CAP 12

Depois de ficar horas pedindo socorro, implorando para que Elija a retire de dentro do armário, Mel acaba desistindo. Ela chora a noite inteira acariciando sua barriga.

“Desculpa bebê, sou mesmo uma péssima mãe, não consigo nem proteger a mim mesma, quem dirá a nós dois.” Melanie diz chorando baixinho.

No dia seguinte Elija chuta a porta acordando Mel que se assusta, ele manda que ela acorde, mas ão abre a porta, conforme o tempo passa Mel grita por Elija pedindo comida mas ele a ignora, mais tarde ela ouve a voz de Alice, Mel grita mas continua sendo ignorada.

No outro dia Elija abre a porta já a tardinha e encara Mel por alguns segundos, seus olhos inchados de chorar e sua boca ressecada, Mel fica continua sentada encostada na parede, sem muita força.

“Nossa, não tem nem dois dias direitos que está aí, e já está um lixo.” Elija diz rindo.

“Por favor, ao menos um pouco de água.” Isso é tudo que Mel consegue pedir.

“Eu te falei que ficaria sem água e comida por um bom tempo, então não adianta pedir.” Elija diz sério.

“Por favor.” Mel diz com as lágrimas descendo novamente.

“Como disse não adianta pedir, e eu só vim avisar que não dormirei em casa hoje, talvez não volte nem amanhã, como você e minha esposa me senti na obrigação de avisar.” Elija diz debochado e tranca a porta do armário novamente.

Mel acende a luz do armário novamente, e já que havia esfriado muito ela procura por algo para se aquecer, ela encontra algumas mantas velhas e almofadas, ela acaba tossindo por estarem muito empoeiradas, ela as arrumam no chão e se deita, e devido a sua fraqueza ela acaba dormindo.

Mel acorda sentindo seu corpo ser sacudido, ela abre os olhos com um pouco de dificuldade, e vê Elija ao seu lado.

“Quero que tire essa criança.” Elija diz ríspido.

“Esse foi o problema que fui resolver naquele dia, eu já o tirei.” Mel diz com a voz falha.

“Por isso estava tão pálida, fico aliviado ao ouvir isso agora e só assinar o divórcio.” Elija diz com um sorriso.

Ele fecha a porta novamente, e Mel dorme novamente sem forças para contestar o que ele está fazendo com ela.

Depois de quase cinco dias que Mel estava presa, Elija foi até o armário já que ela estava muito quieta, assim que abriu viu ela inconsciente, e para seu azar Antony e Justine chegaram e o viram agachado ao lado de Mel.

“O que você fez?” Justine pergunta apavorada.

“Calma, eu apenas a deixei de castigo por uns dias.” Elija diz dando de ombros.

“Chama o Dr Sulivan, explique a ele o que Elija fez, e peça que mantenha em segredo.” Antony pega Mel nos braços para levá-la para o quarto.

“Claro.” Justine diz fazendo a ligação.

“E você, nós teremos uma longa conversa, você fará um tratamento, isso não é normal, agora suma da minha frente não quero te ver tão cedo.”

Assim que o médico chega, ele vai até o quarto de Mel, e a examina, ele a médica e a coloca no soro.

“Ela está muito desidratada, mais um dia sem água e sem comida poderia ser irrevivescível, mas por sorte ela ficará bem, creio que até amanhã ela recobre a consciência.” Ângelo diz sério.

“Dr, esse comportamento do Elija não é normal.” Antony diz preocupado.

“Realmente não é normal, pode ser uma sequela do tempo que ele ficou em coma.” Ângelo diz.

“Eu estou muito preocupada com o meu filho, por minha causa ele fez isso com a Melanie, ela não tem culpa de nada.” Justine diz preocupada.

“Eu vou ligar para um psiquiatra amigo meu, e vou pedir que avalie o Elija.” Ângelo diz pegando seu telefone.

No dia seguinte Mel acorda um pouco atordoada, ele olha em volta e vê que está em seu quarto, ela repara que está no soro, ela tenta se sentar mas não consegue, Justine que passou a noite no sofá cuidando dela, acorda ao ouvir Mel gemer.

“Graças a Deus você acordou.” Justine diz com os olhos lacrimejando.

“Oi, desculpa, ele pediu para que eu assinasse os papais e eu me neguei, ele ficou furioso e me trancou no armário.” Mel diz chorando.

“A culpa não é sua, minha querida, e sim minha que fiz aquele pedido estúpido.” Justine diz ajudando Mel a se sentar.

Mel come um pouco de mingau pela manhã, e no almoço uma sopa, como o médico recomendou, a noite Justine a ajudou a tomar um banho, depois mel voltou para cama, tomou um remédio para enxaqueca e pegou no sono rapidamente.

Depois de dois dias em repouso, Mel estava melhor e havia se recuperado bem, ela levantou e arrumou sua mala, ela a levou para seu carro e depois foi tomar seu café da manhã.

“Bom dia, você está melhor minha filha?” Justine pergunta.

“Sim, obrigada pelo cuidado comigo, e por tudo que fizeram enquanto estive aqui.” Mel diz com os olhos lacrimejando.

“Você está se despedindo de nos?” Antony pergunta surpreso.

“Sim, não quero mais problemas, é melhor eu ir embora, será melhor assim.” Mel diz sem conter mais as Lágrimas.

“Eu queria fazer você mudar de ideia, mas creio que será impossível, vejo que já está bem decidida.” Antony diz com a voz embargada.

Quando terminam o café eles acompanham Mel até o carro, ela pede que o motorista a leve, e eles permitem, enquanto estão se despedindo, Justine pede perdão por tudo que a fez passar, e Mel não á culpa. Mel entra no carro e vê a casa sumindo atrás de si. Ela diz onde e o Hotel que ficará, e o motorista segue as instruções. Assim que chega ele a ajuda com as malas e se despede, ela entra e faz o check-in, ela vai até o seu quarto e quando fecha a porta ela desaba, com as mãos na barriga.

“Agora seremos apenas nos dois meu filho, eu juro que nunca mais deixarei colocar nossas vidas em risco.”

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