Capítulo 8

Logo continuaram seu caminho, pois já estavam atrasados, então apertaram os paços para chegar antes do anoitecer no vilarejo.

Thomas tinha um plano e falaria com Jonas quando já tivesse terminado a missão naquele vilarejo.

Jonas estava aliviado e agradecido aos deuses pela sorte de estar nessa viagem com Thomas, se não nesse momento já estaria morto. Ele pensou se um dia chegaria ao nível dele.

Já perto de anoitecer chegaram no vilarejo, que era bastante simples. Seu muro de proteção feito de madeira, estava visivelmente caindo aos pedaços, tinham muitos remendos e na entrada apenas uma pessoa comum com uma lança e uma espada velha em sua cintura fazia a vigilância da entrada do vilarejo.

Há tempos esquecidos pelo seu reino, o vilarejo de Pent estava praticamente a beira de um colapso total.

Os dois soldados foram recebidos pelo homem simples, sua aparência demonstrava cansaço, fome e frio. Havia dias que não dormia direito, assim como todos os outros moradores. Com o medo constante de uma invasão das criaturas da noite. Ele se chamava, Tel.

Tel, mandou uma criança avisar o líder que os soldados haviam chegado, a criança extremamente magra saiu as pressas rumo a casa do líder do vilarejo.

- Em outros tempos eu oferecia algo para vocês comerem, mas agora são tempos difíceis, o pouco que ainda temos é tomado por essas criaturas do demônio. Isso não é vida – falava Tel, com murmúrios aos soldados.

- Não se preocupe estamos bem, apenas cansados um pouco da longa viagem – afirmou Thomas ao homem de aparência abatida.

O vigia ficou intrigado ao vê as manchas de sangue na armadura de Thomas.

Thomas percebendo, disfarça inventando uma história, algum animal selvagem tinha os atacados, mas estava tudo bem com eles.

Ele pensou no caos que se formaria se falasse que tinha sido atacado por um Grenf durante o dia.

- Isso é um castigo dos céus... isso é pela ganância de nosso Rei antigo – falava sozinho o vigia, visivelmente abatido e sem esperança da vida.

Thomas e Jonas apenas ouviram o lamentar de Tel, enquanto aguardavam em seus cavalos na entrada do vilarejo o líder.

O vilarejo não era muito grande apenas tinha cerca de 800 metros de distância.

Jonas observa atentamente os moradores, as mulheres carregavam água, os homens mais fortes carregavam madeiras para remendar o murro.

Era um local de pouca conversa, mas de notável união. Todos pareciam saber oque tinham que fazer.

As crianças não brincavam, apenas ficavam olhando os adultos trabalharem, não podiam ajudar muito, pois estavam desnutridas pela falta constante de alimento.

Jonas lembrou de seu vilarejo natal, aonde as situações atuais não fugiam da mesma realidade. Era difícil não ficar triste vendo toda aquela situação.

Era difícil imaginar um futuro para eles naquele lugar, mas para onde iriam? As cidades perto da capital do reino já estavam lotadas por refugiados de Arged, e as cidades ao norte e oeste iriam os rejeitar.

O único jeito era continuar naquele lugar condenando e abandonado pelo seu reino, e orar aos deuses por dias melhores.

A religião de Hanafel era bem diversificada.

Os Reinos ao norte oravam pela deusa “Doene”, que acreditavam dar-lhe sabedoria.

Os Reinos do leste e sul oravam pela deusa “Darfim”, que acreditavam dar-lhe uma pesca abundante.

Os Reinos a oeste oravam pelo deus “Auro”, que acreditavam dar-lhe fortuna em abundância.

Existiam outros deuses também.

Rafhel, o deus da guerra.

Guerlhad, o deus da cura.

Glave, a deusa da chuva.

Plana, a deusa da colheita, etc...

Em Hanafel havia deuses para todo tipo de coisa que você possa imaginar. Os citados acima eram os mais conhecidos e adorados.

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