.

Dudu - Ela é enfermeira no hospital que eu trabalho, dona Isabel!

Isabel - Sério, admiro demais o trabalho de vocês, é tanta dedicação.

Dudu - Queria até agradecê-la pelos brinquedos que a senhora doou no dia das crianças, foi uma alegria só!

Varna - Então a senhora é a madame misteriosa que faz doações em datas comemorativas no hospital do câncer infantil?

Isabel - Ah Dudu, não era para falar, faço de coração!

Dudu - Desculpa dona Isabel!

Varna - Queria muito conhecê-la e agradecer por tudo que está fazendo em anonimato, não se preocupe não falarei para ninguém esse segredo.

Isabel - Peço demais que não cometem!

Dudu - Só falei na frente da Varna porque ela é muito correta e não dirá nada para ninguém.

Isabel - Vamos brindar?

Ela chama o garçom para trazer alguns drinks de frutas e suco para dona Marta.

Isabel - Um brinde a saúde das crianças!

Eles brindam, conversam e dão altas risadas, num certo momento o celular da dona Isabel começa a tocar e ela se afasta para atender, minutos depois voltando sorridente e sentando.

Isabel - Era meu sobrinho avisando que já estava chegando, não o conhece ainda né Dudu?

Dudu - Não senhora!

Isabel - Meu sobrinho adora fazer doações, vou falar com ele para gente comprar muito mais presentes para as crianças no natal.

Varna - Meu Deus, isso será maravilhoso! Risos...

Isabel - Vocês vão adorar ele, é muito gente boa!

Varna estava se sentindo tão bem e à vontade com a dona Isabel que parecia que se conheciam a anos.

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