A conversa se estendeu até as 23h da noite.
Varna - Bom, eu já vou indo professor, já tá bem tarde!
Teodoro - Vou te deixar em casa então.
Varna - Não Precisa, sério! Já estou acostumada a pegar o ônibus.
Teodoro - Mas eu faço questão!
Ele vai até a mesa e pega a chave do carro.
Teodoro - Vamos?
Varna - Risos... Claro!
Eles descem para o subsolo, entram no carro e saem.
Durante o trajeto a conversa cessou, deixando o clima constrangedor entre os dois.
Um tempo depois eles chegam de frente a casa dela, a rua estava praticamente deserta, quase não passava carros.
Varna - Então, obrigada pela carona.
Teodoro - Magina, estarei te esperando amanhã a noite para nossa aula.
Varna - Tá bom, até logo!
Teodoro buzina e vai embora.
Ela entra em casa e seu gatinho corre para recebê-la.
Varna - Oi Mimi, como está sendo sua noite hoje? Risos...
Ela pega o gato no braço e se senta no sofá, ficando pensativa lembrando do jantar inusitado que teve com seu professor de guitarra.
Varna - Não é possível que eu esteja me apaixonando por ele, como eu sou idiota.
Ela desencana e vai para o quarto.
...
Varna acordou bem cedinho e foi na cozinha fazer seu café com leite quente, e levou a caneca para tomar na cama, queria aproveitar que ainda estava cedo para continuar lendo o livro, na companhia de seu amigo inseparável.
Depois de quase uma hora lendo ela vai se arrumar para ir trabalhar, a manhã inteira foi trocando medicamentos e soros, brincou um pouco com as crianças na sala de tv e na hora do almoço foi para o refeitório como sempre.
Ao avistar o doutor Daniel, ela lembra que tinha combinado de sair com ele no sábado e meio que bateu um sentimento de arrependimento, ele se aproximou dela segurando a bandeja com o seu almoço.
Daniel - Tudo bem, Varna?
Varna - Sim, e o senhor doutor?
Daniel - Ótimo!
Varna - Era casado doutor, Daniel?
Daniel - Fui... Porque da pergunta?
Varna - Sabe que as notícias aqui correm rápido!
Ele fica parado olhando para ela, querendo entender onde ela estava querendo chegar.
Daniel - Quer me perguntar alguma coisa?
Varna - Era só isso mesmo!
Daniel - Olha, esses boatos que falam sobre mim não são verdadeiros, minha ex esposa inventou tudo para ganhar a guarda da minha filha na justiça.
Varna - O senhor não tem que me explicar nada, doutor!
Daniel - Gostaria muito que você tirasse a formalidade quando estamos conversando, fica bastante esquisito.
Varna - Mas estamos em ambiente de trabalho.
Daniel - Então, queria saber se você vai me tratar amanhã só como Daniel, mesmo.
Varna - Amanhã?
Daniel - Sim, esqueceu? Vamos sair para jantar!
Varna - Eu não sei se posso, quer dizer...
Daniel - Tá se enrolando toda para me dar um fora, né? Risos...
Varna - Não é isso doutor!
Daniel - Já falei para você que é uma saída entre amigos, nada demais.
Ela fica em dúvida pois já tinha aceitado o convite e pensou que seria muito desfeita da parte dela desistir assim.
Varna - E onde vamos jantar?
Daniel - Será surpresa! Risos...
Eles continuam almoçando e logo Varna termina, pede licença e sai para o pátio do hospital, pois depois do almoço ela adorava ficar sentada no banco debaixo de uma árvore, dava uma moleza tão boa que a deixava sonolenta com o vento batendo em seu rosto.
...
A noite, depois do trabalho foi direto para casa pois sua vizinha ligou avisando que o seu gatinho tinha pulado o muro do quintal para o dela e estava vomitando bastante.
Hoje provavelmente não iria para aula de guitarra por conta dessa situação.
Ela aparece na esquina da sua rua correndo e bate na porta da vizinha que logo aparece.
Varna - Cadê ele?
Vizinha - Está aqui no meu quintal, entre!
Ao chegar no quintal começa a chorar ao ver ser gato no chão de piso de cimento deitado espumando pela boca.
Vizinha - Acho que ele caiu do muro.
Ela pega uma blusa que tinha dentro da mochila e enrola o felino colocando no braço e pedindo um táxi pelo aplicativo, indo esperar na calçada.
Vizinha - Sabe como são os gatos né, ficam de muro em muro, são muito rueiros.
Varna se irrita e olha para a vizinha como se fosse fuzilar ela com os olhos.
Vizinha - É até um milagre não ter morrido, ter caído daquela altura.
Varna - Deixa de ser cínica, já estou de saco cheio de você sua bruxa!
Vizinha - O quê?
Varna - Você que coloca veneno para os animais sua perversa, não é a primeira vez que isso acontece em um mês, e os dois gatos desaparecidos caíram do muro também?
Vizinha - Você está me acusando, sua fedelha?
Varna - Não dê uma de desentendida, se meu gato morrer eu vou te dar uma surra que nunca mais vai esquecer.
Vizinha - Vocês estão vendo né, ela tá me ameaçando, eu vou te processar!
Ela olha para umas três vizinhas que estavam de frente ao portão da casa de frente.
Varna - Tô nem aí, aqui nessa rua são todas fofoqueiras, ficam olhando pela brecha do portão quando eu chego tarde à noite, vocês pensam que eu não vejo? Vocês parecem uma equipe de reportagem, prontas para espalhar uma notícia.
Nesse momento o táxi chega e ela entra no carro.
As vizinhas ficam olhando uma para outra com expressão de indignação.
Vizinha - Ela chega muito tarde em casa, sabe se lá o que anda fazendo, ontem mesmo um carro veio deixar ela na porta.
Elas se juntam para um bate papo.
...
15 minutos depois ela chega em uma clínica veterinária de emergência desesperada.
- Por favor ajudem meu gatinho!
Um funcionário pega o felino no braço e corre para dentro de uma sala para ser atendido pela veterinária.
Varna estava bastante inquieta e temendo o pior.
- Onde fica o banheiro?
Funcionário - Por ali, senhora!
Ela vai até lá, entra e começa a chorar.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Neide Lima
😭😭😭
2024-05-08
2
Marta Monteiro
o meu gatinho também morreu envenenado por vizinhos,quanta maldade com os animais 🙀🙀🙀🙀🙀🙀🙀
2024-04-17
1
Joana Monteiro
tem e qe mandar prender essa assassina
2024-04-08
0