Bruno: Chegamos na mansão, o Bernardo é o centro das atenções de todos. Ele está muito empolgado com a casa, tomamos café todos juntos. A minha mãe me mata de vergonha contando sobre a minha infância e o amor dela por essa cidade. Sinto a Daniela em alerta o tempo todo, como se desconfiasse de tudo e de todos. Após o café da manhã chamo os meus pais no escritório enquanto Daniela e Sheila se instalam, explico o que está acontecendo para eles. Poupo alguns detalhes que só os fariam sofrer, mesmo não sabendo de tudo eles ficam arrasados. Decidiram não se aproximar do Ricardo o que é um alívio e aceitam a segurança reforçada. Nós reunimos na área gourmet e almoçamos lá, Bernardo aproveitou um pouco a piscina com todos os cuidados para não molhar a cabeça.
Daniela: Estou aqui assimilando todas as mudanças, a casa do Bruno me traz uma sensação de paz e segurança. É difícil explicar como isso é bom e me faz mal, ao mesmo tempo. Dói lembrar!
Bruno: Daniela você tá bem?
Estou observando ela desde que chegamos, sei que não está bem. Os seus olhos carregam dor, tristeza e preocupação constantemente.
Daniela: Me sinto constantemente analisada pelo Bruno, não é um olhar com julgamentos e maldade esse olhar eu conheço bem, é um olhar de cuidado e preocupação. Me assusta o quanto ele me faz bem, ver ele brincando com o Bernardo e dando total atenção a ele me faz questionar porque não consigo simplesmente aceitar que isso pode ser real?!
Estou bem Bruno, obrigada. É a mudança repentina, estou me adaptando. Eu vou pegar uma água, quer também?
Bruno: Não precisa.
Ela novamente me fala que está bem quando sei que é mentira.
Daniela: Quero falar com ele, mais não consegui. Vou pegar uma água e não acho os copos. A cozinha tá vazia, pego uma taça mesmo.
Bernardo: Tio Bruno, to com cede.
Bruno: Vou pegar uma água para você.
Deixo Bernardo com os meus pais e estou indo para cozinha, Daniela está bebendo água totalmente distraída e linda. Abro o armário para pegar um copo e a porta bate sem querer, Daniela se assusta e deixa a taça cair, seu semblante muda totalmente. Ela está apavorada!
Daniela: Eu sinto muito, me desculpa. Por favor, foi sem querer.
Bruno: Não consegui entender porque ela está tão assustada com uma simples taça. Dou alguns passos com a internação de acalmá-la e o que nunca imaginei acontece, ela está com medo de mim. Ela achou que ia bater nela?! Não posso acreditar!
Daniela: Por favor, não! Vou limpar tudo, não fiz por mal.
Flashback on
Luana: Sua inútil! Não serve para nada, vai pagar caro por não prestar atenção.
Daniela: Levo um tapa e caio em cima dos vidros da taça que quebrei sem querer, sinto o meu rosto arder, o meu ouvido está zumbido e a minha boca com gosto de sangue.
Titia por favor, eu não queria. Caiu da minha mão, desculpa por favor.
Luana: Não me chame de tia sua bastarda imunda, não serve nem para lavar uma louça sem dar prejuízo. Vai ficar de castigo depois que terminar de lavar essa louça para aprender a prestar atenção.
Daniela: Titia eu imploro, não me deixa no escuro. Eu vou ter mais cuidado, prometo. Por favor.
Levo outro tapa dessa vez na boca por chamar ela de tia de novo. Estou com muito medo. Termino de lavar a louça, apanho de cinto, sinto o meu corpo todo doer. Em seguida sou colocada no porão, sem luz.
Por favor, me deixa sair, tem barulho aqui, tá escuro. Grito até perder a voz, sou vencida pelo cansaço. Ela não vem, to com frio, fome e sede. Desperto tremendo de frio com a água gelada que a minha tia joga em mim.
Flashback off
Daniela: Lembranças invadem a minha mente, estou com medo! Me abaixo e começo a recolher os vidros com as mãos mesmo, era como tinha que fazer quando qualquer vidro quebrava na casa da minha "tia". Sinto o Bruno segurar na minha mão me tirando desse pesadelo.
Bruno: Me escuta, por favor Daniela. Está tudo bem! Olha para mim, não tem problema é só uma taça.
Daniela está tremendo, está tão assustada que não sei mais o que dizer para aclamar ela.
Daniela: Desculpa.
Só sai isso, me acalmo assim que o Bruno segura o meu rosto. Escuto a sua voz calma e volto a realidade.
Bruno: Tá tudo bem.
Olho nos olhos dela, não resisto eu vou beijá-la.
Bernardo: Titio, titio, eu quero água.
Daniela: Bernardo entra na cozinha chamando o Bruno, na hora me assusto, pois tem vidro no chão. Me levanto e vou até ele, tenho quase certeza que o Bruno iria-me beijar.
Filho, fica aí. A mamãe quebrou uma taça, aqui tem vidro. Eu vou até você.
Bruno: Eu vou limpar aqui, pode ir com ele Daniela.
Limpo as lágrimas dela com os meus polegares, me aproximo até as nossas respirações se misturarem, não posso resistir, quero muito beijá-la. O Bernardo chega na hora, Daniela se afasta rápido. Ela pega água e sai com ele dá cozinha, limpo os vidros do chão. Sheila chega com o Jonas, depois do almoço os dois sumiram. Daniela não olha para mim nem por um instante, conversamos todos e as horas passam rápido. Ela sobe para coloca o Bernardo para dormir, desce quando estou saindo do escritório, sigo ela até a área de lazer preciso conversar com ela.
Daniela podemos conversar?
Daniela: Sim, claro! Pode ser na borda da piscina? Gostaria de molhar os pés.
O Bernardo dorme, deixo a babá eletrônica ligada e desço para respirar um pouco. Bruno me acompanha para conversar comigo, espero que seja sobre a rotina de trabalho que combinamos de iniciar amanhã depois que estivesse mais a vontade na casa com o Bernardo.
Bruno: Ela me chama para a borda da piscina, acompanho ela.
Por favor, Daniela não mente para mim. O que aconteceu hoje na cozinha?
Daniela: Tem tempo? É uma longa história. Não sei até onde vou conseguir te contar, mais prometo tentar.
Bruno: Tenho sempre tempo para você.
Daniela: Tinha 5 anos quando os meus pais... Nas sextas-feiras eles sempre faziam algo juntos a noite. Eram incríveis, como pais e como casal. Tudo neles inspiravam amor e paz! Eu sempre enganava a vovó e esperava eles voltarem acordada, nunca dormiram sem me dar um beijo de boa noite e contar uma história. Na última sexta-feira eles saíram para jantar fora, nunca voltaram eu esperei por muito tempo, pensava que isso bastava para eles voltarem. Passaram horas, dai ouvi alguém bater na porta. Desci as escadas e a minha vó estava lá, chorando desesperadamente. Tinha dois policiais, as luzes da sirene invadiram a sala. Ouvi o policial dizer que sentiam muito. Eles sofreram um acidente de carro e não sobreviveram.
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Atualizado até capítulo 85
Comments
morena
pq não bebeu água da piscina ? 😮💨🤣🤣 brincadeira, mas poxa bê chegou na hr errada 🥲
2025-02-14
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Tânia Principe Dos Santos
os pais morreram e essa "tia" a torturava
2025-02-03
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Elenilda Soares
coitada sofreu desde a infância
2025-01-09
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